Ondas de até 4 metros invadem orla do Leblon e interditam avenida no Rio de Janeiro

Uma ressaca violenta atingiu a Praia do Leblon, na altura do Posto 11, na última terça-feira (29), por volta das 16h. As ondas foram tão grandes (chegando a quase 4 metros) que ultrapassaram o calçadão e alcançaram as duas pistas da Avenida Delfim Moreira, à beira-mar. As vias precisaram ser interditadas – e assim permanecem.

O mar ainda arrastou um carro e um equipamento público de ginástica, além de danificar o portão de um prédio da orla. Anteriormente, a Marinha emitira um alerta de ressaca, com início às 9h de terça-feira (29) e fim às 21h de quinta (31).

Prefeitura interdita áreas e divulga recomendações de seguranças

A Avenida Delfim Moreira continua interditada nessa quarta-feira (30) entre a Avenida Bartolomeu Mitre e a Avenida Epitácio Pessoa, nos dois sentidos. O trânsito foi escoado para ruas paralelas da região, como a Ataulfo de Paiva, uma das principais do bairro.


SBT News dá detalhes sobre a situação no bairro carioca do Leblon nessa quarta-feira (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)


A Avenida Niemeyer, entre Leblon e São Conrado, foi temporariamente fechada, mas já está reaberta. A Ciclovia Tim Maia, que margeia tal avenida, encontra-se preventivamente bloqueada.

A orientação do poder municipal é de que se evite o banho de mar e a realização de esportes aquáticos durante a ressaca, assim como a visitação a mirantes ou locais próximos ao mar. Ciclistas devem estar atentos a ondas que invadam a ciclovia e pescadores devem evitar navegar. Acidentes em alto-mar devem ser imediatamente comunicados ao Corpo de Bombeiros pelo telefone 193, sem recorrer a resgates por conta própria.

Fenômeno é causado por “pista de ventos” provenientes do Sul

A atual ressaca no Rio de Janeiro é causada pela combinação de duas dinâmicas de pressão atmosférica, que geram círculos de vento de direções opostas. Esses círculos, ao se encontrarem, se potencializam, gerando enormes ondas no litoral do Sudeste, com destaque para o território fluminense.

Assim, diversas partes do estado vêm sofrendo com ventos. Ainda na terça-feira, três árvores caíram na capital (uma no Cosme Velho, outra no Leblon e uma última na Barra da Tijuca). Na segunda, um grupo de canoa havaiana foi impulsionado para mar aberto na Praia de Itacoatiara, em Niterói, e precisou ser resgatado por bombeiros e surfistas.

Massa de ar polar derruba temperaturas no Centro-Sul do Brasil

Uma forte massa de ar frio avança pelo Centro-Sul do Brasil, causa temporais e faz as temperaturas despencarem neste primeiro fim de semana de abril. Esta é considerada a frente fria mais intensa ao registrar as menores temperaturas em algumas capitais brasileiras até o momento neste ano. 

A Climatempo informou que a madrugada desta sexta-feira (4) foi a mais fria do ano registrada até agora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que deve esfriar ainda mais neste sábado (5). Os termômetros registraram a mínima de 14ºC na capital gaúcha. A maior queda registrada entre as capitais do Sudeste será em São Paulo. 

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os estados do Sul, o estado de São Paulo, parte do Rio de Janeiro, o Sul de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul vão sofrer uma queda de 3ºC a 5ºC em seus termômetros neste fim de semana. A previsão é que as temperaturas continuem caindo ao longo dos dias. 

Segundo previsão da Climatempo, cinco capitais brasileiras podem registrar entre sábado (5) e domingo (6) as temperaturas mais baixas de 2025:

  • Porto Alegre: mínima de 13º no sábado
  • Curitiba: mínima de 12ºC no sábado
  • Florianópolis: mínima de 16ºC no sábado
  • São Paulo: mínima de 15ºC no domingo
  • Belo Horizonte: mínima de 17ºC no domingo

Impactos previstos

O meteorologista da Climatempo Fábio Luengo avisa que a frente fria deve provocar transtornos no Sudeste, com riscos de alagamento, deslizamentos e quedas de árvore, em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo. Se as previsões se concretizarem, os impactos podem ser significativos.

Os efeitos da frente fria esperados para estes dias são:

  • temporais no Sul e no Sudeste, em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo;
  • formação de um corredor de vento que chega em toda a região Sul, em São Paulo e parte do Rio de Janeiro;
  • possível ressaca entre o litoral Sul e Sudeste;
  • queda das temperaturas, com eventual geada em algumas regiões do Sul.

Luengo prevê que os ventos podem chegar a 90 km/h entre Santa Catarina e o Rio de Janeiro. A movimentação dos ventos deve agitar o mar, possibilitando ressaca em boa parte da costa paulista e fluminense.

Segundo o meteorologista, a expectativa é que as temperaturas caiam após o fim das chuvas. Há previsão de geada nas regiões mais frias do Sul, com destaque para a Serra de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, e Campanha Gaúcha. Existe a possibilidade do primeiro registro de temperatura negativa do ano no topo da Serra Catarinense. Em algumas cidades, as temperaturas podem ficar abaixo dos 10ºC.

É a primeira massa de ar polar mais expressiva do outono e até do ano”, comentou Fábio Luengo.

