20 países pedem fim imediato da guerra em Gaza no Oriente Médio

Nesta segunda-feira (21), mais de 20 países, incluindo a França, Reino Unido, Japão, Itália, Canadá e outros pediram o fim imediato do conflito em Gaza, fazendo um apelo pela distribuição de insumos básicos de forma justa e emergencial, como água e comida para os civis palestinos afetados pelo conflito, criticando o modelo atual de distribuição de ajuda do governo de Israel.

Apelo internacional

Os 20 países fizeram uma declaração conjunta apelando para o fim do conflito na faixa de Gaza, alegando que mais de 800 palestinos foram mortos quando tentavam buscar ajuda. Na declaração, também criticaram o modelo atual de ajuda imposto pelo governo israelense, chamando de “distribuição de ajuda por gotejamento e assassinato desumano de civis“.


A maioria dos civis mortos estavam nas proximidades da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), fundação que os Estados Unidos e Israel apoiaram para liderar a distribuição de ajuda humanitária na faixa de Gaza, liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Crianças esperam em fila para pegar comida oferecida por cozinhas solidárias em Gaza (Foto: reprodução/REUTERS/Saleh Salem)

Reforçaram que o modelo atual de ajuda é perigoso e que alimenta a instabilidade, além de privar os civis de sua dignidade humana, que tem sido dificultado nos últimos dias para os civis.

Pressão externa e interna

Países que apoiam e são aliados de Israel também estão se posicionando a favor do fim do conflito em Gaza, sendo um deles os Estados Índios, o seu maior aliado. 

A GHF usa empresas privadas de segurança e logística dos Estados Unidos para levar suprimentos básicos para os civis em Gaza, contornando um sistema de ajuda humanitária liderado pela ONU. O governo de Israel alega que o sistema possibilitou que militares libertados do Hamas saqueassem carregamentos de ajuda para civis afetados pela guerra. O grupo Hamas nega a alegação do governo israelense. 

A ONU considera o sistema de ajuda do GHF como inseguro e uma violação dos padrões de imparcialidade humana no conflito.

Portugal aprova lei anti-imigração que irá impactar imigrantes brasileiros

Nesta quarta-feira (16), o Parlamento Português aprovou um pacote de lei que promete endurecer a política migratória do país de forma significativa. Entre os imigrantes afetados, os brasileiros serão impactados com o pacote, mesmo representando a maior comunidade estrangeira em Portugal. 

A medida foi votada em um curto período, de somente 16 dias após a apresentação. A proposta do pacote de lei foi aprovado com apoio da coalizão de direita e do partido de extrema-direita Chega. Após a aprovação no parlamento, a medida seguirá para a aprovação do presidente Marcelo Rebelo de Sousa

O Pacote aprovado

Na medida aprovada no parlamento, incluem restrições relacionadas ao visto de trabalho e rigidez das regras de reagrupamento familiar. Além disso, o pacote também propõe a criação de uma unidade policial especial para combater a imigração ilegal e para executar deportações de imigrantes.


Parlamento português reunido para a aprovação do pacote nesta quarta-feira (16) (Foto: reprodução/Horacio Villalobos/Corbis/Getty Images Embed)

O visto de trabalho, será limitado somente para imigrantes com alta qualificação profissional, critério avaliado pelo governo português antes da liberação. 

A entrada de imigrantes como turistas e a solicitação de pedido de resistência seguida não será mais permitida. A solicitação de residência só poderá ser feita por quem já tiver um visto aprovado no país previamente. O reagrupamento familiar só será permitido para imigrantes com pelo menos dois anos de residência legal no país e os familiares terão que pedir a autorização de residência em seu país de origem. 

A aprovação do pacote gerou críticas de entidades civis e opositores, além de imigrantes e apoiadores, que realizaram um protesto no parlamento durante a votação do pacote. 

Apoio para aprovação

O apoio do partido de extrema-direita Chega foi primordial para a aprovação do pacote no parlamento português. O governo de Luís Montenegro está sendo o responsável por acelerar e animar uma política imigratória em Portugal. 

