Ana Paula Vergutz e Valdenice Conceição não se classificam para as finais em canoagem

Neste sábado do dia 10, o Brasil competiu as semifinais de canoagem de velocidade na categoria K1 500m, onde a atleta brasileira Ana Paula Vergutz foi eliminada sendo a última colocada de sua categoria. Já no C1 200m, Valdenice Conceição ficou em quinto lugar e não conseguiu se classificar para a disputa de medalhas.

Embora não tenha sido classificada, participou das finais de sua categoria que ocorreu às 8h40 no horário de Brasília.

Ana Paula, que foi vice-campeã no pré-olímpico da modalidade, conseguiu a classificação para as semifinais em Paris nesta quarta-feira, ao garantir o quinto lugar em sua bateria — a última vaga disponível. Hoje, ela competiu na semifinal da bateria 3 de 4; partindo da oitava posição, apresentou um desempenho próximo ao das mais rápidas, mas não conseguiu avançar além do sétimo lugar.


Ana Paula Vergutz durante a bateria da semifinal do K1 500m (Foto: reprodução/Miriam Jeske/COB)

Enquanto isso, Valdenice avançou para as semifinais após assegurar a segunda posição em sua bateria da primeira eliminatória. Competindo na raia três, ela manteve uma velocidade competitiva que a colocou entre as três primeiras, mas acabou finalizando em quinto lugar, não conseguindo se classificar para a grande final, onde as atletas disputarão o pódio.

Ana Paula, natural da cidade de Cascavel, expressou suas condolências às famílias afetadas pela queda do avião que decolou do aeroporto local nesta sexta-feira e que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, resultando na tragédia de 61 vítimas.


Alida Dora Gazso durante competição K1 500m (Foto: reprodução/Charles McQuillan/Getty Images Embed)


K1 500m

Na bateria em que participou Ana Paula Vergutz, a húngara Alida Dora Gazso foi a vencedora, com um tempo de 1m49s76, apenas 0s11 à frente da belga Hermien Peters, que ficou em segundo lugar. A primeira bateria da competição teve a neozelandesa Aimee Fisher como campeã, completando a prova em 1m49s54, à frente da chinesa Nan Wang.


Katie Vincent durante competição do C1 200m (Foto: reprodução/OLIVIER MORIN/AFP/Getty Images Embed)


C1 200m

Apesar de equilibrada, a primeira bateria da semifinal teve liderança da cubana Yarisleidis Cirilo Duboys no final, com a decisão confirmada pelo photo finish. Na segunda bateria, onde Valdenice Conceição participou, a canadense Katie Vincent levou a melhor.

Brasil perde para os Estados Unidos e fica com a medalha de prata no futebol feminino

Brasil e Estados Unidos reeditaram mais uma final no futebol feminino em olimpíada e o ouro ficou novamente com as norte-americanas. Voltando de suspensão após dois jogos fora, Marta começou no banco.

Brasil cria melhores chances no primeiro tempo

O Brasil começou o jogo tendo as melhores chances, e logo aos dois minutos, Ludmila recebeu de Jheniffer na pequena área e chutou em cima de Naeher. Ludmila abriu o placar para o Brasil aos 15 minutos, mas a atleta estava em posição de impedimento. Três minutos após o gol anulado, a própria Ludmila por muito pouco não conseguiu a finalização após bom cruzamento de Gabi Portilho.

Os Estados Unidos não criaram muitas oportunidades, as norte-americanas lançaram passes rasteiros na pequena área, e a defesa do Brasil interceptou todas as jogadas. A melhor chance para os EUA foi com Swanson, que ganhou na velocidade da defesa brasileira e finalizou em cima da goleira Lorena.

As meninas do Brasil reclamaram de um possível pênalti em cima da Adriana após lance na área com Dunn, mas o VAR não viu irregularidade no lance.

Antes do final da primeira etapa, Gabi Portilho finalizou de primeira e obrigou Naeher a se esticar e fazer grande defesa.

