Leila garante que Palmeiras buscará fair play financeiro: “Não podemos ser prejudicados”

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou que o clube irá “bater forte” na implementação do fair play financeiro no Brasil. A declaração aconteceu logo após a reeleição de Ednaldo Rodrigues como presidente da CBF, em um cenário de crescente debate sobre o controle financeiro dos clubes.

Durante sua fala, Leila destacou que o Palmeiras, apesar de honrar todos os seus compromissos, precisa que outros clubes também o façam para garantir um campeonato mais justo. “Precisamos que todos os clubes paguem em dia, inclusive para o próprio Palmeiras”, afirmou a dirigente, enfatizando o impacto negativo da falta de regularidade nos pagamentos dentro das competições.

O fair play financeiro, um conjunto de regras que visa garantir a sustentabilidade financeira dos clubes, já é amplamente adotado em ligas europeias, como na Premier League, La Liga e Bundesliga. Essas normas buscam limitar os gastos de clubes, forçando-os a viver dentro de suas possibilidades e evitar o endividamento excessivo.

A ideia é permitir que as equipes competem em igualdade de condições, sem que o desequilíbrio financeiro prejudique a integridade esportiva. De acordo com Leila, os clubes que não cumprem com suas obrigações financeiras acabam criando uma distorção no campeonato, o que prejudica clubes que pagam suas dívidas corretamente.

Debate sobre fair play financeiro no Brasil

O debate sobre a adoção do fair play financeiro no Brasil não é novo. Em setembro de 2024, a Comissão Nacional de Clubes deu início a discussões sobre a implementação dessas regras. O encontro contou com a participação de diversos clubes da Série A, B e C, incluindo o Palmeiras.

O principal objetivo do encontro foi avançar na criação de um modelo que pudesse ser implantado no Brasil até 2025. Durante a reunião, o debate foi considerado inicial, mas já gerou um bom posicionamento dos clubes, como o Palmeiras, que se mostrou favorável à aplicação do modelo.

Entretanto, a resistência de clubes endividados pode ser um obstáculo para que a ideia avance. “Sei que é difícil, porque alguns clubes devedores não vão querer, claro. Ninguém fala que não quer, mas ninguém decide. A forma de não fazer é ficar enrolando”, explicou Leila.

Apesar dos desafios, ela se mostrou determinada a continuar lutando pela implementação do fair play financeiro, convencida de que ele é essencial para a saúde financeira do futebol brasileiro.

Posição dos Clubes

A ideia do fair play financeiro tem ganhado força, especialmente após algumas declarações de presidentes de clubes, como Rodolfo Landim, do Flamengo, e John Textor, do Botafogo. Landim, em um grupo de WhatsApp, destacou os altos investimentos feitos pelo Flamengo e levantou questionamentos sobre a viabilidade de um modelo sem regras claras de controle financeiro.


John Textor e Rodolfo Landim no Estádio do Orlando City acompanhando amistoso do Flamengo (Foto: reprodução/GE)

Por outro lado, Textor, dono da SAF do Botafogo, também se mostrou favorável à adoção do fair play financeiro, citando como exemplo a gestão do Botafogo, que estaria dentro dos limites exigidos pelas regras europeias.

Esse debate tem ganhado destaque nos últimos meses, especialmente após algumas falências financeiras e a crescente concentração de poder nos clubes com maior poderio financeiro. Para Leila, o Palmeiras é um exemplo de gestão responsável, mas a falta de regras claras prejudica o próprio clube. “Clubes que pagam em dia são prejudicados por clubes que não pagam ninguém”, disse, ao criticar o desequilíbrio nas competições gerado pela falta de uma regulação eficaz.