Portugal era considerado um dos países mais abertos para imigrantes e a mudança recente foi justificada pela deputada de extrema-direita, Vanessa Barata, como uma medida de controle, uma vez que o Partido Socialista promoveu uma política de “portas abertas”, sem critérios, segundo ela. O impacto dessa medida não só afeta a população em um quesito social e populacional, mas também no quesito econômico, principalmente em setores que dependem de imigrantes para realizar serviços. 

Para conseguir 60 votos, o governo aceitou alterações no texto da medida, mudanças essas que incluíram a comprovação de convivência prévia no exterior para casais em processo de reagrupamento familiar e a proibição de visto para pessoas que tiveram um histórico de situação irregular no país. 

Geraldo Alckmin comenta sobre PIX e tarifas impostas pelos EUA ao Brasil

Nesta terça-feira (16) o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se pronunciou quanto às tarifas impostas pelos Estados Unidos sob produtos brasileiros e às críticas de Donald Trump, presidente norte-americano, sobre o PIX. 

Alckmin definiu o modelo de pagamento PIX como “um sucesso”, após o governo norte-americano iniciar investigações independentes sobre esse método utilizado no Brasil.  Porém, ele definiu como prioridade resolver a questão das tarifas impostas por Trump, que coloca taxas de 50% em exportações brasileiras.  

Ações norte-americanas sob o Brasil

Nas últimas semanas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em uma carta enviada ao presidente Lula no dia 9 que iria taxar em 50% as exportações brasileiras, em resposta a ação penal que o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e alegou um déficit o na relação comercial entre os dois países. O tarifaço entrará em vigor a partir do dia 1 de agosto.

Nesta segunda-feira (15), o governo norte-americano abriu uma investigação comercial contra o PIX, método de pagamento muito usado no Brasil, alegando desvantagem competitiva para empresas norte-americanas no setor, assim como propriedade intelectual e desmatamento.

Ações do governo brasileiro

Alckmin informou que irá fornecer todas as informações para o governo dos EUA e que não é a primeira vez que o governo norte-americano abre uma investigação comercial contra o Brasil. Na outra ocasião, o governo brasileiro trouxe explicações e o processo foi encerrado.


Para discutir os pontos de negociação, Geraldo Alckmin convocou uma reunião comercial nesta terça-feira (16) (Foto: reprodução/Júlio César Silva/MDIC)

O vice-presidente defendeu uma resposta firme e transparente por parte do Brasil, contra as medidas impostas por Trump. O governo brasileiro enviou uma carta para o governo dos EUA, onde manifestou sua indignação com o tarifaço e se colocando à disposição para negociar tal taxa, além de cobrar por um retorno de uma mensagem enviada em maio. A carta, enviada nesta quarta-feira (16), foi assinada por Alckmin e por Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores.

Tentativas de acordo

O vice-presidente e ministro também afirmou que o governo brasileiro já tinha enviado uma carta para o governo norte-americano no dia 16 de maio, para negociar e rever pontos tarifários, porém segundo Alckmin, o governo brasileiro não teve um retorno. 

Ele também defendeu que empresários e trabalhadores brasileiros e norte-americanos se unissem e trabalhassem juntos para solucionar a questão, dando prioridade a uma comunicação diplomática e comercial. O ministro declarou: “É urgente. O bom é que se resolva nos próximos dias, se houver necessidade nessa negociação de prorrogar, não vejo problema. Agora, o importante era resolver.”

A Amcham Brasil, Câmara Americana de Comércio para o Brasil, prestou apoio a negociação sugerida pelo governo brasileiro, de acordo com Geraldo Alckmin, e destacou que as relações comerciais não devem ser contaminadas com visões políticas. Além da Amcham, Alckmin se reuniu com outros empresários de empresas norte-americanas para discutir sobre a negociação do tarifaço, como Gustavo Bonora Biscassi, da Coca-Cola e Nayana Rizzo Sampaio, da Amazon.