Detran e PM desmontam esquema de desmanches ilegais em São Paulo

O Detran e a Polícia Militar de São Paulo deflagraram, nesta quarta-feira (12), a “Operação Impacto” para combater desmanches ilegais de veículos. A ação faz parte de um esforço conjunto para coibir crimes e desarticular redes clandestinas de desmontagem e venda de peças. Aproximadamente 56 agentes participaram da operação em diferentes regiões da capital paulista. Os policiais fiscalizaram 16 estabelecimentos suspeitos, autuaram 4 locais, lacraram 2 e fecharam outros 9.

Além disso, os fiscais firmaram multa de até R$ 5 mil por dia, caso os responsáveis reabram locais interditados. A operação identificou ainda irregularidades como a falta de alvará de funcionamento e a ausência de selo de rastreabilidade nas peças. O Detran esclareceu que a operação pretende verificar a regularidade dos estabelecimentos, sem investigar a origem dos itens comercializados.

Polícia Militar deflagra operação após denúncias anônimas

A Polícia Militar de São Paulo agradeceu a participação da população, que, com denúncias anônimas, ajudou os militares a descobrirem um desmanche clandestino na Avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello, uma das vias mais movimentadas da zona leste da capital.

Dessa forma, o flagrante ocorreu depois que as denúncias alertaram sobre um veículo suspeito que entrava e saía de um imóvel com fachada de loja de autopeças. Assim, equipes da PM foram acionadas e, no local, encontraram diversos veículos sendo desmontados. Os envolvidos não explicaram a procedência dos automóveis e, por isso, os policiais os prenderam em flagrante.


Polícia Militar de São Paulo divulga balanço da “Operação Impacto” (Foto: reprodução/X/@PMESP)

Desmanches ilegais recebem veículos roubados

De acordo com dados da “Operação Impacto”, realizada pela Polícia Militar e Detran de São Paulo, os desmanches clandestinos operam como pontos de receptação de veículos roubados. Durante a ação, foram apreendidas centenas de peças automotivas com registro de roubo ou furto, além de equipamentos usados para dificultar a localização dos veículos. Além disso, um levantamento mostrou que 70% dos roubos e furtos de veículos no estado ocorrem na Região Metropolitana de São Paulo, onde há maior concentração desses desmanches ilegais.


Bomba é detonada no Terminal Pinheiros; motivação é desconhecida

Uma explosão ocorreu em uma plataforma do Terminal Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, dois homens abandonaram duas sacolas com explosivos caseiros no local, que foi interditado, nesta quarta-feira (12).

Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem deixou uma sacola no ponto de ônibus da linha 209P-10 (Cachoeirinha – Term. Pinheiros), que estava cheio de passageiros, e saiu do local. Ninguém ficou ferido.

De acordo com a SP Terminais Noroeste, concessionária responsável por administrar o terminal, os homens deixaram as sacolas por volta das 5h30 da manhã “Pequena explosão que, felizmente, não causou quaisquer danos e nem ferimentos às pessoas nas proximidades”. 

Esquadrão antibomba

Policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo (GATE) foram chamados por volta das 6h20 e isolaram duas plataformas. O grupo atuou com o uso de um equipamento de raio-x antes de detonar a segunda bomba. De acordo com o 1º tenente do GATE, Vitor Capelo Haddad, o equipamento serve para identificar a forma do artefato e descobrir do que se trata, além de possibilitar a coleta de materiais que possam servir como prova.


A GATE atuou na detonação da bomba do terminal (Foto: reprodução/Hermínio Bernardo/TV Globo)

Depois, uma varredura foi realizada para garantir a segurança do local. Em um dos pacotes, foram encontrados panfletos que serão analisados. As plataformas já foram liberadas, mas uma área de espera segue isolada e será aberta novamente somente após o fim dos trabalhos da perícia


Terminal Pinheiros é isolado na Zona Oeste de São Paulo (Foto: reprodução/Hermínio Bernardo/TV Globo)

Suspeitos

De acordo com Haddad, pelo menos duas pessoas estão envolvidas no crime. A motivação ainda é desconhecida. “A gente teve um indício claro, até pelas imagens vistas, que são dois indivíduos, no mínimo, envolvidos, cada um estava com um artefato. São dois artefatos muito similares pelo que a gente pôde analisar.”, disse.

Haddad disse que não é possível identificar o “exato tipo do explosivo” utilizado e que isso depende do trabalho da perícia. Ele também explicou que um dos artefatos chegou a ser detonado, enquanto o outro seguiu montado em condições de explodir.