Leila Pereira comenta sobre os clubes que não pagam as dívidas (Vídeo: reprodução/Instagram/@tntsportsbr)


Futuro do fair play financeiro no futebol brasileiro

Apesar de as discussões estarem em estágio inicial, a expectativa é de que o tema avance em 2025. A Comissão Nacional de Clubes planeja novas reuniões mensais para tentar definir um modelo que seja viável para o futebol brasileiro. A pressão de clubes como o Palmeiras, que defendem um sistema mais justo, pode ser determinante para que o modelo europeu de fair play financeiro seja adotado.

No entanto, a implementação do modelo pode não ser fácil. Muitos clubes veem as restrições financeiras como um obstáculo ao seu crescimento, e alguns gestores podem resistir à mudança. Mesmo assim, a insistência de dirigentes como Leila Pereira, que acreditam que um futebol mais equilibrado e sustentável é possível, promete continuar a alimentar o debate. A implementação do fair play financeiro no Brasil, portanto, se mantém como uma das principais pautas do futebol nacional para os próximos anos.

Presidente do Flamengo, justifica previsão de “perda de imagem” para Gabigol em caso de saída do clube

Após frase que causou polêmica entre a torcida, Rodolfo Landim, explica melhor seu palpite, além de detalhar o demorado processo para a renovação contratual do atacante Rubro-Negro.

Em entrevista ao portal ge, o tema Gabigol foi pauta principal durante um bom tempo da conversa. O presidente do Flamengo, mandou uma mensagem em um grupo de WhatsApp com representantes da política do clube, sobre o futuro do jogador.

Quando indagado sobre a mensagem escrita, Landim usa como argumento, uma enquete feita pelo próprio clube para a inauguração do museu na sede da Gávea, onde pergunta aos torcedores, quem é o maior ídolo de sua história. Sem quebra de expectativas, em primeiro lugar, Zico foi o mais votado, acumulando 16% das escolhas, já Gabigol, assume a segunda posição com 9%. Segundo o presidente, após o resultado, ele e o atacante tiveram uma breve conversa.

Landim complementa dizendo que o fato de Zico ser tão ídolo, está diretamente ligado a ele ter jogado apenas no Flamengo quando estava no Brasil. E muitos outros grandes jogadores que vestiram a camisa rubro-negra, não estão nem entre os 10 maiores, pois, já jogaram em outros clubes do futebol nacional, concluindo que para a torcida, o jogador passar a maior parte da carreira, representando o clube, se torna um fator muito importante.

O atacante de 27 anos, está em sua sexta temporada com a camisa do Flamengo, e para o dirigente, permanecer na Gávea, renderia a Gabigol uma idolatria de décadas ou mais com a torcida rubro-negra.

Renovação de contrato

Em relação às negociações de renovação contratual, Rodolfo Landim, revela que o processo chegou a estar muito adiantado no decorrer do ano passado, porém em certo momento travou. O contrato do atleta vai até dezembro de 2024, estando livre para assinar um pré-contrato com outro clube a partir do dia 1 de julho.

O presidente, complementa revelando que em nenhum momento deu o OK, pelo fato de não possuírem um acordo. E apenas se está concluída uma negociação com a formalização dos documentos assinados, o que até agora, não foi feito.


Gabigol em campo pelo Flamengo. Foto: (Reprodução/Instagram/@gabigol)

Suspensão do TJD-AD

Rodolfo, reconhece que o camisa 10 teve um comportamento fora dos padrões para o exame. Porém, considera a pena exagerada conforme as circunstâncias. Afirma que por mais que o atleta tenha dificultado a vida dos fiscais, realizou todos os exames e o principal, ele não estava dopado.

Na visão do dirigente, enquadrar esse tipo de atitude como fraude e condenar o jogador a dois anos de suspensão é desproporcional. Dado ao fato que a carreira de um atleta profissional de futebol é curta, e uma penalidade que mine dois anos dessa jornada, representa um exagero.

O processo está atualmente em julgamento pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, o presidente do Flamengo, afirma estar confiante que obtenha o efeito suspensivo. Em caso de não mudança na pena, Gabigol só voltará aos gramados em abril de 2025.