Swanson decide para os Estados Unidos

Logo aos 11 minutos, a camisa 9 Swanson abriu o placar para as norte-americanas. A jogadora bateu no contrapé da Lorena. Após o gol, Arthur Elias promoveu a entrada de Marta, mas foram as americanas que tiveram as melhores oportunidades durante a segunda etapa.


Swanson garante a vitória dos Estados Unidos (Foto: reprodução/Instagram/@uswnt)


A melhor chance do Brasil só foi nos acréscimos, com a cabeçada de Adriana, que obrigou Naeher a fazer outra grande defesa.

Estados Unidos se consolidam como maiores campeãs

Com o ouro em Paris, as norte-americanas conquistaram o quinto título no futebol feminino olímpico (1996, 2004, 2008, 2012 e em 2024). Canadá (2020), Alemanha (2016) e Noruega (2000) foram as outras seleções que conquistaram o ouro.

O Brasil foi prata em 2004 e 2008, perdendo justamente as decisões para os Estados Unidos.

Flávia Saraiva diz que médico cogitou tirá-la da competição após lesão no rosto em Paris

Durante o aquecimento da equipe de ginástica na Olimpíada em Paris 2024, a brasileira Flávia Saraiva se feriu enquanto se aquecia nas barras paralelas quando escorregou e caiu com o  rosto no chão. Após o tombo, Flávia saiu da área de competição com a ajuda do técnico e foi atendida pela equipe médica da Seleção Brasileira de Ginástica.

Ela teve um corte supercílio, e acabou usando proteção durante a competição . Após o ocorrido, a ginasta ficou com uma expressão mais fechada, porém, isso não impactou em seu desempenho.

Entrevista com Flávia no Podpah

Em uma entrevista ao podcast Podpah, a atleta contou como foi o momento da lesão:

´´ O médico da competição queria me tirar porque era perigoso. Eu bati com a cabeça. Ele ficava me perguntando: ´Você está bem?´ E eu falava: ´Eu estou bem´. Eu acabei de cair, né. Eu preciso de um tempo, preciso respirar. Não estava nem entendo, não sabia como estava aberto porque eu não me vi em nenhum momento. Se eu me visse, ia me desesperar´´.

Flávia Saraiva fechou sua participação na Olimpíada de Paris 2024 com o bronze por equipes e em nona colocação no individual geral. Por sua vez, a atleta já começa a traçar planos para os jogos de Los Angeles 2028.


Flávia Saraiva sobre seu incidente nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 (Vídeo: Reprodução/Instagram/@podpah)


Quem é Flávia Saraiva

Flávia Saraiva segurando sua medalha de bronze (Foto: Reprodução/Thibaud Moritz – Pool /Getty Images Embed)


Flávia Lopes Saraiva nasceu no Rio de Janeiro, em 30 de Setembro de 1999. O sonho de ginasta começou desde pequena quando assistia as apresentações de Daiane Hipólito e Daiane dos Santos. Foi descoberta quando tinha 8 anos ao treinar em um protejo social para alunos de escolas públicas.

Atualmente, Flávia Saraiva possui 36 medalhas em competições como Olimpíadas, Jogos Pan-Americanos e Campeonatos Mundiais. Deste total, são 11 de ouro, 13 de prata e 11 de bronze. Com apenas 1,33 de altura, é considera um fenômeno na ginástica artística.

Thaisa perde oportunidade de tricampeonato após eliminação para os Estados Unidos

Em uma declaração cheia de determinação, após a Seleção Brasileira de Vôlei ser desclassificada pelo time dos Estados Unidos nesta quinta-feira (8), a jogadora Thaisa, que é bicampeã olímpica, deixou claro que sua equipe está pronta para lutar com todas as forças pelo bronze nas próximas competições. 

Ambição além do bronze

Após uma jornada desafiadora, o Brasil acabou sendo eliminado pela seleção estadunidense e a atleta reafirmou seu compromisso em buscar a medalha, mas não escondeu sua insatisfação com o objetivo estabelecido. “Pra mim, é muito pouco”, disse Thaisa, expressando sua ambição por conquistas maiores.


