Salto com vara: Thiago Braz, campeão olímpico, está fora de Paris 2024

O medalhista de ouro Thiago Braz não conseguiu a classificação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. O atleta não superou a marca de 5,82 metros no Troféu Brasil de Atletismo e não representará o país no salto com vara em Paris.

Um dos maiores atletas da modalidade, Thiago foi suspenso por doping em maio deste ano e, através de uma liminar fornecida pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), conseguiu disputar a vaga olímpica. Era a última chance de Thiago garantir o embarque a Paris.


Thiago Braz na disputa do Troféu Brasil (Foto: reprodução/WagnerCarmo/CBAt)

No primeiro salto, Braz alcançou a marca de 5,40 metros. Em seguida, superou a altura de 5,55m e 5,65 metros. Com três erros seguidos na tentativa da classificação olímpica, o saltador não superou os 5,82 metros e está fora dos Jogos Olímpicos.

Em entrevista após a competição, Thiago lamentou as falhas e o período que ficou afastado pela suspensão. “Me sinto injustiçado, não deveria ter ficado tanto tempo afastado. Era possível, mas é uma pena. Queria muito essa vaga”, disse o campeão olímpico na Rio 2016.

Suspensão de Thiago Braz

Em julho de 2023, Thiago foi suspenso provisoriamente após acusação de uso de doping. A Athletics Integrity Unit (Unidade de Integridade do Atletismo) detectou a presença de uma substância chamada osterina.

Em maio deste ano, a entidade máxima do atletismo mundial suspendeu o atleta por 16 meses. A World Athletics , junto a Unidade de Integridade do Atletismo, confirmaram a violação das regras antidoping.


Thiago Braz na disputa (Foto: reprodução/Instagram/@thiagobrazpv)

Com a punição oficial, Thiago Braz voltaria a competir apenas em novembro, após as Olimpíadas. O advogado do atleta, Marcelo Franklin, recorreu à Corte Arbitral do Esporte.

A CAS, então, concedeu um recurso e permitiu que o medalhista olímpico voltasse a competir. O julgamento foi realizado por três árbitros e, em decisão unânime, autorizaram a volta de Thiago.

Ostarina

A ostarina, encontrada nos exames realizados em julho do ano passado em Thiago, é uma substância utilizada para o aumento da força muscular, massa e performance. É uma espécie de anabolizante e é proibido pela Agência Mundial Antidoping.

Para adquirir a ostarina, é necessário um pedido médico para manipulação. De acordo com a defesa do atleta, houve um erro na produção de um medicamento que foi contaminado com a substância proibida.

Tandara, atleta brasileira de vôlei, recebeu suspensão de 4 anos após ser flagrada no antidoping utilizando a substância. Nas Olimpíadas de Tóquio 2020/2021,  Chijindu Ujah testou positivo para ostarina e a equipe britânica perdeu a medalha de prata.

Paris 2024: Thiago Braz está fora das Olimpíadas

O atleta Thiago Braz, um dos principais nomes do salto com vara, foi suspenso por doping. A suspensão é de 16 meses e deixará o campeão olímpico fora dos Jogos de Paris. O advogado do atleta, Marcelo Franklin, entrou com recurso na Corte Arbitral do Esporte.

A decisão foi confirmada nesta terça-feira (27) pela entidade máxima do atletismo, a World Athletics. Para a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), Thiago Braz não cumpriu as Regras do Antidoping do Atletismo Mundial. O atleta já estava suspenso provisoriamente desde o dia 28 de julho do ano passado.


Thiago Braz com a bandeira do Brasil (Foto: reprodução/Instagram/@thiagobrazpv)

Thiago é um dos maiores representantes do esporte no mundo. O atleta tem 30 anos e conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Em Tóquio 2021, conseguiu o bronze. Braz foi prata no Mundial de Atletismo Indoor de Belgrado, em 2022.

Antidoping

No dia 2 de julho de 2023, foram realizados exames que acusaram a presença de ostarina no atleta. A substância é utilizada para o aumento da massa muscular, da força e da performance.

A Unidade de Integridade do Atletismo informou, em nota, que solicitou a suspensão de Thiago Braz durante 4 anos. De acordo com a AIU, o atleta foi imprudente e agiu com intenção indireta.

Defesa do atleta

A defesa de Thiago alega que o campeão olímpico foi vítima de uma contaminação cruzada. É o que acontece quando um atleta ingere algum suplemento ou medicamento que tenha a presença da substância considerada doping.

Em nota publicada no Instagram, a defesa informa que o atleta irá se pronunciar após o julgamento final na Corte Arbitral na Suíça e que estão confiantes para a exclusão ou diminuição da suspensão, para que Thiago consiga competir em Paris.


Nota oficial publicada nas redes sociais de Thiago Braz (Reprodução/Instagram/@thiagobrazpv)

Em entrevista ao ge, o advogado Marcelo disse que está otimista. “A decisão foi boa, porque queriam quatro anos e tivemos 16 meses. Estabelecemos que o Thiago não teve culpa, foi uma vítima da contaminação cruzada”, informou.

Atualmente, a suspensão de Thiago Braz vai até o dia 27 de novembro deste ano.