ONU alerta para possível aumento no número de mortes por AIDS e HIV

Nesta sexta-feira (07), a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou sobre um bloqueio no chamado Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da AIDS (PEPFAR), devido à suspensão do envio de recursos, por parte do governo americano, anunciado por Donald Trump na semana passada.

Número alto de mortes é estimado

Caso o corte vá adiante, é estimado um cenário critico entre os pacientes que tratam das DSTs, podendo bater a marca de seis milhões de pessoas que seriam prejudicadas pela ausência de recursos para o ideal tratamento contra o quadro clínico.

O PEPFAR, órgão ameaçado pelos cortes anunciados pelo presidente Trump, é uma iniciativa não-governamental, que há mais de 20 anos tem sido fundamental para fornecer tratamento, prevenção e assistência a milhões de pessoas que lutam contra a doença ao redor do mundo.


Sede da PEPFAR localizada na embaixada americana de Uganda (Foto: reprodução/Chris Lubega/CDC Global/Flickr)

Desde sua criação, no início da década de 2000, o programa já ajudou a salvar mais de 25 milhões de vidas.

Entenda os cortes por parte do governo dos EUA

Foi anunciado na última semana, que o novo governo do país norte-americano, administrado por Donald Trump, adotará medidas rigidas, envolvendo cortes de gastos da União em importantes organizações ao redor do mundo, no intuito de diminuir eventuais despesas no orçamento. Desde o anúncio, diversos órgãos responsáveis por ajuda humanitária entraram em desespero, por conta de uma crise iminente devido à perda crucial em suas verbas.

O Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, chegou a alertar sobre a atitude do presidente em entrevista, usando como exemplo, uma situação semelhante ocorrida nos países britânicos anos atrás.

Passamos anos desvendando esse erro estratégico. O desenvolvimento continua sendo uma ferramenta de soft power muito importante. Fomos extremamente críticos em relação à forma como o último governo lidou com a decisão. Portanto, eu aconselharia os amigos dos EUA a olharem de perto o que deu errado no Reino Unido enquanto navegam por essa decisão.


Secretário de Relações Exteriores do parlamento britânico, David Lammy (Foto: reprodução/Ihor Kuznietsov/Global Images Ukraine/Getty Images embed)


Devido às ações de Trump, um grupo de trabalhadores da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) entraram com um processo contra o presidente nesta quinta-feira (07), na tentativa de reverter a situação delicada.

Donald Trump sugere existência de desvio de bilhões da USAID

Donald Trump afirmou, nesta quinta-feira (6), que bilhões de dólares podem ter sido desviados da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e outras agências governamentais. Segundo ele, parte do dinheiro foi para a grande mídia como uma “conduta” para a cobertura favorável aos democratas.

Trump indicou que o Político teria recebido US$ 8 milhões e que outros poderiam ser contemplados, fora o The New York Times. A afirmação foi feita em sua rede social, Truth Social, mas sem evidências.

“Parece que bilhões de dólares foram roubados na USAID e em outras agências, muito disso vai para a mídia de notícias falsas como um “suborno” por criar boas histórias sobre os democratas. O “jornal” de esquerda conhecido como “Politico” parece ter recebido 8 milhões de dólares. O New York Times recebeu dinheiro? Quem mais recebeu? Isso pode ser o maior escândalo de todos, talvez o maior da história! Os democratas não podem se esconder dessa. Muito grande, muito sujo!”, diz Trump em sua rede social Truth Social.


Trump declara desvio de bilhões da USAID (Foto: reprodução/X/@realDonaldTrump)

Revisão nos gastos da USAID

As acusações ocorrem em meio a um movimento do governo Trump para reavaliar os gastos da USAID.

Na segunda-feira (3), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, revelou que a agência destinou milhões de dólares para programas de diversidade e inclusão em países estrangeiros, incluindo um musical progressista na Irlanda e uma ópera transgênero na Colômbia.

Nesta quarta-feira (5), Leavitt afirmou que a USAID gastou mais de US$ 8 milhões em assinaturas do serviço Político Pro, que oferece conteúdo exclusivo do jornal.

Mudanças estruturais na agência

O secretário de Estado Marco Rubio, que comanda interinamente a USAID, afirmou que a agência passará por reformulação para alinhar seus investimentos ao interesse nacional dos EUA.

Além disso, Elon Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental, indicou que a agência poderia ser desmantelada.

A Casa Branca confirmou que, no mês passado, um repasse de US$ 50 milhões destinado à Faixa de Gaza foi bloqueado.

