Daniel Alves é convocado a comparecer no tribunal, diz jornal

De acordo com informação concedida pelo jornal espanhol “La Vanguardia”, Daniel Alves foi convocado pela juíza Isabel Delgado Péres, responsável pelo seu caso,  a comparecer no tribunal de Barcelona nesta quinta-feira (22). A data prevista para a leitura da sentença é 7 de março, no entanto, há possibilidade da juíza antecipá-la para esta quinta-feira (22). 

Além do jogador, também foram convocadas todas as partes movidas no processo que o acusam de agressão sexual: a promotoria, comandada por Elisabet Jiménez; a advogada da denunciante, Ester García; e a advogada da defesa, Inés Guardiola.

O processo

Daniel Alves é acusado de estupro contra uma mulher; o crime teria acontecido na boate Sutton, em Barcelona, no dia 30 de dezembro de 2022. O jogador teve sua prisão preventiva decretada em 20 de janeiro de 2023 e permanecerá preso até a finalização do processo. Caso seja declarado culpado, Daniel poderá pegar até 12 anos de reclusão, pena que os advogados da denunciante solicitaram à Justiça espanhola. 

O julgamento, que durou três dias, foi finalizado no último dia 7 de fevereiro e contou com depoimentos de 28 testemunhas ao todo, inclusive Daniel Alves, que negou ter cometido o crime, e a denunciante que o acusou de estupro, que manteve a mesma versão desde a origem do processo.  


Daniel Alves durante julgamento que o acusa de agressão sexual contra uma mulher em uma boate de Barcelona. (Foto: reprodução/Alberto Estévez/AFP)

O julgamento

O julgamento teve início no último dia 5 de fevereiro e contou com a apresentação da juíza Isabel Delgado Péres, a qual decidirá ou não pela condenação do atleta. Além disso, Daniel Alves também compareceu ao júri no primeiro dia, mas não prestou depoimento. 

O primeiro dia de julgamento ficou marcado pelo depoimento da denunciante, que falou durante cerca de uma hora e quinze minutos, a portas fechadas e sem contato visual com Daniel Alves. Além disso, outras cinco testemunhas também falaram aos autos do processo, são eles: uma amiga e uma prima da denunciante que estavam presentes na boate em que o crime teria acontecido, além do porteiro e dois garçons que trabalhavam no estabelecimento no dia 30 de dezembro de 2022. 

Já o segundo dia de julgamento, concluído em 6 de fevereiro, contou com a presença de 22 testemunhas no total. Entre elas, a esposa de Daniel Alves, Joana Sanz, e amigos do jogador que estavam presentes na noite em que o crime teria acontecido. 

O terceiro e último dia do julgamento contou com o depoimento do acusado. De acordo com o jornal “Marca”, Daniel Alves teria chorado bastante e confessado que bebeu muito na noite em que o crime teria sido cometido. 

De acordo com a versão contada durante o depoimento do jogador, a relação sexual entre ele e a denunciante teria sido consensual e, de acordo com o relato de Daniel,   ele não a teria forçado a acompanhá-lo até o banheiro da boate, local em que a suposta agressão sexual teria sido cometida. 

Morre na prisão aos 47 anos o russo Alexei Navalny, principal opositor de Putin 

Nesta sexta-feira (16), o ativista russo Alexei Navalny morreu na prisão após se sentir mal no serviço penitenciário na região de Yamalo-Nenets, na Rússia, a cerca de 65 quilômetros a norte do Círculo Polar Ártico, onde cumpria pena desde 2021. Segundo autoridades, Navalny passou mal após caminhada e perdeu a consciência. O governo russo informou que não tem conhecimento sobre a causa da morte. 


Alexei Navalny sendo preso em 2021 ao retornar da Alemanha (Foto: reprodução/Instagram/@navalny)

Perseguição política 

Alexei Navalny era um ativista político, advogado e preso político, ficou conhecido por satirizar o presidente Vladimir Putin e acusar seu governo de corrupção. Já liderou diversas manifestações contra o governo russo e lutava constantemente pela democracia e liberdade de expressão. 