Thaisa disputará a quarta Olimpíada (Foto: reprodução/Instagram/@daherthaisa)

A atleta, conhecida por sua garra e habilidade em quadra, destacou que o foco inicial da equipe não é apenas garantir uma medalha de bronze, mas sim brigar pelo ouro. Thaisa acredita que a equipe tem potencial suficiente para alcançar resultados mais significativos e se posicionar entre as melhores do mundo.

Estamos aqui para vencer e mostrar nosso verdadeiro valor

Thaisa

A equipe passou por momentos difíceis durante a competição, enfrentando adversários fortes e situações adversas que testaram seus limites. No entanto, Thaisa enfatizou que essas experiências serviram para unificar o grupo e fortalecer sua determinação. “Cada desafio nos faz mais fortes. Estamos unidas e prontas para dar o nosso melhor”, comentou a jogadora.

Lutando por um sonho maior

Os torcedores também têm mostrado apoio incondicional à equipe, acreditando no talento e na dedicação das jogadoras. A expectativa é alta para os próximos jogos, nos quais Thaisa e suas companheiras buscarão não só a medalha de bronze, mas também uma performance digna de aplausos.


Thaisa chora após eliminação nas olimpíadas (Vídeo: reprodução/Youtube/Metrópoles)


Com essa mentalidade vencedora e a determinação de Thaisa à frente da equipe, fica claro que elas estão preparadas para lutar até o fim. O caminho pode ser desafiador, mas a paixão pelo esporte e o desejo de superação são ingredientes essenciais nessa jornada rumo ao pódio.

Ana Marcela conta que bebeu água do rio Sena durante a maratona aquática

A qualidade da água do rio Sena tem sido uma polêmica durante os jogos olímpicos de Paris, apesar de alguns atletas terem apresentado sintomas após nadarem no rio, nesta quinta-feira, (8), aconteceu a maratona aquática no local. A nadadora brasileira, Ana Marcela, que ficou em quarto lugar na competição, admitiu que bebeu a água do rio durante a prova: “Eu não vi nada. Foi umas goladas pra dentro. Vamos rezar pelo próximo dia e tá tudo Certo”, declarou Marcela.

“Teve gente que veio aqui e não saiu se sentido bem, teve gente que ficou meio mareado. Não senti cheiro, nem nada. Vamos ver nos próximos dias. Mas não acredito, a gente acredita na organização, não acho que eles iriam brincar com a saúde dos atletas”, acrescentou a atleta.

A nadadora, Viviane Jungblut, também representou o Brasil na maratona aquática. A brasileira terminou a competição na 11° colocação.


Viviane Jungblut durante maratona aquática nas olimpíadas de Paris (Foto: reprodução/Franck Fife/Getty Images Embed)


Rio Sena

O rio Sena foi considerado seguro para nadar no dia 17 de julho, essa foi a primeira vez que o rio foi aberto para prática de natação em mais de um século. Diante das preocupações dos atletas e da população, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, nadou no rio no início de julho, em uma tentativa de demonstrar que o rio está limpo.

Quatro atletas já passaram mal após nadarem no rio, o Comitê Olímpico Belga abdicou da prova de triatlo misto, depois que a atleta Claire Michel, se sentiu mal após nadar no Sena. Já o comitê Olímpico Português confirmou que seus atletas Vasco Vilaça e Melanie Santos sofreram sintomas de uma infecção gastrointestinais, o suíço Adrien Briffod também se sentiu mal após nadar no rio.

Ana Marcela

Marcela foi campeã nos jogos de Tóquio em 2021, fora do pódio nas olímpicas de Paris, a atleta não conteve as lagrimas e falou sobre o medo de não voltar a representar o Brasil.

“São poucos que estão aqui representando o Brasil. Gente quer representar da melhor forma possível. Meu choro é porque eu não sei se vou ter outra oportunidade”, desabafou a nadadora.


Ana Marcela e Sharon Van Rouwendaal (Foto: reprodução/Sarah Stier/Getty Images Embed)

A brasileira iniciou bem a prova, indo do 20° ao quarto lugar. No entanto, não conseguiu manter o mesmo ritmo no final da prova, a medalha de ouro ficou com a bicampeã Sharon Van Rouwendaal.