O governo Trump já está conduzindo auditorias e investigações sobre os gastos da agência, reforçando a intenção de uma gestão mais restritiva dos recursos federais.

Novas buscas podem identificar últimas vítimas da tragédia de Brumadinho após 6 anos

Nesta semana, uma nova descoberta trouxe esperança para famílias que há seis anos vivem na incerteza. Fragmentos humanos foram encontrados em uma das áreas de busca, reacendendo a possibilidade de que, finalmente, as últimas vítimas da tragédia de Brumadinho possam ser identificadas.

Os restos foram localizados a cerca de seis quilômetros do ponto onde tudo começou. Entre eles, um fêmur com prótese, um detalhe que pode acelerar o processo de reconhecimento.

Agora, esse material está sob análise no Instituto Médico-Legal (IML), e, mais uma vez, os familiares enfrentam a dolorosa espera por respostas.

Desde aquele trágico 25 de janeiro de 2019, os bombeiros nunca desistiram. São mais de dois mil dias de trabalho incansável, vasculhando cada centímetro da lama que engoliu vidas e sonhos.

O tenente Henrique Barcelos, que acompanha as buscas desde o início, explica que o deslocamento da lama tornou tudo ainda mais difícil, movimentando também os corpos ainda não achados.


Tragédia de Brumadinho, 25 de janeiro de 2019 (Foto: reprodução/Instagram/@gustavo.m.barcelos)

Quem ainda espera ser encontrado

Três pessoas seguem desaparecidas:

  • Maria de Lurdes da Costa Bueno, 59 anos, estava em Brumadinho, Minas Gerais, para um fim de semana especial com a família. Hospedada na Pousada Nova Estância, sonhava com momentos de descanso e alegria.
  • Tiago Tadeu Mendes da Silva, 34 anos, engenheiro mecânico dedicado, havia sido transferido para a Mina do Córrego do Feijão apenas 20 dias antes da tragédia.
  • Natália de Oliveira Porto Araújo, 25 anos, jovem e cheia de esperança, queria crescer na mineração e construir uma carreira sólida.

Justiça ainda distante

A tragédia matou 272 pessoas, incluindo dois bebês que ainda estavam no ventre de suas mães. Seis anos depois, a dor das famílias se mistura à frustração com a impunidade.

No mês de março do ano de 2024, as acusações contra Fábio Schvartsman, ex-presidente da Vale, foram arquivadas pela Justiça, gerando indignação nos familiares das vítimas.

O processo continua contra apenas 15 pessoas, entre elas, 11 são gerentes da Vale e quatro representantes da Tüv Süd, a empresa responsável pelo atestado de estabilidade da barragem.

O caso ficou parado durante meses, sem qualquer movimentação processual e somente em setembro de 2024 o cômputo do prazo dos prazos processuais foi restabelecido.

Plano de demissão é adotado por cerca de 40 mil funcionários nos EUA

A proposta do governo de Donald Trump de pagar funcionários federais caso eles concordassem em deixar seus cargos até o final do mês de fevereiro teve aproximadamente 40 mil inscrições até quarta-feira (5), totalizando em cerca de 2% da força de trabalho civil federal.

Plano de demissão voluntária

Segundo um funcionário do Escritório de Gestão de Pessoal (OPM), o número de registros estava aumentando, o que era algo positivo, já que o governo esperava uma onda de inscrições nas últimas 24 horas. O prazo para se inscrever termina na noite de quinta-feira, no horário de Washington.

O presidente norte-americano e Elon Musk, CEO da Tesla e atual diretor do seu Departamento de Eficiência Governamental, buscaram formas de reduzir rapidamente a quantidade de funcionários federais nos primeiros dias do governo de Trump. A administração já havia estimado que entre 5% e 10% dos trabalhadores poderiam se interessar pelo novo plano de demissão.

Uma estimativa de 62 mil trabalhadores federais se aposentaram a cada ano durante a última década, segundo informações do OPM. Uma média de 298 mil funcionários se tornarão elegíveis para se aposentarem nos próximos dois anos.


Elon Musk e Donald Trump nos bastidores durante um comício de campanha em 2024 (Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)


Influência de Elon Musk

Com uma relevância pública pela posição que ocupa no mundo empresarial, o bilionário Elon Musk tem sido um importante articulador e executor para o governo de Trump, sendo o responsável pelos avanços do Executivo sobre agências e setores do governo sem uma concordância acerca do limite de intervenção da Casa Branca.

