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Nessa última segunda-feira (7) se iniciou a Semana de Moda de Alta Costura em Paris, capital da França. Com o término previsto para o dia 10 de julho, 27 grifes de alta costura irão levar para as passarelas as tendências para o outono/inverno de 2026. Além dos modelos das passarelas, muitas celebridades e artistas estão se destacando durante o evento. Uma delas é a cantora, atriz e modelo brasileira Anttónia, que brilhou no desfile da Iris Van Hepen, marcado por tecnologia e arte, fazendo com o que o desfile se tornasse um espetáculo visual além dos looks.
O Modelo Escolhido
Para comparecer ao desfile, a brasileira utilizou um look archive (modelito do acervo de coleções anteriores da grife) da Iris, de 2018.
Um vestido bege e transparente, com detalhes pretos e mangas longas, que deram um ar de mistério e sensualidade para o look. Além do vestido, o look foi complementado com uma maquiagem com cores frias e um penteado moderno.
Anttónia em fotos compartilhadas em seu Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@anttonia)A modelo esbanjou estilo no clique em preto e branco (Foto: reprodução/Instagram/@anttonia)Detalhes da maquiagem escolhida para o look (Foto: reprodução/Instagram/@anttonia)
Anttónia compartilhou fotos profissionais do modelito nas redes sociais para marcar o desfile. Além do desfile da Iris, a brasileira marcou presença no desfile da Loewe, sendo a sua estreia na semana de moda de alta costura francesa.
Destaques da Semana de Moda
Além dos espetáculos e looks memoráveis promovidos pelas grifes da Alta Costura, a Semana de Moda está sendo marcada por significativas transições e mudanças. É a primeira vez que as grifes Dior, Valentino e Jean-Paul Gaultier estão fora do circuito de alta costura.
A mais marcante foi a estreia de Michael Rider na Celine, que entra como o diretor criativo, transparecendo uma nova fase da grife. Também será a estreia de Glenn Martens a frente de Maison Margiela, que será em seguida de despedidas de outros grandes nomes, como a de Demma da Balenciaga e do estúdio criativo da Chanel, dando lugar a Matthieu Blazy.
Apesar de Milão ter perdido alguns dos desfiles mais esperados nesta temporada, o fim de semana foi marcado por apresentações refinadas e criativas das grifes Ralph Lauren, Brioni, Corneliani e Church’s. Cada uma delas trouxe à passarela interpretações únicas do vestuário masculino, unindo tradição e inovação em peças que refletem um olhar contemporâneo sobre a elegância e o conforto.
Cidade italiana reforça sua relevância na moda
Com cenários icônicos e técnicas artesanais, as marcas reforçaram a relevância da capital italiana como polo indispensável para a moda masculina global. Essa movimentação reafirma que, mesmo em meio a mudanças e desafios, o setor continua a evoluir com estilo e sofisticação.
Além das coleções, o ambiente ao redor dos desfiles desempenhou papel fundamental na experiência dos convidados, criando uma atmosfera que mesclou luxo e autenticidade. Desde palácios históricos restaurados até espaços intimistas e exclusivas residências, cada local contribuiu para contar uma história alinhada ao DNA das marcas.
Essa combinação de cenário, som ao vivo e interatividade com o ofício manual proporcionou um respiro cultural e sensorial que reforça o compromisso das grifes com a excelência em todos os detalhes. Assim, Milão não apenas expôs tendências, mas também celebrou a arte por trás da moda masculina.
Ralph Lauren: luxo marítimo e gala descontraída
Na mansão racionalista usada como cenário, Ralph Lauren combinou o charme de uma Bugatti 35 de aço com cocktails sofisticados do Sundowner à Margarita picante para recepcionar convidados. A Purple Label primavera-verão 2026 trouxe blazers texturizados, malhas suaves e tecidos fluidos em paleta cremosa, valorizados por sandálias de couro trançado. Elementos náuticos, como blazers de almirante em linho e camadas listradas em azul e branco, reforçam uma elegância casual com herança marítima.
