Bilionário Timothy Mellon doa US$ 130 milhões para garantir pagamento de militares durante shutdown nos EUA

O bilionário Timothy Mellon, conhecido por seu apoio a causas republicanas, doou US$ 130 milhões (cerca de R$ 698 milhões) para assegurar o pagamento dos salários dos militares dos EUA durante o shutdown do governo, iniciado no último mês. A doação, divulgada pelo The New York Times no sábado (25), foi aceita pelo Pentágono e será usada para cobrir os salários das Forças Armadas enquanto o impasse orçamentário persiste. O movimento gerou discussões sobre a legalidade dessa ação, uma vez que o Ato de Antideficiência proíbe o governo de gastar recursos não aprovados pelo Congresso.

A doação de Mellon surgiu em um momento crítico, quando o governo federal enfrentava um impasse orçamentário que afetou milhões de americanos, incluindo os militares. A paralisação do governo, conhecida como shutdown, teve um impacto significativo nas operações do governo dos EUA, causando atrasos em pagamentos e em benefícios essenciais para os servidores públicos. Embora a decisão de Mellon tenha sido vista por alguns como uma ação altruísta, outros questionaram se o uso de recursos privados para suprir falhas orçamentárias poderia criar precedentes perigosos, especialmente em tempos de crise política.

Doação de grande escala em meio ao impasse político

Timothy Mellon, herdeiro da fortuna bancária da família Mellon e bilionário do setor ferroviário, se tornou o principal doador para garantir o pagamento dos salários dos militares em tempos de crise. O Pentágono confirmou que a doação foi aceita com base na sua autoridade para aceitar presentes, destinados a garantir o bem-estar dos membros das Forças Armadas, mesmo durante o shutdown.


Militares americanos em evento com Donald Trump (Foto:reprodução/Tomohiro Ohsumi/Getty Images Embed)

A doação foi anunciada como uma medida de emergência, já que os militares, juntamente com outros funcionários públicos, estavam em risco de não receber seus salários enquanto o governo permanecia parcialmente fechado. A situação, que afetou diversos setores do governo dos EUA, foi provocada pela falta de consenso no Congresso quanto ao orçamento.

Desse modo, a ação de Mellon, feita de forma privada, gerou polêmica sobre as intenções por trás da doação. A decisão de Mellon, embora generosa, provocou questionamentos sobre a legalidade de aceitar doações privadas para suprir lacunas no orçamento governamental.

Mellon: magnata recluso e financiador político

Aos 83 anos, Mellon é um nome influente na política dos EUA, especialmente no Partido Republicano. Herdeiro de uma das famílias mais ricas do país, ele tem feito doações significativas, incluindo US$ 25 milhões à campanha de Donald Trump em 2024. Além disso, ele tem financiado candidatos republicanos estaduais e apoiado várias iniciativas do partido, como a construção do muro na fronteira com o México.

Mellon, que vive em seu rancho em Wyoming, é uma figura reclusa, mas suas doações políticas e, agora, a ajuda financeira durante o shutdown destacam sua influência e seu papel nos bastidores da política americana. A doação para garantir os salários dos militares, no entanto, trouxe à tona debates sobre a mistura de doações privadas com ações governamentais em momentos de crise.

Tecnologia e nova geração facilitam discussões sobre ovnis, afirma ex-oficial do Pentágono

Luis Elizondo, ex-comandante do Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP) do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, acredita que os avanços tecnológicos foram fundamentais para abrir a conversa sobre objetos voadores não identificados (Ovnis). Em entrevista à CNN, o ex-oficial do Pentágono destacou que as novas gerações, mais dispostas e com acesso fácil à informação, estão contribuindo para que o tema deixe de ser um tabu.

O papel da tecnologia na discussão sobre ovnis

De acordo com Elizondo, o avanço da tecnologia tem permitido a democratização da informação e das imagens relacionadas aos Ovnis. Há 10 anos, muitas das imagens que hoje circulam facilmente pela internet eram restritas a órgãos governamentais e militares. Ele afirma que, com os dispositivos de hoje, qualquer pessoa pode tirar fotos ou gravar vídeos com qualidade, algo impensável há uma década.

A NASA já conduziu estudos para analisar Ovnis, inclusive com o uso de inteligência artificial. A maioria dos avistamentos foi atribuída a balões, drones ou fenômenos naturais. Embora alguns casos ainda não tenham explicação por falta de dados, não há evidência de origem extraterrestre.