Augusto Akio conquista bronze olímpico no skate após superar grave lesão

Nesta quarta-feira (7), Augusto Akio, conhecido como Japinha, subiu ao pódio olímpico no skate park masculino, garantindo a medalha de bronze com a terceira melhor nota na final.

Japinha, que competiu na final ao lado dos também brasileiros Luigi Cini e Pedro Barros, celebrou emocionado ao relembrar sua difícil jornada de recuperação após sofrer uma séria lesão em 2020. O skatista curitibano de 23 anos, que começou a andar de skate após ganhar um skate do “Homem-Aranha” de sua mãe, já havia conquistado o bronze no Mundial de Skate Vert em 2019, em Barcelona. Durante uma temporada na Califórnia, ele sofreu uma lesão que comprometeu a estabilidade dos adutores da coxa, deixando-o incapacitado de praticar o esporte.


Augusto Akio na final do skate park (Foto: reprodução/Tom Weller/VOIGT/Getty Images Embed)


Na época, o jovem atleta teve de trancar o curso de educação física em razão da COVID-19 e, em passos lentos, caminhar para sua recuperação. Em dúvida sobre seu retorno ao skate em alto rendimento, Akio, inspirado por artistas de rua, encontrou uma nova paixão no malabarismo.

Ele aproveitava praças tranquilas para praticar e aprimorar suas habilidades, encontrando uma forma de se manter ativo durante sua recuperação. A prática se tornou tão importante para ele que, segundo o próprio Akio, sair de casa sem seus malabares dá a mesma sensação de quando ele sai sem seu skate.

A Final

Após se classificar com 88.98 pontos na sua bateria, Akio chegou à final com os compatriotas Luigi Cini e Pedro Barros. Após uma primeira série marcada por quedas dos três brasileiros, Akio fez uma apresentação espetacular na segunda série, mas caiu nos últimos 5 segundos ao tentar aterrissar a última manobra.

Com 81.34 pontos como sua melhor nota até então, ele veio para a terceira série com tudo. Seu desempenho impecável o levou à terceira posição, com uma nota final de 91.85. Confira o ranking final do skate park masculino nas Olimpíadas de Paris:

  • 1º Keegan Palmer da Austrália com 93.11
  • 2º Tom Schaar da Estados Unidos com 92.23
  • 3º Augusto Akio do Brasil com 91.85
  • 4º Pedro Barros do Brasil com 91.65
  • 5º Tate Carew do Estados Unidos com 91.17
  • 6º Alex Sorgente da Itália com 84.26
  • 7º Luigi Cini do Brasil com 76.89
  • 8º Keefer Wilson da Austrália com 58.36

Vôlei masculino brasileiro não passa para as semifinais em todas as categorias

A seleção brasileira de vôlei masculino foi eliminada antes de sentir o gostinho de uma medalha, nem passando perto da de bronze na Olimpíada de Paris. Tanto na modalidade praia quanto nas quadras, os atletas passaram por derrotas sofridas, fazendo uma campanha abaixo do esperado e sendo derrotados pelos Estados Unidos na quadra, e com a eliminação de duas duplas no vôlei de praia. O país não ficava de fora da semifinal olímpica desde a Olimpíada de Atlanta, em 1996. 

Vôlei masculino fora da Olimpíada

Comandada por Bernardinho, a equipe de vôlei masculina brasileira até chegou às quartas de final, mas não atendeu às expectativas e teve uma campanha irregular, perdendo para os norte-americanos por 3 sets a 1 na última disputa. Os principais agravantes dos jogos foram os erros em bloqueios e recepção, deixando a equipe em 8º lugar. 


Equipe brasileira de vôlei masculino jogando contra os Estados Unidos na Olimpíada de Paris (Foto: reprodução/Amin Mohammad Jamali/Getty Images Embed)


Já no vôlei de praia, a eliminação da dupla André Stein e George Wanderley pelos alemães foi igualmente dolorosa. André chegou a comentar com a imprensa que está sendo muito difícil, pois era o sonho de uma vida, e apresentou uma autocrítica sincera sobre a participação nos jogos. A dupla só conseguiu uma vitória, sendo derrotada nas oitavas por 2 sets a 0. 


