Investimento de quase um bilhão em cuidados paliativos é anunciado pelo Ministério da Saúde 

Nesta quinta-feira (23), foi apresentado pelo Ministério de Saúde uma proposta voltada à cuidados paliativos, onde haverá um investimento de quase um bilhão — 887 milhões de reais — destinado para a área anualmente. Na nova política nacional relacionada com estes cuidados, tem-se como objetivo atender pacientes com doenças graves, seus familiares e cuidadores.  

Política Nacional voltada à Cuidados Paliativos

Foi também exposto pela equipe da pasta que um grupo com 1300 profissionais de saúde se encarregará de aplicar os cuidados paliativos. Em declaração, a ministra Nísia Trindade expôs que tal política tem importante dimensão de educação e formação além de que espera-se que toma a comunidade de saúde se mobilize em detrimento de uma política “tão humana”.  

“[…] que mostra bem do que o SUS é capaz como grande instrumento da cidadania no nosso país a partir da Constituição de 1988“, anunciou a ministra da saúde.


Cuidados Paliativos (Foto: reprodução/Freepik)

Na quarta-feira (22), já havia sido assinado por ela uma portaria que tinha como propósito implementar a Política Nacional de Cuidados Paliativos, dentro do âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde). Com isso, o SUS atuará em ações para alívio da dor, sofrimento e outros sintomas em pessoas com doenças ou condições de saúde que ameaçam a continuidade da vida. Com a iniciativa do governo, espera-se que famílias e cuidadores também estejam incluídos no programa de cuidados. Segundo Adriano Massuda, Secretário de Atenção Especializada do ministério, todos os municípios brasileiros devem ser beneficiados com o plano.  

Essa política foi pensada para atender todos os municípios brasileiros, mas com desenho regional. São equipes que têm a abrangência de atender vários municípios em uma macroregião. Essa é a perspectiva, de atender a todos.” , salientou em discurso. 

O tratamento ainda prevê investigações para compreendimento maior e controle de situações clínicas que ameacem a continuidade da vida e a ação precoce para cuidados paliativos, juntamente com o tratamento para doença.  

Cuidados Paliativos

Cuidados Paliativos, também conhecido como Paliativismo, é o conjunto de práticas de assistência ao paciente lido como incurável visando oferecer dignidade e diminuição do sofrimento dos pacientes. Comumente visto em pacientes em estágios terminais ou estágio avançado de determinada doença. 

Na apresentação de quinta-feira, o governo também citou dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mostrando a existência de mais de 625 mil pessoas do Brasil necessitadas de cuidados paliativos. Segundo a portaria publicada um dia antes, na quarta-feira, um dos princípios do plano é a valorização da vida e a consideração da morte como um processo natural, além do destaque ao respeito por crenças, práticas culturais e religiosas do paciente e à autonomia individual, com atenção especial concedida na tomada de decisão substituta no caso de crianças e pessoas tuteladas ou curateladas. 

A oferta de atos paliativos em todo ciclo de vida precisa ser “de forma indistinta para pessoas em sofrimento por qualquer situação clínica que ameace a continuidade da vida”, como assinado pela ministra Nísia Trindade. 

Cerca de 400 mil casos de dengue são registrados no Brasil, diz ministério

Nesta quarta-feira (7), o Ministério da Saúde, comandado pela ministra Nísia Trindade, divulgou que o Brasil possui 392.724 casos prováveis de dengue. Além disso, 54 mortes pela doença foram confirmadas pelo Ministério. No entanto, outras 273 mortes ainda estão sendo investigadas com intuito de saber se há relação com a dengue.


Nísia Trindade, ministra da Saúde, faz pronunciamento nacional sobre os números da dengue no Brasil.
(foto: reprodução/Matheus Brasil/ Ministério da Saúde)

Minas Gerais é o estado com maior número de casos

De acordo com os dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (7), Minas Gerais é o estado com maior número de diagnósticos, com 135.716 casos de dengue. Na sequência, aparecem São Paulo, com 61.873 casos, o Distrito Federal, com 48.657 ocorrências, o Paraná, com pouco mais de 44 mil casos e, por último, o Rio de Janeiro, com  registro de 28.327 ocorrências. Os dados também mostraram que a maioria dos casos de dengue ocorre em mulheres (54,9%) entre 30 e 39 anos, faixa etária que registra 42.204 casos da doença. 

Além disso, o Ministério também monitorou  dados  que registraram a ocorrência da doença entre 100 mil habitantes, o Distrito Federal então é o estado com maior coeficiente de incidência por 100 mil habitantes, com 1.727,2 casos. Na sequência, aparecem Minas Gerais, com 660,8 casos e o Acre, com 539,1 registros de dengue por 100 mil habitantes. 

Início da distribuição da nova vacina Qdenga

 O novo imunizante contra a dengue produzido pela farmacêutica japonesa Takeda, a vacina Qdenga já foi incorporada no Programa Nacional de Imunização (PNI) e já está sendo distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (7), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, falou sobre o início da vacinação.

Vai nos permitir, em um esforço nacional, ter possibilidade de transferência de tecnologia e mobilizar a capacidade de produção nacional para aumentar rapidamente [o número de doses disponíveis]. Mas isso não se faz da noite para o dia”, declarou a ministra. 

Além disso, Nísia Trindade também declarou que o calendário de distribuição das doses da vacina Qdenga aos municípios já está sendo finalizado. O Distrito Federal, líder em incidência da doença entre 100 mil habitantes, deverá receber 194 mil doses da vacina ainda nesta semana.