Grammy 2025: Lady Gaga e Bruno Mars se apresentarão em homenagem às vítimas de LA

Lady Gaga e Bruno Mars subirão ao palco do Grammy Awards 2025 juntos. A dupla fará um tributo em homenagem a Los Angeles e às vítimas dos incêndios que ocorreram na região nas últimas semanas. A dupla tem indicações ao Grammy pelo feat “Die with a Smile”, nas categorias de música do ano e melhor performance pop em grupo.

Tragédia em Los Angeles e a premiação

Durante a época de ansiedade para a maior noite da indústria da música, Los Angeles enfrentou uma das maiores tragédias florestais dos últimos anos. Incêndios atingiram diversas áreas da cidade, destruindo residências, deixando pessoas desabrigadas e feridas. A situação grave gerou um debate sobre o acontecimento do Grammy e também sobre outras premiações prestigiadas, como o SAG Awards e o Oscar, pois estas ocorrem na cidade.

No entanto, o CEO da academia, Harvey Mason Jr., informou que, apesar de terem cogitado o cancelamento, isso não ajudaria em nada. 

Obviamente, não podemos ter um show normal no meio de pertences de pessoas sendo queimados ou perda de vidas ou outras coisas assim. Ao mesmo tempo, cancelar não teria ajudado

Mason Jr.


Manifesto da Academia do Grammy em seu perfil do Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@recordingacademy)


Ele garante que a premiação ajudará a arrecadar fundos e pode aumentar a conscientização das problemáticas, além de trazer alegria e brilho às pessoas que acompanham a premiação.  

Indicações e homenagens no Grammy 2025

Confirmada para acontecer, a premiação será uma noite deslumbrante de estrelas. Além do tributo de Gaga e Bruno Mars, a premiação também contará com uma homenagem a Quincy Jones, o produtor musical que faleceu em novembro de 2024. 

Entre os indicados, artistas como Beyoncé, Kendrick Lamar, Billie Eilish, Charli XCX, Post Malone, Taylor Swift, Sabrina Carpenter e Chappell Roan se destacam nas principais categorias. O evento terá nos palcos apresentações de Shakira, Billie Eilish, Charli XCX.

A premiação está marcada para domingo (2), em Los Angeles, nos Estados Unidos. No Brasil, a cerimônia será transmitida ao vivo pela TNT e pelo Max.

Morre aos 91 anos o produtor de “Thriller” e ícone da indústria musical, Quincy Jones

O produtor musical e arranjador Quincy Jones morreu neste domingo (3), aos 91 anos. Seu assessor, Arnold Robinson afirmou que o músico morreu cercado por sua família em sua residência em Bel Air, Los Angeles.

Os familiares de Quincy, escreveram em um comunicado: “Com corações cheios, mas partidos, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones. Embora esta seja uma perda incrível para nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele“.

O músico, em toda sua trajetória e carreira, conquistou uma extensa lista de premiações, com 28 Grammys, dois Oscars e um Emmy.

Produtor de Michael Jackson

Jones foi responsável pela produção de alguns dos álbuns mais memoráveis ​​de Michael Jackson: “Off The Wall” (1979), “Thriller” (1983) e “Bad” (1987). Estes são os primeiros discos da fase mais madura do “Rei do Pop”, sem o grupo Jackson Five, do qual fez parte com os irmãos.


Michael Jackson no videoclipe de “Thriller” (Foto: reprodução/Instagram/@michaeljackson)

O álbum Thriller vendeu mais de 20 milhões de cópias somente no ano de lançamento e desde então, tem sido um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos. Segundo a Associated Press, foi proposto por Jones convidar o ator Vincent Price para participar a música-título e o guitarrista Eddie Van Halen para solo em “Beat It”.

Quincy também foi responsável por produzir o projeto “We Are The World”, que reuniu famosas estrelas da música em 1985 com objetivo de arrecadar fundos para combater a pobreza na África. Lionel Richie foi o compositor da música junto de Michael Jackson.

Além de Michael, o projeto contou com a participação de artistas como Bob Dylan, Billy Joel, Stevie Wonder, Cindy Lauper e Bruce Springsteen.


Artistas reunidos para single “We are the world” (Foto: reprodução/Instagram/@quincyjones)

Vida e carreira de Quincy Jones

Natural da cidade de Chicago, Jones tinha como suas primeiras lembranças musicais o fato de citar, aos sete anos, os hinos religiosos de sua mãe Sarah Frances. Alguns anos depois sua mãe acabou sendo internada com diagnóstico de esquizofrenia, o que, para ele, fez o mundo perder todo o sentido.

Em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, o produtor disse: “Existem dois tipos de pessoas: aquelas que têm pais ou tutores amorosos e aquelas que não têm. Não existe nada no meio entre os dois“. Jones acabou, no decorrer da sua vida, se envolvendo com gangues de Chicago até começar a tocar piano na casa de um vizinho. Anos mais tarde, ele começaria a tocar trompete e faria amizade com o jovem músico Ray Charles.

Em sua autobiografia, Quincy, afirmou que a música era a única coisa que ele podia controlar, era o único mundo que oferecia a ele certa liberdade. Ele falava que através do seu envolvimento com a música não tinha que procurar por respostas, já que o que fazia sentido para ele não estava além do sino da trombeta e partituras riscadas a lápis. O produtor dizia que a música o fazia completo, forte, popular, autoconfiante e legal.

Quincy Jones também trabalhou fazendo arranjos para artistas como Frank Sinatra e Ella Fitzgerald e fez participação nas turnês de músicos de jazz, como Count Basie, Lionel Hampton e Billie Holiday. Ele também era bastante conhecido por ser o autor da famosa trilha de abertura da série “Um Maluco no Pedaço”, que teve sua estreia em setembro de 1990, e foi exibida até maio de 1996.