Evandro e Arthur durante as quartas de final do vôlei de praia na Olimpíada de Paris (Foto: reprodução/Carl de Souza/AFP/Getty Images Embed)


Após essa eliminação, as esperanças do Brasil de voltar ao pódio na modalidade foram colocadas em Evandro e Arthur, que eram oitavos no ranking, mas a eliminação veio após o jogo contra os suecos Ahman e Hallvig, considerados os melhores do mundo. 

O pódio fica para outra edição 

Não é a primeira vez que a modalidade esportiva não leva medalhas para a casa, mas, em outras ocasiões, como em Tóquio, os brasileiros conseguiram ao menos chegar na semifinal nas quadras. Isso só ocorreu em 1996, na Olimpíada de Atlanta, onde o vôlei de praia debutou nos Jogos Olímpicos. Mas as duplas Roberto Lopes/Franco Neto e Zé Marco/Emanuel foram eliminadas pela Espanha e pelos Estados Unidos na terceira rodada. Nas quadras, a equipe brasileira foi eliminada pela Iugoslávia por 3 sets a 2, ficando em quinto lugar. 

Apesar da eliminação na modalidade, o Brasil ainda tem chance de ganhar com a modalidade feminina, que teve 100% de aproveitamento e quatro vitórias. A seleção feminina de vôlei ganhou a vaga na semifinal após enfrentar a República Dominicana, com o set final de 3 a 0. Com a vitória do EUA contra a Polônia, as duas equipes se enfrentarão pela vaga final e pódio da Olimpíada de Paris na quinta-feira, às 11h. 

Judô brasileiro tem melhor desempenho na história das Olimpíadas

Parece que a alcunha de que o Brasil é o país do futebol foi ligeiramente substituída nestes Jogos Olímpicos em Paris. Neste sábado (3), o judô brasileiro subiu ao pódio mais uma vez na prova de equipes, conquistando uma medalha de bronze após derrotar a equipe italiana, por 4 a 3. 

Desempenho brasileiro

A modalidade de judô brasileira teve o melhor desempenho na história dos Jogos Olímpicos. Em Paris, Bia Souza brilhou, conquistando o primeiro ouro para o país, mas ainda teve mais uma prata e dois bronzes. A prata foi de William Lima, na categoria meio-leve, enquanto o bronze foi conquistado por Larissa Pimenta, também na categoria meio-leve.


Rafaela Silva e Ketleyn Quadros após ganharem o bronze (Reprodução/Sarah Stier/Getty Images Embed)


O bronze conquistado no último duelo no tatame olímpico fechou a participação do judô na Olimpíada com um número que supera a campanha feita na Olimpíada de Londres, que aconteceu em 2012. Na ocasião, o time brasileiro conseguiu quatro medalhas: um ouro e três bronzes, mas a prata de Paris fez toda a diferença segundo a Confederação Brasileira de Judô. 

5° maior resultado do mundo

Após essa participação, o Brasil figura na lista de potências do judô, deixando o país em quinto lugar em número de medalhas conquistadas, contabilizando 28 medalhas em todas as suas participações, só ficando atrás do Japão, França, Coreia do Sul e Cuba. Desde a primeira medalha em Munique (1972) com o bronze de Chiaki Ishii na modalidade meio-pesado até o bronze conquistado pelos judocas Daniel Cargnin e Mayra Aguiar, o judô brasileiro tem ganhado destaque e teve seu ápice neste ano. Com mais esses resultados, o país ganhou pelo menos uma medalha em todas as últimas edições dos Jogos desde 1984. 


Equipe de judô brasileiro durante Olimpiada em Paris (Reprodução/Jack Guez/AFP/Getty Images Embed)


Apesar do judô brasileiro se despedir de solo francês após tantas conquistas, outras modalidades esportivas ainda podem trazer mais medalhas para o país. Hoje, o futebol feminino derrotou a França em casa mesmo com o desfalque de Marta e conseguiu a vaga para a semifinal. 