Brandon Sklenar para coleção primavera de 2026 da Ralph Lauren (Foto: reprodução/Instagram/@ralphlauren)
Brioni: leveza e sofisticação artesanal
Apresentada em um palácio restaurado ligado à família Casati, a coleção primavera-verão 2026 da Brioni destacou-se pela extrema leveza. Os tecidos fluíram em tons de cinza, vermelho siena e ferrugem, enquanto um smoking preto era tecido com tiras estreitas de seda, produzidas minuciosamente em 14 dias, segundo Norbert Stumpfl. Outra peça marcante foi um smoking bege bordado com fios de ouro, homenageando a fábrica nos Abruzzos.
Corneliani: alfaiataria contemporânea e descomplicada
Cumprindo seu papel de termômetro do vestuário masculino daqui a seis meses, a Corneliani levou sua coleção a um palazzo histórico, com trilha sonora ao vivo que incluiu pianista e bluesman.
Desfile da Corneliani em Milão (Foto: reprodução/Instagram/@corneliani_official)
O diretor criativo Stefano Gaudioso Tramonte propôs um visual leve, sem camadas pesadas: elegantes ternos de lã leve em tons caramelados, camisetas de linho cinza e peças sem gola ou lapela. Inovações em tecidos incluíram camisas em linho tricotadas e jaquetas de safari leves, reforçando o lema de “luxo moderno, sem peso”
Church’s: homenageando o clássico “Shanghai”
No Piccolo Teatro Studio Melato, a Church’s apresentou a icônica Shanghai No. 1 de 1929, herdada por um cliente com conexão a Cincinnati, exibida em caixa de acrílico. Essa relíquia inspirou repaginação moderna do modelo, envelhecido com técnica artesanal. A fábrica inglesa em Northampton epicentro do ofício, destacou-se em demonstração: artesãos aparando, lixando e aplicando brilho francês “com camisas brancas velhas lavadas”, técnica recomendada para polimento perfeito.
Mesmo sem as grandes estrelas tradicionais, Milão reafirma seu status de polo vital da moda masculina. Ralph Lauren, Brioni, Corneliani e Church’s não apenas exibiram coleções impecáveis, mas também reforçaram valores como herança artesanal, inovação têxtil e elegância descontraída, traduzindo tendências que certamente ecoarão além deste verão 2026.
A Giorgio Armani encerrou, nesta segunda-feira (23), os desfiles da Semana de Moda Masculina de Milão. Mesmo com a ausência de seu fundador, que se recupera de uma doença, a grife italiana conseguiu deixar evidente que seu DNA segue presente. A coleção, que mistura tons clássicos com cores vibrantes, reforça a versatilidade da marca e destaca equilíbrio entre a sobriedade atemporal e um frescor moderno.
A nova alfaiataria de Armani
Inspirado em Pantelleria, ilha natal de Giorgio Armani, o desfile deixava essa influência evidente antes mesmo de começar. Os convites traziam o tom de azul do Mar Mediterrâneo que cerca a região, e essa conexão aparece também na escolha das cores, nos tecidos leves e na proposta de frescor que guia toda a coleção.
Desfile Armani em Milão (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)
A coleção reforça a todo momento o frescor que o verão europeu pede. E faz isso não apenas com as cores, os tecidos utilizados também são especiais, como sedas finíssimas, linhos e malhas quase transparentes, as peças trazem também uma modelagem mais larga, refletindo uma moda pensada no conforto, mas sem abrir mão da elegância.
O legado de Giorgio Armani
Com a ausência de Giorgio Armani, que está próximo de completar 91 anos, discussões sobre o futuro da marca ganharam ainda mais força nos bastidores da moda. Quem assumiu a responsabilidade de conduzir o desfile foi Leo Dell’Orco, braço direito do estilista, que está ao lado do italiano há 45 anos e conhece a essência da marca como poucos.
Leo Dell’Orco com modelos durante o desfile (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)
E essa essência fica evidente na nova coleção, que traduz o desejo por conforto sem abrir mão da sofisticação. E, mesmo sem seu fundador na primeira fila, a grife reafirma sua identidade, mostrando que tem uma assinatura sólida, construída ao longo de décadas, capaz de se sustentar além da figura de Giorgio.