Em São Paulo, as temperaturas máximas devem ficar em torno dos 20ºC no fim de semana, enquanto no Rio de Janeiro os termômetros devem permanecer por volta de 24ºC no domingo (6). 

Volume das chuvas

A frente fria trouxe temporais, com um volume de chuva acima de 100 milímetros por dia em São Paulo e no Rio de Janeiro, segundo o Inmet. 


São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais que mais sofrem com as fortes chuvas (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

No litoral paulista, os volumes de chuva podem ultrapassar os 200 milímetros entre quinta e domingo. A chuva contínua em um curto período de tempo é o fator que eleva consideravelmente os volumes naquela região. 

Para o Rio de Janeiro, a previsão é de “volumes excepcionais, com acumulados entre sexta e domingo que podem superar a média para todo o mês de abril”, segundo a Climatempo. Os volumes de chuva podem chegar a 350 milímetros nestes dias. 

Alertas para situações de risco

O aviso meteorológico vermelho de “grande perigo”, dado pelo Inmet, indica que os grandes volumes acumulados de chuva devem continuar até o fim deste sábado (5) no Centro-Norte do Rio de Janeiro e no Sul do Espírito Santo. 


O tempo vira no estado capixaba e coloca cidades em estado de alerta (Foto: Reprodução/X/@climatempo)

O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), órgão federal responsável por monitorar o risco de desastres naturais no Brasil, emitiu alertas por causa das fortes chuvas nesta sexta-feira (4). 

Apesar dos temporais, o órgão revisou e atualizou os alertas para situações de risco no fim da tarde e rebaixou o alerta de mais alto nível para Petrópolis, no Rio de Janeiro, para apenas “alto risco” para este sábado (5). 

Os alertas mantidos para aquela região têm relação com eventos geo-hidrológicos, que dizem respeito a enchentes, inundações, enxurradas, alagamentos, deslizamentos de terra e quedas de barreira. 

O Inmet emitiu um alerta de “perigo potencial”, um alerta meteorológico amarelo, por causa da previsão de queda das temperaturas. 

Rio registra dia mais frio do ano e ressaca termina nesta terça

Após a chegada de uma frente fria no último sábado (29), os cariocas enfrentaram mais um dia de temperaturas baixas, tanto na capital quanto em todo o estado. A última segunda-feira (1º) foi marcada pelo dia mais frio do ano, com a temperatura máxima atingindo apenas 21,1ºC.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a partir desta terça-feira (2), as temperaturas começarão a subir gradualmente, embora o clima ainda deva permanecer instável por alguns dias. A previsão para este inverno aponta para dias mais quentes e secos do que o habitual.

A madrugada de segunda-feira foi especialmente fria nas regiões serranas do estado do Rio de Janeiro. A menor temperatura registrada foi de 8,5ºC no Pico do Couto, em Miguel Pereira. Outras cidades também enfrentaram baixas temperaturas, como Teresópolis, que registrou 11,6ºC, Nova Friburgo com 11,8ºC e Rio Claro com 14,2ºC.


Garis limpam a Orla da praia do Leblon (Foto: reprodução/Instagram/@comlurbcomunica)

Para o restante da semana, a previsão é de um aumento significativo nas temperaturas, com os termômetros podendo chegar a marcar até 31ºC. Segundo o Inmet, os dias serão mais quentes e secos, refletindo a tendência deste inverno.

A Marinha do Brasil emitiu um aviso de ressaca para o município do Rio de Janeiro até o final desta segunda-feira, com a previsão de ondas que podem alcançar até três metros de altura. Apesar do término do aviso, o mar continuará agitado nos próximos dias, exigindo cautela dos banhistas e navegadores.

Mesmo com a expectativa de temperaturas mais altas e mar agitado, os moradores do Rio de Janeiro devem continuar atentos às mudanças climáticas repentinas e seguir as recomendações dos órgãos competentes para garantir a segurança durante este período de instabilidade

Calor retorna a partir de terça-feira

A meteorologista Andrea Ramos, do Inmet, explicou que a passagem de uma frente fria acompanhada de uma massa de ar polar foi responsável pela queda acentuada nas temperaturas. No entanto, o clima deve mudar a partir desta terça-feira, se estabilizando na quarta-feira com a volta do calor.

Segundo a profissional, explica que o aumento das temperaturas ocorre porque a massa de ar polar perde sua influência. À medida que ela vai enfraquecendo, as temperaturas começam a subir gradualmente.

Ela também destacou que a dissipação dessa massa fria e a interrupção das chuvas devolvem ao inverno suas características típicas: clima seco, com grande amplitude térmica e estiagem.

Contudo, a meteorologista conclui que as condições típicas da estação retornam com uma massa de ar seco que começa a atuar, proporcionando esse clima e enfraquecendo a massa de ar polar.

Clima instável

Devido às mudanças climáticas, o tempo permanecerá instável até nesta terça-feira. Na segunda, a instabilidade persistirá devido às áreas de instabilidade e ao transporte de umidade. Segundo o Alerta Rio, há previsão de chuva leve a moderada a qualquer momento.

Neste dia, a nebulosidade diminuirá gradualmente ao longo do dia, com possibilidade de chuva leve e isolada até a madrugada. Os ventos serão fracos a moderados, e as temperaturas começarão a subir.