Um dos episódios mais relevantes até o momento envolve a equipe de Musk, composta por integrantes que não foram submetidos a nenhum tipo de aprovação do Congresso. A equipe teve acesso ao sistema de pagamentos do Tesouro americano, que reúne informações confidenciais de cidadãos e empresas, e por onde passam as ordens de pagamento de toda a administração, incluindo valores pagos a empresas concorrentes daquelas administradas pelo CEO.

Elon Musk foi contratado para ocupar o posto de “funcionário especial do governo”, nomeação temporária que limita seu tempo de serviço a 130 dias por ano. Além disso, o cargo também o protege de divulgações financeiras e requisitos éticos impostos a contratações federais, ferramente já utilizada por administrações republicanas e democratas anteriormente.

Israel anuncia saída do Conselho de Direitos Humanos da ONU

O ministro das Relações Exteriores israelenses, Gideon Saar, anunciou nesta quinta-feira (6), que Israel deixará o Conselho de Direitos Humanos da ONU. O anúncio veio logo após os Estados Unidos anunciar que também deixará o órgão.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU tem o objetivo de defender tópicos relacionados à liberdade de expressão e crenças, direitos das mulheres e da população LGBTQIAP+.


Israel sai do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)

A declaração

Segundo o ministro, a decisão foi tomada devido ao preconceito institucional contínuo e implacável cometido contra Israel no Conselho e tem persistido desde a sua criação. Veja parte da carta enviada pelo ministro ao diretor do Conselho dos Direitos Humanos da ONU e publicada no X:

A decisão foi tomada à luz do preconceito institucional contínuo e implacável contra Israel no Conselho de Direitos Humanos, que tem sido persistente desde a sua criação em 2006”, disse o ministro em uma carta ao presidente do conselho, Jorg Lauber.

Decisão de Israel é criticada pela Relatora Especial das Nações Unidas

Diante do anúncio, Israel foi duramente criticado pela Relatora Especial das Nações Unidas, Francesa Albanese. Segundo ela, a decisão do país de se retirar da Organização é extremamente séria e evidência a arrogância e falta de percepção de suas próprias ações.

Isso mostra a arrogância e a falta de percepção do que eles [Israel] fizeram. Eles insistem na autojustiça, que não têm nada pelo que serem responsabilizados, e estão provando isso para toda a comunidade internacional”, declarou Francesca Albanese à Reuters.

Albaneses acusa Israel de genocídio e disse que teme a expansão deste conflito para a Cisjordânia. Israel, no entanto, negou tais acusações e afirma que está defendendo seus legítimos interesses de segurança na Cisjordânia e em Gaza.


EUA deixam Conselho de Direitos Humanos da ONU (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)

Nesta terça-feira (4), Trump assinou uma série de decretos presidenciais na Casa Branca, dentre eles, o desligamento dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Hamas reage à fala de Trump e convoca facções palestinas contra os EUA

Nesta quinta-feira (6), após declarações de Donald Trump sobre tomar o controle da Faixa de Gaza e retirar os moradores do local, o Hamas pediu a união das facções contra o projeto dos Estados Unidos. Embora a declaração tenha gerado uma repercussão negativa, o presidente permanece defendendo que, ao final da guerra, seu governo assuma o controle do território palestino.

Fala de Trump gera repercussão internacional

Na terça-feira (4), ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahuo, o presidente norte-americano já havia comentado sobre o plano de retirar os cidadãos que vivem em Gaza.

Em uma postagem feita nas redes sociais, Trump falou novamente sobre o plano de que Washington tome o território ao final da guerra, e acrescentou que a população do local seria transferida para outras comunidades mais seguras na região.

Ele também disse que transformaria Gaza em um dos maiores desenvolvimentos do mundo. Segundo a publicação do presidente:

“Eles realmente teriam uma chance de serem felizes, seguros e livres. Os EUA, trabalhando com grandes equipes de desenvolvimento de todo o mundo, começariam lenta e cuidadosamente a construção do que se tornaria um dos maiores e mais espetaculares desenvolvimentos desse tipo na Terra.” 

O primeiro-ministro não se pronunciou também sobre o plano de Trump, mas seu governo já começou a organização de um plano de “saída voluntária” dos moradores da Faixa de Gaza.


Donald Trump e Benjamin Netanyahu durante coletiva de imprensa na Casa Branca (Foto: reprodução/Jim Watson/AFP)

Tensão aumenta no Oriente Médio

Após as falas de Trump, o grupo terrorista Hamas afirmou que os palestinos não irão se retirar da Faixa de Gaza e pediu que os países árabes se oponham à decisão do presidente.

