Luana Piovani volta a criticar Neymar após jogador apoiar privatização das praias

Na manhã desta terça-feira (28), a atriz e apresentadora, Luana Piovani, expressou opinião contrária a Neymar em um story em seu Instagram,: “Imagina se isso é ídolo?“. O fato ocorreu após o jogador se manifestar a favor da privatização das praias brasileiras.

Meu sonho é que meus filhos esqueçam o Neymar; imagina se isso é ídolo?

Luana Piovani, em seu Instagram.

Luana expôs o comentário sobre Neymar junto ao compartilhamento de um reels feito pela atriz Laila Zaid, que revelou seu ponto de vista sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) em questão.

Histórico de Críticas

Houveram outras ocasiões em que a atriz e apresentadora se mostrou contrária ao jogador. Neymar e seu pai foram alvos de críticas de Luana após saírem em notícias que relatavam envolvimento em forma de ajuda financeira ao ex-jogador Daniel Alves, condenado por estupro. 

Além desses dois ocorridos, Luana Piovani já teceu críticas a Neymar por seu pedido de desculpas à ex-namorada, Bruna Biancardi. O pedido de desculpas aconteceu depois de casos de traição do jogador se tornarem públicos. Na época, Bruna Biancardi estava grávida da segunda filha do atacante. 


Neymar e Bruna Biancardi em post com pedido de desculpas do jogador (Reprodução/Instagram/@neymarjr)


Privatização das Praias Brasileiras

Nesta semana, o Senado Brasileiro tem debatido sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022, que trata sobre a privatização das praias do Brasil. Ao se mostrar favorável à privatização das praias, Neymar volta a estar na mira de Luana Piovani, que reprova posicionamento do jogador. 

Diferente de Neymar, Laila Zaid se mostrou contra a privatização das praias brasileiras e, em vídeo postado em seu Instagram, explicou os motivos que a levam a ir contra o projeto. 


Laila Zaid opina em vídeo sobre PEC 03/2022 (Reprodução/Instagram/@lailazaid)


Em seu vídeo, Laila Zaid cita o nome de Neymar brevemente, algo que não passou despercebido por Luana Piovani. “O que você pensou quando viu Flávio Bolsonaro fazendo a proposta da PEC e Neymar fazendo videozinho apoiando a ideia?”, questiona a atriz em sua rede social.

PEC de privatização das praias segue em discussão no Senado

A proposta de emenda à Constituição (PEC) que pode privatizar praias brasileiras voltou a ser o assunto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, nesta segunda-feira (27). O texto propõe a autorização do domínio de áreas do litoral do Brasil para ocupantes particulares a partir de pagamento. 

Com autoria do ex-deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA), o texto está em processo na CCJ do Senado desde 2022. Ele foi aprovado pela Câmara depois de passar por uma comissão especial e pela CCJ da Casa.

Na Casa Alta, a relatoria é do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que demonstrou estar a favor da proposta. Flávio Bolsonaro acredita que um regime patrimonial específico deve ser colocado para esses bens.


PEC prevê algumas exceções (Foto: reprodução/Freepik/@teksomolika)

Situação atual das praias

A Constituição demonstra que as praias são propriedade da União. Territórios da costa marítima, como praias, lagoas e até margem de rios, podem ser utilizados livremente pela população, sendo a exceção territórios controlados pelas Forças Armadas do Brasil.

Mesmo próximas a propriedades privadas, como condomínios, resorts e hotéis no litoral, o acesso às praias continua liberado pela legislação brasileira. 

Caso PEC seja aprovada 

A sugestão da PEC é revogar um trecho da Constituição brasileira e permitir que territórios de marinha sejam transferidos para ocupantes particulares, estados e municípios. 

Deverá ser realizada uma inscrição junto ao órgão de gestão do patrimônio da União para que a posse desses territórios seja adquirida até por empresas e ocupantes particulares. O texto demonstra que a União poderá ter domínio dos terrenos de marinha em ocasiões específicas. 

Os acessos aos territórios continuam públicos quando as áreas são afetadas pelo serviço público federal, tiverem unidades ambientais federais e se não estiverem ocupadas. Áreas afetadas ao serviço público estadual e municipal também poderão ser de domínio de estados e municípios. 

Críticas e defesas da PEC

O relator, senador Flávio Bolsonaro, acredita que a restrição de uso de bens sob o domínio da União pode causar prejuízos para o planejamento territorial e urbano.

Já parlamentares opositores ao texto expõem que a proposta pode comprometer a biodiversidade nos litorais e defendem que as áreas precisam ser preservadas. A preocupação é de que áreas possam ser destinadas para fins mobiliários. O Observatório do Clima emitiu uma nota e denominou a PEC como “Pacote da Destruição prestes a ser votado”.

Lira convoca comissão para analisar emendas para combate a desastres

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) convocou para a próxima quarta-feira (8) uma comissão especial para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC). O projeto reserva 5% das emendas parlamentares para combater desastres naturais.

PEC

A decisão da instalação da comissão especial para a próxima quarta-feira (8) ocorre depois das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (25). A PEC estabelece que a reserva de 5% do valor disponibilizado para as emendas deverá ser feita para o enfrentamento de emergências naturais.

O valor deverá ser destinado ao órgão federal competente, que fará o repasse às unidades da Federação quando houver desastres naturais. Em suas redes sociais, Arthur Lira se solidarizou com a população atingida pelas enchentes e prestou apoio ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

A Câmara dos Deputados está à disposição para aprovar medidas emergenciais que possam auxiliar o governo e o povo do RS a superarem esse momento difícil e doloroso. Determinei ainda a instalação de uma Comissão Especial que vai analisar a proposta de emenda à Constituição (PEC 44/23) que reserva 5% das emendas individuais ao Orçamento para o enfrentamento de catástrofes e emergências naturais”

Arthur Lira, presidente da Câmara

A comissão especial para a análise da PEC contará com 34 membros efetivos e o mesmo número de suplentes. Caso não haja irregularidades que expliquem o uso das verbas, o texto indica que os valores devem ser revertidos aos parlamentares no quarto ano da legislatura.

Autor da PEC 44/23, o deputado Bibo Nunes (PL-RS) tem cobrado a análise da PEC, apresentada há sete meses, em suas redes sociais. Tendo sido aprovada, a proposta vai agilizar o envio das verbas para os lugares afetados por catástrofes e emergências naturais.

O deputado esclareceu ainda que a PEC faz com que o deputado federal e o senador tenham 5% das suas emendas disponíveis para uso imediato. Bibo Nunes citou que no caso da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul, as emendas já poderiam ter sido enviadas, uma vez que o processo é demorado.

Fortes chuvas no Sul

Nesta sexta-feira (3), em uma contagem divulgada pelo governo do Rio Grande do Sul, 39 pessoas morreram em decorrências das enchentes que atingiram mais de 130 municípios do estado. Apesar da torcida para não haver mais estragos na região, o Rio Grande do Sul segue com o alerta de mais chuva neste fim de semana, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).


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Municípios do Rio Grande do Sul são atingidos por fortes chuvas (Foto: reprodução/Anselmo Cunha/Getty Images Embed)


Além dos óbitos, temporal no Rio Grande do Sul registrou 74 feridos e outros 74 desaparecidos. Em números atualizados da Defesa Civil, 8.168 pessoas estão em abrigos e 24.080 estão desalojadas, na casa de amigos ou familiares. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, diz que números ainda podem mudar ao longo dos dias.