Amanhã, às 10h40, Rebeca Andrade passa pela prova final de barras assimétricas e tem grande chance de ir ao pódio novamente. Além da ginástica artística, o Brasil também compete nas modalidades de atletismo, vôlei de praia, ciclismo de estrada, boxe e tênis de mesa.

Menina de Ouro: Bia Souza conquista medalha de ouro do judô em Paris 

A primeira medalha de ouro para o Brasil na Olimpíada de Paris demorou, mas quando chegou foi emocionante e simbólica. Em sua estreia nas finais dos jogos olímpicos nesta sexta-feira, a brasileira Bia Souza mostrou toda sua habilidade no tatame, desbancando sua adversária Raz Hershko, e subindo ao pódio para receber a sonhada medalha de ouro pela categoria acima de 78kg no judô. Essa é a terceira medalha do país na modalidade olímpica em Paris.

A vitória em tempo recorde 

Bia Souza fez sua estreia nos jogos olímpicos de forma impactante: além da conquista do ouro, a brasileira venceu a oponente israelense sem muita cerimônia, aplicando o golpe waza-ari logo nos primeiros segundos. Após o golpe, ela só precisava evitar que a oponente se sobressaísse e evitasse mais punições, já que ambas receberam uma durante o combate. 


Beatriz Souza junto com as outras finalistas no pódio (Reprodução/Catherine Steenkeste/Getty Images Embed)


Depois do pódio e de segurar a medalha, a judoca deu uma entrevista emocionante para a Rede Globo, enquanto conversava com sua família. Enquanto as lágrimas de felicidade rolavam, ela revelou que a vitória foi dedicada à sua avó. Para além de toda a conquista do ouro, a vitória da brasileira ainda carrega um peso simbólico e representativo, sendo uma mulher preta.

Antes dessa vitória relâmpago, Bia já vinha fazendo uma campanha consistente pela modalidade e antes mesmo de pisar em solo francês, já estava em quinto lugar do ranking mundial e relembrou a frustração de não ter ido à Tóquio. 

 “Falei pra mim mesma que eu não ia sentir aquilo que eu senti de novo, de não ir para uma Olimpíada. Foi uma chave muito importante para mim que eu virei. Desde o momento em que a chave virou, as coisas só foram sendo encaminhadas”, revelou a judoca para o Olympics. 

Nas quartas de final, ela venceu Kim Ha-Yun, mas não sem antes passar por um momento de tensão com a arbitragem. Mas o duelo decisivo foi com a francesa Romane Dicko, primeiro lugar do mundo, que ela conseguiu contornar aplicando um ippon e garantiu sua vaga para brilhar na final. 

De Peruíbe para o mundo

Foi uma longa caminhada do litoral paulistano até o tatame da maior competição esportiva do mundo. A judoca de 26 anos precisou trocar a maresia litorânea para o ar poluído da cidade grande quando ainda era adolescente para perseguir sua vocação no esporte, tendo uma rotina dupla e cansativa. Beatriz começou a se destacar um tempo depois, após o Mundial de 2017, que participou da campanha da equipe para conquistar a prata. 


Beatriz Souza e Maria Suelen Altheman no Judo World Championships de 2012 (Reprodução/Attila Kisbenedek/AFP/Getty Images Embed)


Relembrando que o esporte é além de tudo cooperação, a brasileira preza pelo profissionalismo, deixando de lado competições que só existem dentro do duelo, já que sua treinadora é sua ex-rival esportiva. Maria Suelen Altheman conseguiu a vaga na Olimpíada de Tóquio e hoje viu sua pupila deslanchar em solo francês, alcançando o ouro na Olimpíada e representando o país de forma louvável. 

Com a vitória de Bia Souza, William Lima e Larissa Pimenta, o Brasil soma 27 medalhas, sendo o 5º melhor país da história dos jogos olímpicos na modalidade esportiva.