O governo dos EUA é frequentemente acusado de esconder provas sobre o assunto. Um ex-agente da Força Aérea já chegou a afirmar que o país teria recuperado destroços de OVNIs e material biológico “não humano”, embora ele não tenha visto pessoalmente. Lembrando que OVNI significa “objeto voador não identificado” e não quer dizer, necessariamente, algo de origem extraterrestre.


Luis Elizondo afirmou que os ovnis são reais e que os EUA têm artefatos alienígenas em depoimento na Câmara dos Representantes, em novembro de 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


A nova geração e a aceitação de um universo desconhecido

O ex-comandante norte-americano também destacou que as gerações mais jovens têm uma perspectiva muito mais aberta sobre o possível contato com formas de vida extraterrestre. Eles estão mais dispostos a abordar o tema sem o peso dos estigmas sociais e culturais que cercaram as discussões sobre o assunto no passado.

“A geração mais jovem, é muito mais aberta à discussão da realidade de que vida inteligente pode existir em nosso Cosmos. Agora percebemos que vivemos em um universo inimaginavelmente grande e complexo e estamos começando a ver sinais de que potencialmente há vida em outros planetas”, declarou Elizondo na entrevista.

O livro que pretende desmistificar os bastidores da caçada a Ovnis

Em abril, Elizondo lançou no Brasil o livro Iminente — Os Bastidores da Caçada do Pentágono a Óvnis, que detalha sua jornada à frente do AATIP. A obra, publicada pela Harper Collins, revela os bastidores dos estudos realizados por sua equipe no Departamento de Defesa dos Estados Unidos e os desafios que enfrentaram, como as pressões vindas de setores religiosos e das empresas aeroespaciais.

Chefe do Pentágono declara que os EUA “não vão tolerar” ataques no Oriente Médio

O chefe do Pentágono, Lloyd J. Austin, anunciou nesta terça-feira (06) que os Estados Unidos não irão compactuar com ataques às suas tropas localizadas em países no Oriente Médio. O pronunciamento vem após o ataque sofrido no Iraque na segunda-feira (05), segundo notícia da Associated Press.  A autoria do ataque foi assumida pela Resistência Islâmica no Iraque, termo usado para grupos insurgentes islamistas xiitas pró-Irã no Iraque.  A região está passando por um aumento nas tensões  devido à guerra em Gaza, que completou dez meses, e ainda há a possibilidade de retaliação do Irã pela morte de membros do Hamas e do Hezbollah.

Pronunciamento americano

Durante coletiva de imprensa em Annapolis, no estado de Maryland, o secretário de Defesa dos EUA declarou que o país não vai tolerar ataques contra o seu pessoal na região.  O ataque foi assumido pela Resistência Islâmica no Iraque, que disse em comunicado que os ataques continuarão “até que o último soldado americano deixe o Iraque”.  O grupo faz parte do chamado “Eixo de Resistência”, que é formado por grupos apoiados pelo governo do Irã e que atacam Israel.

Houve uma escalada nos conflitos desde o assassinato de chefes dos grupos terroristas Hamas e Hezbollah, que são aliados do Irã. Tanto os Estados Unidos quanto Israel esperam um ataque de retaliação iraniano, o que pode desencadear novo conflito em uma região já assolada por tensões. Israel negou responsabilidade pela morte de Ismail Hanyeh, que agia como uma espécie de diplomata internacional do Hamas.


A região do Oriente Médio tem visto escalada nas tensões, com ataques  desferidos em vários países da região (Foto: reprodução/Omar Al-Qattaa/AFP/Getty Images embed)


As autoridades americanas ainda estão avaliando os feridos e os danos à base aérea de Al-Asad, de acordo com informações da Reuters.  Uma fonte de segurança disse que dois foguetes Katyusha foram disparados e que ambos caíram dentro da base. Ainda não se sabe qual será a resposta dos EUA ao ataque à base americana e qual será a repercussão na região.

Declaração do Iraque

Também na terça-feira (06), o exército iraquiano disse condenar as “ações imprudentes” contra bases em seu território. “Rejeitamos todas as ações e práticas imprudentes que visem bases iraquianas, missões diplomáticas e os locais dos conselheiros da coalizão internacional, e tudo o que possa aumentar a tensão na região”. O exército não confirmou que funcionários americanos tenham sido feridos, segundo informação cedida à Reuters. 

O exército iraquiano também apreendeu um pequeno caminhão com um lançador de foguetes fixo na parte de trás. Oito foguetes não disparados foram desmontados e as forças de segurança afirmaram que obtiveram informações importantes sobre os responsáveis e que eles serão levados à Justiça.