Em 2016, ele anunciou sua candidatura à presidência, no entanto, a Comissão Eleitoral Central da Rússia disse não poderia concorrer por uma condenação na judicial, foi considerado culpado por fraude e recebeu a sentença de cinco anos de prisão. 

Em 2020, durante um voo para Moscou, Navalny desmaiou no corredor d avião que fez pouso de emergência na cidade de Omsk e passou dois dias no hospital até ser levado para Alemanha para tratamento. 

Na Alemanha, os médicos chegaram à conclusão que o ativista tinha sido envenenado, deixando-o em coma induzido por duas semanas, Navalny levou algumas semanas para recuperar a fala e os movimentos do corpo. O governo russo negou envolvimento no envenenamento. 

Após sua recuperação, Alexei voltou para Rússia e foi preso e sentenciado a mais de 30 anos de prisão por acusações que o mesmo nega e afirmava ter motivação política. 


Navalny com sua esposa e filhos (Foto: reprodução/Instagram/@navalny)

Vida na prisão 

Após ser preso a vida de Navalny ficou mais difícil, o advogado se preocupava com sua saúde fisíca e pela sua vida, sentia muitas dores pelo corpo, era privado do sono, pois era acordado de hora em hora para falar com a câmera de sua cela para terem certeza que não havia fugido. Já fez greve de fome com medo de ser envenenado novamente. E no dia 6 de dezembro o russo foi dado como desaparecido, uma vez que seus advogados foram proibidos de vê-lo para logo após descobrirem que Alexei tinha sido transferido para a prisão Lobo Polar, conhecida por ser uma das prisões mais rigorosas da Rússia, onde ficam os prisioneiros de alta periculosidade.  

Um porta-voz de Navalny diz a transferência para um local remoto e inóspito foi para isolá-lo, tornar sua vida mais difícil e dificultar o acesso de seus advogados e aliados. 

Alexei Navalny deixa esposa Yulia Navalny e dois filhos. 

Justiça dos EUA condena ex-assessor de Trump a quatro meses de prisão por desacato ao Congresso 

Nesta quinta-feira (25), o ex-assessor do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, Peter Navarro, foi sentenciado a quatro meses de prisão e multado em U$ 9.500 por desacato ao Congresso, durante a investigação do ataque ao Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021, que Navarro se recusou a cooperar com o Congresso. Advogados de Peter entraram com ação pedindo liberdade condicional e prometeram levar o caso para o Supremo Tribunal Federal. 

Fidelidade a Trump 

Os promotores federais de Washington, acharam insuficientes os quatro meses decretado pela justiça e pediram ao juiz federam Amit Mehta a sentença de seis messes a Peter, alegando que ele deu prioridade em ser leal a Trump em detrimento ao Estado de direito. 

Os advogados do ex-assessor, John Rowley e Stanley Woodward, dizem que Peter, na época, acreditava que não era necessário cooperar com o Congresso, pois acreditava genuinamente que Donald Trump tinha invocado o privilégio executivo, cujo objetivo é resguardar algumas comunicações e registros presidenciais da Casa Branca em sigilo. 


Peter Navarro e Donald Trump na Casa Branca em abril de 2020 (foto: reprodução/Jabin Botsford/The Washington Post)

Relembre o caso 

Em fevereiro de 2022, Navarro foi intimado a se apresentar na Câmara dos Representantes para entregas os e-mails e documentos solicitados para a investigação, mas ele não apareceu e justificou que Trump o instruiu a invocar o privilégio executivo. O juiz determinou que não havia provas que Trump o havia solicitado e que Peter não podia ignorar uma convocação do comitê. Em setembro do ano passado, o ex-assessor de 74 anos foi considerado culpado pelos 12 membros do júri após quatro horas de julgamento por duas acusações de ter desrespeitado o Congresso.