Diversos grupos atuam na Faixa de Gaza lutando contra Israel e reivindicado a criação de um estado palestino, como o Fatah e a Jihad Islâmica. Ainda que o propósito dos grupos seja o mesmo, já discordaram e entraram em conflito, caso do Fatah e Hamas.

As afirmações de Donald Trump geraram preocupações a respeito do futuro da Palestina e resultaram em fortes reações na comunidade internacional. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a remoção involuntária de um povo é considerada ilegal.

Trump no Super Bowl: segurança reforçada em evento histórico

No próximo domingo (9), Donald Trump deverá estar no Super Bowl LIX, que acontece no Caesars Superdome, em Nova Orleans. Sua presença não passa despercebida: ele será o primeiro presidente dos EUA a comparecer pessoalmente a uma final da NFL, enquanto ocupa o cargo.

Outros líderes já participaram do evento de forma simbólica. George H. W. Bush fez o cara ou coroa antes do jogo em 2002 e 2017, e Ronald Reagan fez o mesmo, mas remotamente, em 1985. Agora, Trump deve vivenciar o espetáculo de perto.

Segurança máxima

Ter um presidente no maior evento esportivo dos EUA exige um esquema de segurança intenso. O Super Bowl já conta com um planejamento rigoroso de proteção, mas a visita de Trump eleva esse nível ainda mais.

A partir de 2020, quando foi definida Nova Orleans como a sede do evento, as autoridades estavam elaborando planos para manter a segurança do público.

Para Jonathan Wackrow, ex-agente do Serviço Secreto do presidente, que foi durante vários anos, chefe da segurança do G20 em Londres; equipes de alto nível serão colocadas a postos, caso surjam ameaças, sejam elas químicas, biológicas ou radiológicas.

A chegada de Trump pode causar mudanças no fluxo da cidade, em particular, no trânsito e no aeroporto, onde o avião presidencial fará o pouso.

A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, já esteve no estádio para acompanhar os preparativos e publicou imagens do local. Além disso, Agentes do Serviço Secreto estão realizando inspeções minuciosas para garantir que tudo ocorra sem problemas.


Donald Trump (Foto: reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)

Ambiente de risco

A ida de Trump ao Super Bowl acontece em um período delicado. Nos últimos meses, ele foi alvo de duas tentativas de assassinato, e um atentado terrorista marcou o Ano Novo na Bourbon Street, em Nova Orleans. Por isso, a segurança está sendo levada ainda mais a sério.

Wackrow explicou que, embora o risco seja alto, o Serviço Secreto está preparado para lidar com esse tipo de situação. “Esse é o novo normal quando se trata da segurança presidencial”, afirmou.

A NFL ainda não se manifestou oficialmente sobre a presença do presidente, mas é provável que os preparativos sigam sendo ajustados até o dia do jogo.

China investiga Google para retaliar Estados Unidos na guerra comercial

A relação entre China e Estados Unidos está em clima de tensão. Nesta terça-feira (4), a China anunciou medidas contra empresas americanas, e o Google entrou na mira. Isso tudo é uma resposta às novas taxas que o governo de Donald Trump colocou sobre produtos chineses, cerca de 10% em todas as importações.

O que está acontecendo com o Google

O governo chinês começou a investigar o Google por suspeita de práticas ilegais de monopólio. A empresa dona do Google, a Alphabet Inc., foi citada, mas até agora a China não revelou detalhes sobre as acusações.

Mesmo sendo bloqueado na China, o Google ainda faz negócios por lá, principalmente vendendo anúncios para empresas locais.

No passado, tentou investir em inteligência artificial no país, mas desistiu em 2019. Quando perguntado sobre essa investigação, o Google preferiu ficar em silêncio.


Google comemorando o Ano Novo Lunar (Foto: reprodução/Instagram/@google)

Novas punições contra os EUA

Além do Google, a China decidiu aumentar tarifas sobre produtos dos Estados Unidos. A partir de 10 de fevereiro, carvão e gás natural liquefeito (GNL) vão ter uma taxa de 15%, enquanto petróleo, equipamentos agrícolas e carros vão pagar 10% a mais para entrar no país.

Duas empresas americanas também foram colocadas na “lista negra” da China: a PVH Corp., dona da Calvin Klein, e a empresa de biotecnologia Illumina. O governo chinês acusa essas empresas de prejudicar negócios chineses.

Como punição, podem sofrer multas, ter restrições comerciais e até perder permissões de trabalho para funcionários estrangeiros.