Polícia Militar prende quarto suspeito de incêndio criminoso no interior de São Paulo

A Polícia Militar prendeu, na última segunda-feira, 26 de agosto, um homem de 27 anos suspeito de provocar um incêndio criminoso em Batatais, na região de Franca, interior de São Paulo. Com essa prisão, já são quatro os suspeitos detidos em menos de uma semana por atos de incêndio intencional em áreas de preservação do estado. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a ação rápida dos policiais evitou que o fogo se alastrasse, causando danos maiores.

Detido com material para provocar incêndios

O homem foi preso em flagrante por policiais do 15º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM-I) após denúncias de moradores que relataram que ele estava ateando fogo em uma pastagem próxima a uma Área de Preservação Permanente (APP) no bairro Jardim Aurora. Durante a abordagem, os policiais encontraram com o suspeito serras, um alicate, um isqueiro e uma caixa de fósforos, itens que indicam preparo para a prática de incêndio criminoso.

A SSP-SP informou que, após o fogo atingir a pastagem, as chamas rapidamente se espalharam para a cerca e o quintal de uma residência próxima. Graças à ação rápida do Corpo de Bombeiros e de uma equipe da Brigada de Incêndio da Prefeitura, o incêndio foi controlado sem que houvesse feridos. O suspeito foi levado à delegacia de Batatais, onde o caso foi registrado como incêndio.


Incêndios se espalhando em Ribeirão Preto (CBM-SP/Divulgação /Estadão)

Casos recorrentes de incêndios na região

O incidente em Batatais é apenas o mais recente de uma série de episódios semelhantes no interior de São Paulo. No domingo, 25 de agosto, um homem de 42 anos foi preso na mesma cidade por também atear fogo em uma área de mata. Ele alegou ser membro de uma facção criminosa e chegou a registrar um vídeo comemorando o ato. Este suspeito, com antecedentes por roubo, furto, homicídio e posse de drogas, foi levado para a Delegacia Seccional de Franca e responderá por provocar incêndio.

Além disso, em São José do Rio Preto, um idoso de 76 anos foi detido no sábado, 24 de agosto, após ser flagrado ateando fogo em lixo em uma área de mata no bairro Jardim Maracanã. Uma moradora, que testemunhou o incidente, conseguiu conter as chamas e denunciou o idoso. Questionado pela polícia, ele admitiu ter o hábito de queimar lixo no local e foi autuado por injúria e crime ambiental, mas acabou sendo liberado após prestar depoimento.

Os frequentes incêndios têm causado transtornos significativos no estado, como interrupções em estradas e operações de aeroportos. As autoridades reforçam o alerta para a população, destacando que atos de queimadas criminosas serão punidos com rigor. Atualmente, 48 municípios de São Paulo permanecem em estado de alerta máximo para queimadas. Em resposta à situação, a Polícia Federal abriu um novo inquérito para investigar e identificar os responsáveis pelos incêndios, visando intensificar a fiscalização e a aplicação de multas severas para infratores.

Mortes causadas por PMs aumenta nos últimos meses

O número de óbitos causados por agentes da polícia aumentou quase 70% no estado de São Paulo durante o primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. A letalidade policial mais de quintuplicou na região da Baixada Santista.

Veja o número de mortes

Segundo um relatório do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério Público de São Paulo, a polícia militar paulista foi responsável por 177 mortes nos primeiros três meses deste ano, em contraste com as 116 mortes registradas no mesmo período do ano anterior.

Esse aumento significativo se deve principalmente ao elevado índice de fatalidades policiais na Baixada Santista no início de 2024. Nas nove cidades que compõem a região, 79 indivíduos perderam suas vidas em ações da Polícia Militar entre janeiro e março, enquanto no mesmo período de 2023, apenas 15 pessoas foram mortas pela PM nessas localidades, um aumento que supera cinco vezes o número anterior.


Policial Militar e viatura. (Foto: reprodução/Polícia Militar)

Em sentido, a letalidade em operações da PM diminuiu quase 20% na capital paulista, com um total de 49 mortes nos primeiros três meses de 2024 em comparação com 61 no mesmo período do ano anterior.

Durante a Operação Verão em várias cidades da Baixada Santista, 56 pessoas já faleceram em decorrência da intervenção da Polícia Militar de São Paulo. A Secretária de Segurança Pública (SSP) afirma que o objetivo da ação é combater o crime organizado na região.

Em resposta às questões levantadas sobre o número de óbitos durante confrontos policiais, a secretária enfatiza, em comunicado que todos os casos são minuciosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com supervisão das respectivas corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário.

Acompanhe o comunicado da SSP

A SSP afirma que a morte em confronto é resultado da reação violenta dos criminosos ao trabalho policial. A primeira fase da Operação Verão teve início em 18 de dezembro do ano anterior. Atualmente, a Polícia Militar está executando a terceira fase da operação, cujo término ainda não está determinado.