Na noite de 10 de abril de 2005, a passarela do São Paulo Fashion Week se tornou palco de ousadia, brilho e muita personalidade com o desfile de Walério Araújo, que fechou o quinto dia de desfile. Conhecido por seu estilo provocador, o estilista trouxe para o evento uma coleção que mostrava o interesse pelo lado de dentro da alfaiataria.
O estilista fala sobre sua inspiração para coleção
“Comecei com a intenção de mostrar o acabamento, como a roupa é construída, mas isso acabou me levando para a história que as roupas que escolhemos revelam ou não sobre a gente”, disse o estilista para revista Elle.
Ainda segundo a Elle, no desfile Walério explora a sexualidade e também a identidade de gênero usando dualidade, criando assim looks que no lado da frente comportada e atrás ousada, com calcinhas fio dental à mostra.
A brincadeira também apareceu nos blazers, sendo usado ao contrário, e calças ao avesso, nos looks de renda, foram sobrepostas cuecas com bordados ou estampas do corpo nu. Walério, no fim do ano passado inaugurou seu e-commerce, e a partir de então passou a pensar em looks mais práticos de usar e também de produzir sua moda.
Vídeo sobre os bastidores do desfile de Walério Araújo (Vídeo: reprodução/Instagram/@contraste.mgt)
Início de carreira
Walério Araújo é um estilista pernambucano, nascido em Lajedo em 1970. Cresceu em uma família de costureiras e começou sua trajetória com cursos por correspondência. Em 1992, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou com moda na Rua das Noivas e na 25 de Março.
Ganhou destaque ao participar do Mercado Mundo Mix, o que lhe rendeu convites para eventos como o Amni Hot Spot. Com seu estilo ousado e criativo, consolidou-se na Casa de Criadores e passou a vestir artistas como Ivete Sangalo, Sabrina Sato e Preta Gil. Atualmente, mantém seu ateliê no Edifício Copan e é referência na moda brasileira.
O mundo da moda sempre surpreende e, dessa vez, não é diferente. A mais nova tendência, que já está dominando tanto as ruas quanto as passarelas, é o uso de duas bolsas no mesmo look.
Os desfiles internacionais apresentaram inicialmente esse conceito inovador, que alia estilo e funcionalidade de maneira equilibrada, e, em um curto período, os fashionistas ao redor do mundo o adotaram rapidamente.
Além disso, a proposta oferece mais praticidade para quem precisa carregar diferentes itens sem abrir mão da elegância. Com a combinação certa de cores, tamanhos e materiais, é possível criar um visual sofisticado e cheio de personalidade.
Elegância em dobro com a tendência das duas bolsas no mesmo look (Foto: reprodução/Instagram/@leoniehanne)
Estilo e praticidade em dobro
Usar duas bolsas não é apenas um truque de styling ousado, mas também uma solução prática para o dia a dia. A combinação pode incluir uma bolsa maior, ideal para carregar itens essenciais, e uma menor, perfeita para documentos e acessórios de fácil acesso. Marcas de luxo, como Prada e Chanel, já investem nessa estética, mostrando que o mix de tamanhos, formatos e texturas pode elevar qualquer produção.
Nova tendência (Foto: reprodução/Tod’s, Fall 2019/.revistalofficiel)Nova tendência (Foto: reprodução/Tod’s, Fall 2019/.revistalofficiel)Nova tendência (Foto: reprodução/Tod’s, Fall 2019/.revistalofficiel)Nova tendência (Foto: reprodução/Tod’s, Fall 2019/.revistalofficiel)Nova tendência (Foto: reprodução/Instagram/@leoniehanne)Nova tendência (Foto: reprodução/Instagram/@leoniehanne)
Como aderir à tendência?
Para quem deseja apostar nessa trend sem medo, a dica essencial é equilibrar proporções e cores. Além disso, optar por modelos que conversem entre si, seja pelo material ou pela paleta de tons, contribui significativamente para criar um visual harmônico.
