Diretoria do Corinthians conversa com dois atletas para renovar

O Corinthians passa por um dos momentos mais tumultuados de sua história, nesta semana foi realizada a eleição do presidente Osmar Stabile, de 71 anos, anteriormente interino, que agora está empossado. Após ser oficializado, ele já começou a trabalhar nas renovações importantes do elenco atual. 

Renovações dos contratos 

Estão na mira da diretoria o zagueiro Gustavo Henrique e o atacante da base Gui Negão. A prioridade é o camisa 13, já que o contrato dele acaba no final desta temporada, o novo vínculo seria por mais dois anos com a camisa do timão. Já o número 56, que se destacou na campanha da Copa São Paulo de Futebol Júnior, subiu ao time profissional em seguida.

O acerto com o staff do atacante demorou um pouco devido aos valores envolvidos na negociação. A insistência é para manter o atleta com a camisa alvinegra, dar uma melhoria salarial, aumentar a multa rescisória para uma futura venda e um retorno financeiro viável ao clube. 


Gol de Gustavo Henrique no jogo entre Corinthians e Vasco (Vídeo: reprodução/YouTube/@Radio BandNews FM)

Além desses atletas, o artilheiro Yuri Alberto, o lateral-direito Matheus Bidu e o volante da base André tiveram seus contratos renovados. Visando uma sequência do elenco, dando uma certa tranquilidade a Dorival Júnior para o decorrer da temporada.

A atual situação do Corinthians

O Timão está em uma das piores turbulências financeiras, nesta semana a punição dada pela Fifa com o transfer ban referente à dívida com o Santos Laguna, do México, na aquisição de Felix Torres, em janeiro de 2024. O valor que eles cobram é cerca de 41 milhões de reais que devem ser pagos para que a punição seja retirada.

O transfer ban, no entanto, é válido por três janelas, o que ocasionaria um grande prejuízo técnico ao Corinthians, que não poderia registrar novos atletas. Para não ficar tanto tempo sem poder contratar, o timão corre contra o tempo para sanar a dívida. Tomar decisões de manter um elenco competitivo vai em direção às conquistas e consequentemente mais dinheiro entra nos cofres. 

Novo presidente do Corinthians fala em “terra arrasada” e revela preocupação com finanças do clube

Um dia após o impeachment de Augusto Melo ser aprovado pelo Conselho Deliberativo, o Corinthians tem um novo presidente interino. Osmar Stabile, eleito vice-presidente na mesma chapa em 2023, assumiu o cargo nesta terça-feira (27) e concedeu entrevista coletiva no Parque São Jorge.

Preocupação financeira e discurso de união

Ao lado do agora primeiro vice, Armando Mendonça, o dirigente de 71 anos tratou com seriedade o momento do clube. Segundo ele, o cenário financeiro herdado é preocupante. “Terra arrasada”, declarou. A dívida do Corinthians é estimada em R$ 2,5 bilhões, e a atual diretoria alega não encontrar recursos suficientes sequer para os pagamentos básicos.

Primeiro a gente começa pela questão financeira, o jurídico e a administração. Terra arrasada é porque temos que pagar alguma coisa e não tem dinheiro. Onde está o dinheiro? Não tem. Temos que correr atrás para conseguir. Temos que mudar essa situação, não temos uma varinha de condão para mudar de imediato. Precisamos de trabalho e dedicação para resolver esses problemas”, disse Stabile.


Apresentação de Osmar Stabile como presidente do Corinthians aconteceu nesta terça-feira (27), no Parque São Jorge (Vídeo: reprodução/Youtube/Corinthians TV)

O dirigente também ressaltou que o momento institucional do clube pede união política dentro do Parque São Jorge. Com mandato provisório, Stábile buscou um discurso conciliador quando perguntado sobre o clima de tensão no clube.

Gostaria de pedir uma trégua política para as linhas do clube, que entendam que o momento é de ajuda. Não é momento de buscar críticas, querendo mudar a situação. É momento de uma trégua”, finalizou o novo presidente.

Situação política e próximos passos

Apesar de ter sido eleito junto a Augusto Melo, Osmar Stabile afirmou que não participou das decisões do ex-presidente. Agora à frente do clube, ele prega “dedicação e arrojo” para enfrentar o curto período de transição e pede uma trégua política para garantir estabilidade institucional.


Corinthians vive instabilidade política depois do impeachment; votação de sócios pode confirmar definitivamente a destituição de Augusto Melo (Foto: reprodução/Agência Corinthians)

A convocação de uma assembleia-geral para ratificar o impeachment será de responsabilidade de Romeu Tuma Jr, presidente do Conselho Deliberativo, com prazo de até cinco dias. A realização da votação deve ocorrer em até 30 dias — ou, no limite legal, até o fim de 2025, quando se encerraria o mandato presidencial.