O que pode acontecer agora

Essa briga entre China e EUA parece estar longe do fim. Especialistas acreditam que novas medidas de ambos os lados continuam por vir, o que pode afetar empresas e até o comércio global. O mundo agora espera os próximos passos dos governos e os impactos dessa disputa econômica.

Meta paga indenização milionária a Trump para encerrar disputa judicial

A Meta, empresa liderada por Mark Zuckerberg, concordou em pagar US$ 25 milhões (cerca de R$ 146,5 milhões) ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como parte de um acordo para encerrar os processos movidos pelo republicano.

O embate judicial iniciou-se após a companhia suspender as contas do então mandatário em 2021. A informação foi divulgada por veículos da imprensa americana nesta quarta-feira (29).

A proibição e o retorno

Trump foi banido do Facebook e Instagram no dia 7 de janeiro de 2021, um dia após a invasão ao Capitólio por seus apoiadores. A Meta justificou a ação afirmando que o então presidente teria incitado a violência com suas postagens.

A suspensão, inicialmente temporária, acabou se estendendo por dois anos. Apenas em 2023 a companhia anunciou a reativação dos perfis, permitindo o retorno do ex-presidente às redes.

O acordo financeiro agora coloca um ponto final nas disputas legais entre Trump e a big tech.

Reaproximação estratégica

O Wall Street Journal foi o primeiro a divulgar o acordo, posteriormente confirmado por um porta-voz da Meta à agência AFP.

O caso marca um momento de reaproximação entre Trump e os gigantes da tecnologia. Desde que reassumiu a presidência, em 20 de janeiro de 2025, o republicano tem buscado alianças estratégicas no setor.

A aproximação entre Trump e os magnatas do Vale do Silício se tornou evidente durante sua posse, que contou com a presença de nomes como Elon Musk e o próprio Zuckerberg.


Donald Trump (Foto: reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)

Mudanças na Meta sob nova gestão política

Nas últimas semanas, o CEO da Meta tem tomado decisões que indicam um alinhamento com o novo governo.

Entre as principais medidas estão o relaxamento de políticas contra desinformação, a descontinuação de programas voltados para diversidade e a nomeação de aliados do presidente para cargos estratégicos dentro da empresa.

A mudança de postura de Zuckerberg e a recente indenização sugerem que a Meta está reposicionando sua estratégia para navegar no novo cenário político dos EUA.

A indústria da tecnologia, que antes era vista como antagonista da administração Trump, agora parece estar construindo novas pontes de diálogo e colaboração.

Donald Trump decreta fim da educação de gênero e racial nas escolas dos EUA

Nesta quarta-feira (29), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordens executivas que determinam o fim do ensino de questões raciais e de gênero nas escolas do país. Segundo ele, a medida tem o objetivo de evitar uma suposta “doutrinação ideológica” dentro do sistema de ensino. Durante a campanha eleitoral, Trump já havia prometido que iria se basear em um currículo mais conservador.

Mudanças no sistema educacional

Antes de ser eleito, Donald Trump e apoiadores do Partido Republicano já haviam afirmado que as instituições de ensino ensinavam as crianças brancas a se sentirem envergonhadas em razão do histórico de discriminação e escravidão nos Estados Unidos. As novas diretrizes argumentam que os professores exigem “consentimento” aos conceitos de “preconceito inconsistente” e “privilégio branco”.

Conforme a declaração do presidente:

“É política da minha administração apoiar os pais na escolha e direção da criação e educação de seus filhos. Muitas crianças não prosperam na escola designada e administrada pelo governo.”

A ordem tem o intuito de proibir as escolas de utilizar medidas relacionadas à ideologia de gênero ou ideologia de equidade discriminatória, conceitos citados por ele. A decisão é baseada na ideia de que esses conteúdos poderiam impactar negativamente na visão dos indivíduos acerca da história e da sociedade.


Trump exibe um dos decretos que assinou em seu novo mandato (Foto: reprodução/Pedro Ugarte/AFP)

Impactos da decisão

Além de proibir que as escolas utilizem fundos federais para currículo, a ordem orienta o secretário da educação a desenvolver para acabar com a “doutrinação” nos colégios dentro do período de 90 dias. O secretário deve então vincular fundos federais a fim de garantir que as instituições ensinem de uma forma que seja aprovada pelo governo de Trump.

Outra ordem também foi decretada às universidades em que ocorreram as manifestações a favor da Palestina no ano de 2024. A decisão é descrita como um modo de evitar o antissemitismo, e prevê a revogação dos vistos de alunos estrangeiros que estavam presentes no protesto.