Homem sequestra ônibus e faz 17 reféns na Rodoviária do Rio; entenda o caso

Nesta terça-feira (12), após sequestrar um ônibus, um homem fez 17 passageiros de reféns no veículo, que estava dentro da rodoviária Novo Rio, no Centro. Segundo a Polícia Militar, duas pessoas foram baleadas.

Uma das vítimas, identificada como Bruno Lima da Costa, de 34 anos, foi atingida no tórax e no abdômen por três disparos e, posteriormente, levada ao Hospital Souza Aguiar. De acordo com o Secretário Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, em entrevista ao Globonews, Costa passou por cirurgia e está em estado greve.

“Todas as equipes estão empenhadas para salvar essa vida”, afirmou Soranz.

Segundo a polícia, outra pessoa também foi ferida, mas apresentou ferimentos leves. A vítima teria sido atingida por estilhaços de um projétil e levada ao posto médico da rodoviária.

Sequestro se encerra após três horas


Sequestrador, identificado como Paulo Sérgio de Lima, é preso por agentes do Bope após se entregar (Foto: reprodução/Globonews)

Por volta das 15h, uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada, após um homem sequestrar um ônibus na Rodoviária do Rio e efetuar disparos. O criminoso fez 17 reféns e, segundo a PM, apresentou “resistência” por três horas, até se entregar no início da noite aos agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Os reféns, dentre eles idosos e crianças, foram libertados e encaminhados para atendimento do Corpo de Bombeiros. 

De acordo com o Globonews, o homem foi identificado, por uma carteira de identidade encontrada com ele, como Paulo Sérgio de Lima e encaminhado a 4ª DP. A apuração do jornal mostrou que Lima era morador da Rocinha e já possuía três passagens por roubo, sendo uma destas por roubar um ônibus. Segundo a PM, o criminoso tentava fugir para Juiz de Fora.

Início do sequestro

À Rede Globo, uma passageira contou que o sequestro se iniciou logo após o ônibus, que tinha como destino Juiz de Fora, retornar a rodoviária, depois de percorrer 500 metros, para averiguar um ar-condicionado que teria quebrado.

De acordo com a testemunha, na rodoviária, alguns passageiros desembarcaram porque o veículo estava quente. Neste momento, segundo informações do Globonews, o criminoso, que já estava no ônibus, teria se sentido ameaçado por um grupo e efetuado disparos.

“A gente estava dentro do ônibus, mas ele quebrou, não chegou nem a sair, e como estava quente nós descemos. Do nada, um homem começou a atirar de dentro do ônibus e atingiu ele [Bruno Lima da Costa]”, informou um passageiro.

Uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi acionada e isolou o local. Também foi encaminhado à rodoviária um negociador para tentar contato com o criminoso. No entanto, por volta das 17h, Paulo Sérgio de Lima disparou contra os policiais, que não foram feridos.

Após horas de “resistência”, o homem se entregou aos agentes do Bope. De acordo com o porta-voz da Polícia Militar, Coronel Marco Andrade, os reféns foram libertados com segurança.

Festival Saravá: público relata casos de hipotermia e acidentes elétricos

Relatos de hipotermia, acidentes elétricos, falta de acessibilidade e segurança marcaram a 10ª edição do Festival Saravá que aconteceu nesta segunda-feira (20), na Arena Império das Águias, em Florianópolis, Santa Catarina.

O evento, que contou com apresentações de Alcione, Djonga, Gilsons, Rachel Reis, Johnny Hooker, Letrux, Jesus Lumma e Getúlio Abelha, prometia um “festival único, lugar lindo e arborizado”, além de “acessível”.

No entanto, de acordo com a declaração da empreendedora da área de tecnologia, Raíza Terra, que compareceu ao Festival Saravá, o evento “foi um caos”, pois não estava devidamente preparado para as condições climáticas do dia.

“Caiu uma tempestade. Sendo que a prefeitura de Florianópolis já havia avisado que ia acontecer isso [chuvas fortes] (…) O pessoal levou choque. Teve gente com hipotermia. Eu tive que salvar várias pessoas. Não tinha segurança. Não tinha nada lá”.

Raíza Terra

Ainda segundo a empreendedora, a tempestade e a falta de estrutura do festival também afetaram a locomoção de parte do público PCD, além de tornar o evento “insalubre”.  

“Tinha um pessoal que não conseguia se locomover, porque não aterraram o terreno. Virou um manguezal (…) Pessoa cega com cão guia sem conseguir se locomover”, relatou ao portal Lorena r7.

Raíza Terra

Público reclama nas redes sociais

Nas redes sociais do Festival Saravá, o relato de Raíza Terra é repetido em centenas de comentários. A maioria das críticas ressalta o “despreparo” da organização evento, além de declarações de pessoas que afirmam ter “passado fome” e dificuldade de acessar os banheiros.

“Vocês não entregaram acessibilidade, não entregaram visibilidade, não entregaram UMA tenda. Entregaram lama, caos, comida molhada e condições insalubres de se manter. Parabéns por fazerem feio demais”, comentou um internauta.

Declaração após o evento 

Após o evento, nesta segunda-feira (23), o Festival Saravá compartilhou em seu Instagram um texto, no qual afirmava que “o toró d’água que caiu na noite de sábado, não era previsto e choveu o esperado para muitos dias, tornando todo o processo de trabalho e para o público curtir o festival, delicado e cuidadoso”. No post, contudo, o festival não citou quaisquer dos problemas citados por Raíza Terra.


Postagem do Festival Savará após o evento. (Vídeo: reprodução/Instagram/@festivalsarava).


“Vocês não entregaram um festival como está descrito nesse post. Nem perto disso! Eu paguei pra ver show e não consegui ficar porque estava INSALUBRE. Esse texto todo e nenhum desculpa com o público de vocês. Péssima organização e péssimo posicionamento”, dizia um dos comentários da postagem.

O portal está aberto para caso a organização do Festival Saravá queira se pronunciar quanto as denúncias feitas contra a sua 10ª edição.