Enchentes avançam no RS e colocam milhares em situação de risco

Desde o começo da semana, o Rio Grande do Sul tem enfrentado chuvas intensas que já afetaram diretamente a vida de muitas pessoas. Conforme dados atualizados pela Defesa Civil nesta sexta-feira (19), mais de 6 mil moradores precisaram deixar suas residências por causa das enchentes e dos transtornos causados pelas tempestades. Ao todo, 98 municípios registraram problemas variados, que vão desde inundações e quedas de barreiras até prejuízos em casas, pontes e estradas.

Entre essas pessoas, cerca de 2 mil estão em abrigos públicos, enquanto outras 4 mil estão desalojadas, tendo que buscar ajuda junto a parentes e amigos. Até agora, 276 cidadãos foram retirados de áreas de risco pelos órgãos de resgate. Três mortes foram confirmadas e um desaparecimento ainda é investigado.

Rios ultrapassam níveis de alerta e geram preocupação

Na noite de quinta-feira, o Serviço Geológico do Brasil e a Defesa Civil do estado apontaram que cinco rios importantes ultrapassaram suas margens de segurança, causando inundações e agravando a situação. O Rio Taquari, em Lajeado, atingiu 22,23 metros, acima dos 19 metros considerados seguro. O Rio Caí, em São Sebastião do Caí, subiu para 12,64 metros, passando dos 10,5 metros de alerta. Outros rios que também transbordaram são o Ibirapuitã, em Alegrete; o Ibicuí, em Manoel Viana; e o Jacuí, em Dona Francisca.

Esses níveis altos dos rios aumentam o risco de novos alagamentos e complicam o trabalho das equipes responsáveis pela proteção da população.

Casos com vítimas fatais durante as chuvas

Entre os acidentes registrados, uma mulher de 54 anos perdeu a vida em Candelária depois que o veículo em que estava foi levado pela correnteza. Ela foi identificada pelas autoridades como Geneci da Rosa. O marido dela, de 65 anos, segue desaparecido, e as buscas para encontrá-lo continuam com o auxílio dos bombeiros.


Chuvas causam estragos no RS e deixam milhares fora de casa (Foto: Reprodução/AFPNELSON ALMEIDA/Getty Images Embed)


Outro episódio trágico ocorreu na região entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, quando a cabeceira de uma ponte cedeu e um carro caiu no rio. O jovem motorista, de 21 anos, identificado como Mario César Trielweiler Gonçalves, não resistiu ao acidente.

A terceira fatalidade aconteceu em Sapucaia do Sul, na área metropolitana de Porto Alegre. Um idoso de 72 anos morreu após uma árvore cair sobre o carro em que ele estava.

Orientações e acompanhamento da situação

A Defesa Civil permanece atenta, acompanhando as condições do tempo e dos rios para prevenir novos desastres. As autoridades reforçam o pedido para que moradores de locais com risco fiquem em alerta e sigam as recomendações dos órgãos responsáveis para garantir a segurança de todos.

Equipes de resgate e apoio seguem atuando em diversas regiões para atender as demandas urgentes causadas pelas fortes chuvas.

Anvisa alerta sobre risco de botulismo após aplicação de botox

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta aos profissionais de saúde e pacientes sobre o risco de botulismo após a aplicação de toxina botulínica, conhecida popularmente como botox. O alerta vem após a notificação de dois casos da doença, que pode ser grave e até fatal, associados ao uso do produto.

O que é o botulismo?

O botulismo é uma condição rara, mas perigosa, causada pela toxina botulínica produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A toxina pode interferir na transmissão dos impulsos nervosos, levando à paralisia muscular. A doença pode afetar inicialmente os músculos faciais, como os olhos, boca e rosto, e, se não tratada, pode se espalhar para outras partes do corpo, como braços e pernas.


Sintomas do botulismo (Foto: reprodução/Food Safety Brazil)

Em casos mais graves, a toxina pode afetar os músculos respiratórios, dificultando a respiração e até levando à morte. Embora a aplicação de botox seja amplamente utilizada para fins estéticos e terapêuticos, a Anvisa alerta que é fundamental realizar o procedimento com cautela e somente em condições seguras.

Mudanças nas bulas de produtos com toxina botulínica

Após revisar os dados dos casos notificados e as bulas de outros países, a Anvisa solicitou que as empresas fabricantes de toxina botulínica atualizem as informações nas bulas dos produtos. A atualização deve incluir alerta sobre o risco de a toxina afetar áreas distantes do local da aplicação, além de mencionar a possibilidade de sintomas graves de botulismo que podem surgir horas ou até semanas após o procedimento.


Aplicação de botox (Foto: reprodução/Clinica Editare)

A agência também reforçou a importância de a toxina ser administrada somente por profissionais de saúde habilitados e em ambientes autorizados pela vigilância sanitária. O uso de produtos registrados na Anvisa e dentro do prazo de validade é uma medida essencial para garantir a segurança dos pacientes.

O que fazer em caso de suspeita de botulismo?

Se houver suspeita de botulismo após a aplicação de botox, a Anvisa orienta que o paciente procure atendimento médico imediato. É crucial informar ao profissional de saúde sobre a recente aplicação de toxina botulínica, para que o tratamento com antitoxina botulínica seja administrado quanto antes.

A notificação dos casos à Anvisa, por meio do sistema VigiMed, também é uma etapa importante para o monitoramento da segurança dos produtos no Brasil.

