Sergio Moro repercute após ser absolvido pelo TSE

O Senador fala pela primeira vez sobre decisão

Senador Sergio Moro é absolvido pelo STF (Foto: Reprodução: Senado Noticias)

O Senador Sérgio Moro(União Brasil-PR) comenta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de absolver as ações de abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Ele foi absolvido por unanimidade nas duas cassações na última terça-feira (21). O ex-juiz elogiou a atuação do Judiciário brasileiro em entrevista a jornalistas. Diz não ter visto críticas ao conteúdo do julgamento e que nada é impossível. “Nós podemos sim vencer esses desafios” declara.

O ex-ministro também comparou o cenário do país ao de quando era juiz. Ele relembrou a Operação Lava Jato e sua atuação juntamente às instituições brasileiras no processo e o seu combate ao crime organizado. “Quando eu era juiz, diziam ser impossível combater no Brasil a grande corrupção e acabar com a impunidade”, disse “Isolamos as lideranças do PCC em presídios federais de segurança máxima, acabamos com a comunicação deles com o mundo externo, não monitorado.”

As Acusações

Moro foi acusado de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha eleitoral de 2022. O recurso foi pelo PL e pela Federação Brasil pela Esperança formada pelo PT, PCdoB e PV e os partidos acusam Moro de desequilibrar a disputa pelo Senado no Paraná por gastos que foram considerados excessivos durante a pré-campanha. As acusações pediam a cassação do mandato parlamentar de Moro e sua inelegibilidade por oito anos, além de uma nova eleição no Paraná.

Segundo as acusações, o ex-ministro teria acumulado indevidamente vantagens e benefícios e ferido a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo do Senado. Conforme o PL e a Federação, Moro se aproveitou da sua pré-candidatura à presidência em 2021 para ter mais recursos na sua campanha. Assim, o senador foi acusado de usar a estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para depois mudar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor.

Repercussão

Rosângela Moro, esposa de Sérgio Moro e deputada federal pelo União Brasil em São Paulo, diz que é dia de enaltecer a justiça e agradece a todos que ficaram do lado de Moro nesse momento. “Que venham as próximas batalhas. Que os perdedores aprendam a aceitar a derrota, pois essa é a verdadeira essência da democracia” acrescenta.

No X (antigo Twitter) a Senadora Damares Alves comemora a decisão do STF e diz estar muito feliz. A ex-ministra também relata seu desejo de continuar o trabalho por um Brasil melhor.

Damares em seu X(Antigo Twitter) (Reprodução: x/@DamaresAlves)

Já Augusto Arruda Botelho, ex-secretário nacional de Justiça, alfinetou Sergio Moro também no X. “Foi um voto técnico, fundamentado e imparcial. Exatamente o oposto das decisões do ex-juiz Sergio Moro”.

Irlanda, Espanha e Noruega anunciam que reconhecem Estado Palestino

Irlanda, Espanha e Noruega anunciam nesta quarta-feira (22), de maneira coordenada, que vão reconhecer formalmente o Estado da  Palestina. O reconhecimento passará a valer na próxima terça-feira , 28 de maio. Atualmente 144 países dos 193 membros da Organização das Nações Unidas (ONU) reconhecem a Palestina como um Estado independente com o Brasil reconhecendo desde 2010. 

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que o reconhecimento não é contra o povo de Israel e nem contra os judeus. “Não é a favor do Hamas. É a favor da coexistência.” Além disso, acrescentou sobre o premiê de Israel Benjamin Netanyahu não acatar os pedidos de cessar-fogo. “O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se faz de surdo e continua castigando a população palestina” , criticou.

Já o primeiro-ministro da Irlanda Simon Harris acredita que esse reconhecimento feito pelos países europeus vai incentivar outros líderes a fazerem o mesmo. “Antes do anúncio de hoje, falei com outros líderes e estou confiante de que mais países se juntarão a nós para dar esse importante passo nas próximas semanas.” Já o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre diz que a existência de dois Estados trará paz e segurança para os povos palestino e israelense.

Palestina e ONU

Essa foi a primeira vez desde o início da guerra entre Israel e Hamas que algum governo reconhece a Palestina como um Estado independente. Isso acontece após no último dia 10 a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas aprovar uma resolução que abre a possibilidade da Palestina se tornar um país membro e concede novos “direitos e privilégios” aos palestinos. A medida que fará a ONU reconhecer a Palestina como um “Estado Observador” foi aprovada com 143 votos a favor, nove contra e 25 abstenções. Agora, a medida passará pelo Conselho de Segurança

Resposta de Israel

O Ministério de Relações Exteriores de Israel em resposta ao anúncio dos primeiros-ministros da Espanha, Irlanda e Noruega ordenou a saída imediata de seus embaixadores em Madri, Dublin e Oslo e convocou os três embaixadores em Tel Aviv. 

Tweet do Ministro de Relações Exteriores Israel Katz (Reprodução: x/@Israel_katz)

O ministro das Relações Exteriores, Katz afirmou que Israel não permanecerá em silêncio e que a medida terá consequências mais graves. “A loucura irlandesa-norueguesa não nos detém; nós estamos determinados a atingir os nossos objetivos: restaurar a segurança dos nossos cidadãos, desmantelar o Hamas e trazer os reféns para casa.” Além disso, em seu X (antigo Twitter), Katz afirmou que a decisão envia uma mensagem direta para a Palestina e para o mundo: o terrorismo compensa.