O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para que o ex-presidente fosse autorizado a cumprir prisão domiciliar humanitária. A solicitação havia sido apresentada como alternativa à prisão preventiva, mas não foi aceita pelo magistrado após análise dos argumentos e documentos apresentados.
A decisão mantém a postura rigorosa do STF diante das tentativas da defesa de suavizar as condições impostas ao ex-chefe do Executivo, que segue no centro de um cenário de intensa disputa política e jurídica. O indeferimento ocorre em meio ao aumento da pressão sobre Bolsonaro e seus aliados, enquanto a estratégia legal do ex-presidente enfrenta sucessivas negativas na Corte.
Prisão preventiva de Bolsonaro
Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal (PF) na manhã de sábado (22) por determinação de Alexandre de Moraes. A prisão preventiva foi justificada pelo risco de possível fuga, não tendo relação direta com a pena de 27 anos de reclusão definida no processo que apura tentativa de golpe.
Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/ Getty images embed/ Ton Molina)
Na véspera, a defesa havia protocolado um pedido de prisão domiciliar, acompanhado de uma série de laudos médicos, alegando a necessidade de cuidados especiais. O ministro, porém, considerou o requerimento improcedente, assim como a solicitação para liberar visitas de 16 apoiadores — entre eles os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Júlia Zanatta (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF) e o senador Carlos Portinho (PL-RJ).
Reações no cenário político
Dentro do Partido Liberal (PL), apoiadores do ex-presidente iniciaram articulações para organizar um acampamento em frente à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A mobilização busca demonstrar apoio a Bolsonaro e ampliar a visibilidade do protesto contra a decisão.
Nas redes sociais, grupos alinhados ao PL têm intensificado convocações, incentivando a participação de simpatizantes e ampliando a repercussão do movimento. A presença de parlamentares engajados na causa tem reforçado a estratégia de pressão pública adotada pela legenda.
Matéria por Innaray Lima
