Isaquias Queiroz dá arrancada incrível e conquista a prata no C1 na Olimpíada de Paris

Para ser medalhista olímpico, é necessário mais do que apenas disposição; é preciso ter uma força mental excepcional para buscar uma recuperação, essa que parecia impossível. Isaquias Queiroz, nos últimos 250 metros da prova, passou da quinta posição ao pódio, conquistando a medalha de prata.

O baiano de Ubaitaba não teve um bom desempenho no C2 no dia anterior, mas transformou esse resultado ruim em motivação para se recuperar nos últimos 250 metros nessa sexta-feira (9).

Com 3m43s16, o tcheco Martin Fuksa levou a medalha de ouro com a melhor marca olímpica da história. Já o brasileiro, conseguiu em 3m44s33. Serghei Tarnovschi, da Moldávia ficou com o bronze, com o tempo de 3m44s68.

Agora, empatado com os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, Isaquias Queiroz chegou a cinco medalhas olímpicas, estando em segundo lugar entre os maiores ganhadores. A ginasta Rebeca Andrade, campeã olímpica em Paris, lidera com seis pódios.

Entrevista do atleta logo depois da prova

“É uma sensação de alívio, muita felicidade. Não foi um ano fácil para mim. Essa medalha, para mim, é como se eu tivesse sido campeão olímpico. É um peso que tiro das minhas costas. Muita gente não acreditou em mim, pelos meus resultados nesse ano. Eu estava bem atrás. Lembrei que o Sebastian (filho) pediu o ouro. O ouro não deu, mas fico feliz de subir no pódio e entregar essa medalha para ele, que faz aniversário em agosto, e para toda a minha família” disse o canoísta ao repórter Pedro Bassan, da TV Globo, após a prova.


Isaquias Queiroz medalhista de prata (foto: Reprodução/Instagram/@isaquias_lx)

Pódio graças a família

Isaquias Queiroz contou com o apoio da esposa, Laina Guimarães, e dos filhos, Sebastian, de 6 anos, e Luigi, de 1 ano, nas arquibancadas. Presentear a família com uma medalha era uma grande motivação para ele. Um abraço dos filhos e da esposa após a semifinal deu-lhe o impulso necessário para conquistar a prata na final. Sebastian faz 7 anos em setembro o atleta disse que está muito feliz em poder presenteá-lo com a medalha.

Augusto Akio conquista bronze olímpico no skate após superar grave lesão

Nesta quarta-feira (7), Augusto Akio, conhecido como Japinha, subiu ao pódio olímpico no skate park masculino, garantindo a medalha de bronze com a terceira melhor nota na final.

Japinha, que competiu na final ao lado dos também brasileiros Luigi Cini e Pedro Barros, celebrou emocionado ao relembrar sua difícil jornada de recuperação após sofrer uma séria lesão em 2020. O skatista curitibano de 23 anos, que começou a andar de skate após ganhar um skate do “Homem-Aranha” de sua mãe, já havia conquistado o bronze no Mundial de Skate Vert em 2019, em Barcelona. Durante uma temporada na Califórnia, ele sofreu uma lesão que comprometeu a estabilidade dos adutores da coxa, deixando-o incapacitado de praticar o esporte.


Augusto Akio na final do skate park (Foto: reprodução/Tom Weller/VOIGT/Getty Images Embed)


Na época, o jovem atleta teve de trancar o curso de educação física em razão da COVID-19 e, em passos lentos, caminhar para sua recuperação. Em dúvida sobre seu retorno ao skate em alto rendimento, Akio, inspirado por artistas de rua, encontrou uma nova paixão no malabarismo.

Ele aproveitava praças tranquilas para praticar e aprimorar suas habilidades, encontrando uma forma de se manter ativo durante sua recuperação. A prática se tornou tão importante para ele que, segundo o próprio Akio, sair de casa sem seus malabares dá a mesma sensação de quando ele sai sem seu skate.

A Final

Após se classificar com 88.98 pontos na sua bateria, Akio chegou à final com os compatriotas Luigi Cini e Pedro Barros. Após uma primeira série marcada por quedas dos três brasileiros, Akio fez uma apresentação espetacular na segunda série, mas caiu nos últimos 5 segundos ao tentar aterrissar a última manobra.

Com 81.34 pontos como sua melhor nota até então, ele veio para a terceira série com tudo. Seu desempenho impecável o levou à terceira posição, com uma nota final de 91.85. Confira o ranking final do skate park masculino nas Olimpíadas de Paris:

  • 1º Keegan Palmer da Austrália com 93.11
  • 2º Tom Schaar da Estados Unidos com 92.23
  • 3º Augusto Akio do Brasil com 91.85
  • 4º Pedro Barros do Brasil com 91.65
  • 5º Tate Carew do Estados Unidos com 91.17
  • 6º Alex Sorgente da Itália com 84.26
  • 7º Luigi Cini do Brasil com 76.89
  • 8º Keefer Wilson da Austrália com 58.36