Homem que explodiu em frente ao STF, teria utilizado extintor de incêndio no atentado

Na última quarta-feira (13), Francisco Wanderley Cruz tentou atentar contra o STF, explodindo bombas na Praça dos Três Poderes. De acordo com imagens divulgadas de filmagens feitas pelas câmeras de segurança do Supremo, ele teria utilizado um extintor cheio de gasolina e um pano para tentar causar um incêndio na Estátua da Justiça .

Laudo

Conforme o laudo pericial divulgado, ao tentar o ataque, Francisco teria sofrido traumatismo cranioencefálico, e ainda foi acometido com queimaduras graves no rosto, por conta da explosão da bomba que ele carregava. Sua mão, devido ao impacto ocorrido no momento da explosão, também ficou destruída. Especialistas informaram a existência de características pirotécnicas no artefato utilizado por ele. Tinha semelhanças com rojões.

Imagens

Além de terem identificado os objetos utilizados por Francisco, no momento em que estava tentando explodir a Estátua da Justiça; as câmeras também identificaram um casal tentando fugir no momento da explosão. Pelo que foi mostrado nas imagens, uma moça estava correndo e logo atrás vinha um homem que recuou ao chegar próximo do carro. A testemunha Laiane Costa relatou que o autor do atentado acendeu a bomba, olhando para as pessoas que estavam ao seu redor.


Polícia vigia a Praça dos Três Poderes, após homem atentar contra o STF, no dia 13 de novembro (Foto: reprodução/Evaristo SA/Getty Images embed)


Testemunhas

Ainda de acordo com Laiane Costa, Francisco teria passado pelas pessoas e dado joinha, como se ele estivesse avisando o que iria acontecer a seguir. Uma das moças que estavam presentes no local, também lamentou, dizendo que ao olhar para aquele corpo no chão, se sentiu triste em não poder ter ajudado. Crime ocorreu na última quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes .

O STF está investigando, para descobrir qual eram os planos de Francisco naquele dia para poder entender de fato o que aconteceu.

Reabertura da Praça dos Três Poderes e liberação da Esplanada ocorre 16 horas após explosões

A Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi reaberta após um período de 16 horas, após explosões ocorridas na noite de quarta-feira que resultaram na morte de um homem. A área havia sido isolada para a segurança pública enquanto as autoridades investigavam o caso. Além disso, o tráfego de veículos na Esplanada dos Ministérios também foi suspenso, mas foi liberado após a inspeção. A liberação das áreas só aconteceu após a avaliação e autorização das equipes de segurança.


Praça dos Três Poderes (Foto: reprodução/Dircinha Welter/Getty Images Embed)


A morte do suspeito

Na noite desta quarta-feira (13), um homem de 59 anos morreu ao tentar invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) usando explosivos. Antes disso, ele havia detonado um carro com artefatos no estacionamento da Câmara dos Deputados.
O homem, identificado como ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul–SC em 2020, onde obteve 98 votos sem ser eleito, aproximou-se da entrada do STF nesta quarta-feira por volta das 19h30. Ao chegar próximo à estátua da Justiça, ele acionou os explosivos. A explosão, que pôde ser ouvida dentro do prédio, aconteceu logo após o encerramento da sessão do plenário, levando à evacuação do local.

O suspeito expressou em publicações no Facebook comentários com tom subliminar:
“Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias, etc.”

Câmara estava em votação durante a explosão

Os deputados estavam debatendo a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que busca ampliar a imunidade tributária para as igrejas, ou seja, reduzir ou isentar impostos para essas instituições religiosas. Durante a sessão, surgiu a notícia das explosões nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), o que gerou reações e protestos entre os parlamentares. Alguns criticaram a decisão de continuar a sessão legislativa mesmo após o incidente violento, considerando que tal atitude refletia uma “banalização da violência”.

Eles mencionaram os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, também na Praça dos Três Poderes, como um exemplo da crescente agressividade em atos contra as instituições públicas. A comparação visava destacar o perigo de minimizar ataques a autoridades, reforçando a importância de tratar com seriedade incidentes de segurança no local.