Lula reage à agressão contra mulher e criança e manda expulsar servidor da CGU

Presidente Lula reagiu ao caso de agressão contra uma mulher e uma criança de quatro anos ocorrido em um prédio residencial de Águas Claras, no Distrito Federal. As imagens, registradas por câmeras de segurança, circularam nas redes sociais e chegaram ao Palácio do Planalto, provocando reação imediata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente classificou o episódio como “inadmissível” e determinou a abertura imediata de processo interno para responsabilização e expulsão do servidor da Controladoria-Geral da União apontado como agressor.

Reação no Planalto

A manifestação do presidente ocorreu pelas redes sociais. Em tom firme, Lula afirmou que o caso exige resposta do Estado, sobretudo por envolver um servidor público federal. Para ele, episódios de violência contra mulheres e crianças não podem ser tratados como questões privadas nem relativizados em razão da função ocupada pelo agressor.

Na mesma publicação, o presidente determinou ao ministro Vinícius Marques de Carvalho a abertura imediata de procedimento administrativo. A orientação é de apuração rigorosa, com adoção das medidas cabíveis no âmbito disciplinar, respeitando o devido processo legal.


Lula determinou expulsão do agressor da CGU (Foto: reprodução/X/@LulaOficial)


O que mostram as imagens

A agressão ocorreu na noite de 7 de dezembro e foi registrada por câmeras de segurança do prédio onde a vítima mora. As imagens mostram o servidor ao lado da ex-namorada, que carregava o filho no colo, enquanto aguardavam o elevador. Após uma breve conversa, o homem passa a agredi-los com socos e tapas.

O agressor envolvido no episódio foi identificado como David Cosac Junior, de 50 anos, analista de sistemas da CGU. O caso veio à tona após a intervenção de um morador do edifício, que acionou as autoridades. A Polícia Civil do Distrito Federal investiga a ocorrência e não informou se houve prisão. Em depoimento, segundo o boletim de ocorrência, ele afirmou que se desentendeu com a ex-namorada após o término do relacionamento.


Servidor da CGU é flagrado agredindo mulher (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)


Providências e apuração

Em nota, o ministro da CGU classificou os fatos como “gravíssimos e inaceitáveis” e informou que providências imediatas foram adotadas. O caso foi encaminhado à Corregedoria-Geral da União e à Comissão de Ética, com abertura de investigação preliminar para apuração de responsabilidades. Entre as medidas administrativas anunciadas estão a retirada do servidor de função de substituição de chefia e a proibição de ingresso nos prédios da CGU enquanto as apurações estiverem em andamento.

A Controladoria afirmou que acompanhará o caso e adotará todas as providências cabíveis dentro de suas atribuições. O episódio segue sob investigação criminal e administrativa. Para o governo, a resposta busca reforçar que violência contra mulheres e crianças é crime e exige atuação firme das instituições públicas.

Tentativa de invasão ao Palácio do Planalto resulta em prisão

Na madrugada desta quarta-feira (10), um incidente marcou a segurança da capital federal quando um homem, identificado como Leonildo dos Santos Fulgieri, de 54 anos, tentou invadir o Palácio do Planalto, em Brasília. A ação resultou em sua prisão após ser atingido por dois disparos de bala de borracha, efetuados por militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que atuam na proteção do edifício.

Tentativa de invasão termina com detenção após ação de segurança

De acordo com informações da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Leonildo teria pulado a grade que cerca o palácio por volta das 3h30. Em seguida, o indivíduo tentou ultrapassar a barreira da rampa que conduz ao segundo andar do prédio. Os militares presentes advertiram o homem, mas ele desconsiderou as ordens e continuou avançando. Diante da insistência, os agentes de segurança fizeram uso de armas não letais, disparando balas de borracha que atingiram o quadril e a perna do suspeito.

Após ser contido, Leonildo dos Santos Fulgieri foi detido e encaminhado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde prestou depoimento. Os detalhes sobre o conteúdo de sua declaração e a motivação por trás de sua tentativa de invasão não foram divulgados até o momento.


Matéria sobre tentativa de invasão na madrugada desta quarta-feira (10) (Vídeo: reprodução/X/@BandJornalismo)

Reforço na Segurança e Histórico de Incidentes

A recente tentativa de invasão ao Palácio do Planalto ocorre em um contexto de segurança reforçada na Esplanada dos Ministérios. Atualmente, o edifício é cercado por pelo menos duas fileiras de grades. Essa medida de segurança foi restabelecida após ter sido brevemente removida em 2023, por ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia determinado a retirada das grades instaladas na gestão anterior.

As grades voltaram a ser posicionadas temporariamente em pelo menos duas ocasiões, somente em 2025. Em julho, um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro tentou acampar na Praça dos Três Poderes em sinal de protesto. Mais recentemente, em setembro, as barreiras foram reinstaladas, antecipando possíveis manifestações relacionadas ao julgamento de uma suposta trama golpista, cujos desdobramentos podem envolver outros órgãos localizados na Praça dos Três Poderes, como o Supremo Tribunal Federal (STF).

Histórico de tentativas de invasão e nota oficial do governo sobre a ocorrência

Além disso, o homem preso nesta madrugada possui um histórico de incidentes em prédios públicos. Relatos indicam que ele já tentou invadir outros edifícios na Praça dos Três Poderes, incluindo uma tentativa na segunda-feira (8) de ingressar no edifício-sede do Senado Federal. Na ocasião, ele teria afirmado aos vigilantes que iria “sentar no trono”, numa alusão à cadeira presidencial da Casa. Ao ser impedido de entrar, o indivíduo teria se retirado sem que a tentativa fosse oficialmente registrada.

A Secretaria de Comunicação Social do governo emitiu uma nota oficial sobre o ocorrido, reiterando que o homem foi devidamente advertido e que o uso da arma não letal foi para contê-lo, sem causar ferimentos graves. A ocorrência foi registrada na Polícia Federal.