Cuidados e precauções

Além de buscar orientação médica imediatamente em casos de sintomas suspeitos, a Anvisa recomenda que os consumidores sigam rigorosamente as orientações presentes na bula do produto e informem o profissional de saúde caso já tenham feito aplicações anteriores de botox. A segurança deve ser sempre a prioridade para evitar complicações graves, como o botulismo.

A Anvisa segue acompanhando de perto a situação e reafirma seu compromisso com a proteção e saúde dos consumidores.

Lexa compartilha sua batalha contra pré-eclâmpsia

A cantora Lexa compartilhou neste domingo (23) em uma entrevista ao Fantástico, um dos momentos mais difíceis de sua vida, a luta contra a pré-eclâmpsia durante sua gestação. Em um desabafo emocionante, ela revelou que enfrentou complicações graves e chegou a correr risco de morte para garantir a saúde de sua filha.



‘Eu queria muito’ diz Lexa sobre gravidez

Na entrevista, que foi conduzida pelo Dr Drauzio Varella, Lexa que estava em companhia de seu marido, Ricardo Vianna, e deu detalhes sobre como se sentiu sobre a morte de sua filha Sofia. A cantora revelou que o médico, no dia do parto, entrou e disse a ela que na medicina a prioridade é sempre a mãe, por sua vez Lexa disse ao médico que iria até seu limite, se possível.

E eu realmente beirei a morte tentando salvar minha filha”, desabafou a cantora. A gravidez foi revelada em outubro do ano passado, após três meses que Lexa havia descoberto que estava gestante. Em suas palavras ainda disse: “Foi um sonho muito calculado, muito quisto e muito mentalizado. Não foi uma criança que, ai, foi um susto, foi sem querer, ai, eu não queria… não, eu queria muito.”

Os riscos de uma pré-eclâmpsia

Especialistas alertam que a pré-eclâmpsia pode surgir a partir da 20ª semana de gestação e requer muita atenção. Os sintomas podem incluir inchaço excessivo, dores de cabeça persistentes, alterações na visão e pressão arterial elevada. O tratamento pode envolver medicação e, em casos graves, a antecipação do parto para proteger a mãe e o bebê.


Chamada da entrevista de Lexa no Fantástico ( Vídeo: Reprodução/ Instagram/ @hugogloss)


A entrevista, cheia de detalhes de como Lexa se sentiu, também contou com o relato de Ricardo Vianna, marido da cantora, ele diz que O que mais doeu como marido e pai, foi não poder fazer nada, estar dentro de um hospital e ver sua filha entubada e não poder fazer nada em relação a situação”. Ainda disse que “ver que de repente sua mulher poderia não mais estar ao seu lado, lhe fez sentir muito pequeno, relatou Vianna.

A filha do casal faleceu após três dias do parto. “Esta dor, impressão que tenho é que não vai ter um dia da minha vida que eu não vá chorar, muito difícil”, conclui Lexa, alertando também sobre os riscos de uma pré-eclâmpsia.

Plataformas para saque em sites de apostas irregulares serão desativadas

A partir de sexta-feira (11), os sites de aposta irregulares – que não estão na lista de empresas autorizadas pelo Ministério da Fazenda – vão sair do ar. Quando isso ocorrer, o apostador pode ficar impedido de resgatar os recursos. A data limite foi anunciada no início do mês pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Nesta sexta, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começará os bloqueios. O governo federal começou a fixar regras para delimitar a operação das empresas de apostas online no país desde o começo do ano.

Para quem se preocupa em não resgatar a tempo, o governo federal afirma que as bets ilegais têm o dever de devolver aos consumidores o dinheiro depositado nas contas, mesmo após os sites saírem do ar. Entretanto, o mecanismo de retirada pode ficar mais complicado. As casas de apostas terão que se encarregar da devolução, mas o fato de elas terem se recusado a começar o processo de adequação à nova legislação aponta que poderão existir obstáculos para a retirada.

Há a possibilidade do governo brasileiro banir cerca de 600 sites de apostas online, devido a irregularidades em relação à legislação aprovada recentemente pelo Congresso Nacional. Essa medida é parte de uma decisão, para regular o mercado de apostas no país.

Bolsa Família

Entre algumas das medidas tomadas está a proibição do uso de cartões de crédito, que permitem que os apostadores façam apostas sem a necessidade de possuírem dinheiro imediato, e a proibição do uso do cartão do programa Bolsa Família.

Dados revelam que apenas no mês de agosto de 2024, cinco milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas online. Esses números acenderam um alerta no governo, que vê com preocupação que verbas destinadas à assistência social estão sendo desviadas para atividades de risco como as apostas. 


Cartas e fichas de aposta saindo de um computador (Foto: reprodução/Dennis Lane/Getty Images Embed)


O impacto das apostas online

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão já instaurou uma estratégia para verificar o impacto das apostas online nas pessoas em situação de vulnerabilidade social e financeira.

Esse fenômeno também levanta um debate mais amplo sobre a vulnerabilidade de indivíduos em situação de pobreza frente a atividades de risco financeiro. Muitas vezes, essas pessoas enxergam nas apostas uma oportunidade de melhorar sua condição de vida de forma rápida e fácil. Apesar disso, essa expectativa raramente se concretiza, e o que se observa é geralmente o agravamento da situação de vulnerabilidade.

Portanto, as novas regulamentações propostas pelo governo visam, não apenas, restringir o acesso a plataformas irregulares, mas também criar um ambiente mais seguro para aqueles que desejam participar dessas atividades de forma responsável.