Bispa de Washington pede misericórdia a Trump por imigrantes e crianças

Em uma missa realizada na Catedral Nacional de Washington, a bispa episcopal Mariann Edgar Budde fez um apelo ao ex-presidente Donald Trump para que demonstre misericórdia em relação a imigrantes e crianças afetadas pelas políticas de deportação.

A líder religiosa destacou o impacto emocional e social dessas medidas, criticando a falta de empatia por parte das autoridades em lidar com famílias vulneráveis.


Apelo emocional ao Trump feito por Bispa Mariann, de Washington (Vídeo: Reprodução / YouTube / Folha de São Paulo)

Apelo direto em prol da compaixão

Durante o sermão, a bispa Mariann Edgar Budde abordou diretamente as políticas de imigração implementadas durante a gestão de Trump, enfatizando o sofrimento de crianças que vivem sob constante medo de separação de suas famílias. Segundo a líder religiosa, muitas dessas crianças temem pela deportação de seus pais, o que impacta profundamente sua saúde mental e emocional.

Essas crianças têm medo, senhor presidente, medo de que seus pais sejam arrancados de suas vidas. Isso não é compatível com os valores que buscamos como nação”, afirmou Budde, durante o culto.

Ela também mencionou a necessidade de abordar a questão com humanidade, criticando a criminalização generalizada dos imigrantes. Para a bispa, é fundamental que o debate sobre imigração inclua um olhar mais empático e soluções que respeitem os direitos humanos.

Reações e repercussões

O presidente eleito, Donald Trump, presente na missa, ouviu as palavras da bispa sem comentar publicamente. Contudo, aliados próximos manifestaram opiniões contrárias. Elon Musk, empresário e aliado de Trump, classificou a fala como “uma abordagem emocional e enviesada”, gerando debates intensos nas redes sociais.

Líderes religiosos e ativistas, por outro lado, apoiaram Budde, destacando a relevância de um discurso que humaniza os afetados por políticas duras de imigração. Esse embate reflete divisões ainda muito presentes nos Estados Unidos em temas como imigração e direitos humanos.

Brasil conta com apoio de 37 países em Aliança Global contra a fome e a pobreza

O G20 deste ano, conta com o destaque do Brasil entre as atenções globais, com o lançamento da Aliança Global contra a fome e a pobreza. O pacto será oficialmente apresentado nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro, contando com a adesão de 37 países e mais 50 interessados. Essa Aliança é considerada uma das maiores iniciativas globais no enfrentamento das desigualdades.

Sobre a Aliança Global

A principal diferença dessa Aliança está em sua estrutura flexível e orientada por resultados. O projeto irá funcionar como um repositório de políticas públicas bem-sucedidas, ofertando aos países participantes propostas de soluções adaptáveis às suas necessidades específicas. “Os países poderão escolher medias que sejam eficazes para suas realidades e utilizar os recursos disponibilizados por parceiros do pacto”, explicou o ministro Márcio Macêdo. Além disso, a Aliança irá contar com uma estrutura própria, independente do G20, assegurando sua continuidade e operação.


Encerramento do G20 Social no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)

O combate à desigualdade

De acordo com o governo brasileiro, a expectativa é de que a iniciativa se consolide como um marco no combate à fome e à pobreza, promovendo a troca experiências e recursos entre países e instituições. A adesão do pacto reflete um crescente consenso sobre a necessidade de cooperação internacional para lidar com os desafios globais. A Aliança é considerada pelos representantes estatais, um modelo promissor de governança compartilhada, combinando solidariedade internacional com soluções técnicas de impacto.

A proposta tem o objetivo de criar uma rede de cooperação entre países em situação de vulnerabilidade, instituições financeiras e fundos econômicos para implementar políticas públicas que sejam de fato eficazes no combate à fome e à pobreza. A expectativa é que a iniciativa inspire novos modelos de colaboração e consolide o Brasil como o protagonista na agenda social global.

Exposição a compostos sintéticos e seus efeitos na saúde infantil

A exposição pré-natal a compostos sintéticos está associada a uma série de problemas de saúde nas crianças, de acordo com um estudo recente realizado pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal). Esses compostos, conhecidos como desreguladores endócrinos, incluem substâncias como metais, compostos perfluoroalquilados (Pfas), pesticidas organoclorados e retardadores de chama. Tais substâncias podem interferir no sistema hormonal, crescimento, equilíbrio energético e metabolismo, aumentando o risco de doenças como obesidade, hipertensão e outros problemas metabólicos na infância e na vida adulta.

Pesquisa e Metodologia

Os pesquisadores analisaram dados de 1.134 mães e seus filhos em seis países europeus (Espanha, França, Grécia, Lituânia, Noruega e Reino Unido). A exposição a 45 desreguladores endócrinos foi medida por meio de amostras de sangue e urina coletadas durante a gravidez e do cordão umbilical após o nascimento. As crianças foram acompanhadas entre os 6 e 11 anos de idade, com exames clínicos e entrevistas para avaliar a circunferência da cintura, pressão arterial, colesterol, triglicerídeos e níveis de insulina, todos fatores de risco para a síndrome metabólica.

Impacto dos Compostos Sintéticos

Os resultados mostraram que a exposição a essas substâncias está ligada a um maior risco de desenvolver a síndrome metabólica, com efeitos específicos dependendo do gênero da criança. Meninas mostraram maior sensibilidade a misturas de Pfas e bifenilos policlorados (PCB), enquanto meninos eram mais suscetíveis aos parabenos.

Moça grávida bebendo água em garrafa plástica (reprodução/@bebechegou)

Importância da Redução da Exposição

Esses achados ressaltam a importância de reduzir a exposição a desreguladores endócrinos durante a gravidez. Atualmente, embora grávidas sejam aconselhadas a evitar certos alimentos para minimizar riscos microbiológicos, há pouca conscientização sobre a exposição a desreguladores endócrinos. A responsabilidade pela mitigação desses riscos deve ser compartilhada entre a população e políticas públicas rigorosas que promovam a saúde metabólica das futuras gerações.

Desafios e Medidas Preventivas

Esses compostos estão presentes em muitos itens do cotidiano, como cosméticos, produtos de limpeza, embalagens de alimentos e plásticos, tornando quase impossível evitar totalmente o contato com eles. Portanto, medidas preventivas e regulamentações mais rígidas são essenciais para proteger a saúde reprodutiva e metabólica, não apenas das grávidas, mas de toda a população.