Outra alternativa interessante é brincar com contrastes, combinando, por exemplo, uma bolsa estruturada com outra mais despojada, como uma tote bag e uma pochete, garantindo assim um toque moderno e estiloso à produção.
Seja pela praticidade ou pela estética moderna, a moda das duas bolsas veio para ficar. A tendência já conquistou celebridades e promete se firmar como um dos truques de estilo mais interessantes da temporada.
O céu de Paris pode estar cinza nesta época do ano, mas na passarela da Elie Saab, o clima era outro. Sob os holofotes da Semana de Moda, a grife transportou o público para um cenário quente e exuberante, inspirado nas paisagens do deserto. Entre as modelos que desfilaram as novas criações, um rosto familiar brilhou: Isabeli Fontana. A top brasileira, com seu olhar intenso e passos firmes, mostrou por que continua sendo um dos grandes nomes da moda internacional.
Celebridades na primeira fila e uma coleção de tirar o fôlego
Na primeira fila, o espetáculo também acontecia. Leighton Meester e Kelly Rutherford, eternizadas pelo sucesso de Gossip Girl, acompanhavam cada detalhe do desfile. Ao lado delas, Georgina Rodríguez, influenciadora e parceira de Cristiano Ronaldo, e Kelly Piquet, modelo e namorada do tricampeão da Fórmula 1 Max Verstappen, completavam o time de presenças ilustres.
Isabeli Fontana no desfile da grife Elie Saab (Foto: reprodução/BERTRAND GUAY/Getty Images Embed)
Olhares atentos, celulares prontos para capturar cada detalhe – todos sabiam que estavam testemunhando um momento de pura elegância.
O luxo e a natureza em perfeita sintonia
A nova coleção da Elie Saab foi uma grandiosidade da natureza, misturando a suavidade das dunas de areia com a força do estilo safári. Os vestidos longos e fluidos, que são a marca registrada da grife, apareceram com detalhes luxuosos: franjas que se moviam com o vento, bordados que lembravam texturas naturais e tecidos esvoaçantes que pareciam deslizar pelo corpo das modelos.
As cores seguiram a paleta da terra — tons de areia, terracota e verde-oliva, pontuados por dourados discretos, como se o sol estivesse refletido nas roupas. Além dos vestidos, capas dramáticas e jaquetas estruturadas trouxeram um toque de imponência, reforçando a ideia de uma mulher forte e sofisticada, que transita entre o rústico e o refinado com naturalidade.
Celebridades chegando ao desfile (Vídeo: reprodução/Instagram/@eliesaabworld)
Nas redes sociais, a marca definiu a coleção como “um tributo à beleza da natureza, incorporando um espírito chique que pulsa no ar abafado”. E foi exatamente isso que se viu na passarela: um desfile que equilibrou perfeitamente luxo e simplicidade, transformando elementos naturais em pura arte vestível.
A Semana de Moda de Paris segue até o dia 10 de março, com apresentações de algumas das maiores grifes do mundo, como Chanel, Louis Vuitton e Balenciaga. Mas uma coisa é certa: a noite de Elie Saab já entrou para a lista dos momentos mais marcantes do evento.
A modelo brasileira Maria Klaumann abriu o desfile da estilista Susan Fang na Semana de Moda de Milão (Milan Fashion Week). A designer chinesa, radicada na Inglaterra, apresentou sua coleção Air•Memory, inspirada na busca pela felicidade, marcando sua estreia na passarela italiana com vestidos-escultura e um trabalho que funde moda e arte. Integrante do programa de apoio a novos talentos da Dolce & Gabbana, Fang escolheu Klaumann para dar início ao desfile, reforçando o status da brasileira como um dos principais nomes da nova geração da moda.
Maria Klaumann iniciou 2025 sendo destaque na Perfect e segue colecionando conquistas. Com capas em publicações como Vogue e V Magazine, foi eleita Modelo Revelação de 2024 nos Estados Unidos e, no Brasil, integra a lista Under 30 da Forbes. Seu reconhecimento internacional tem crescido, consolidando sua presença em grandes desfiles e campanhas globais.
Maria Klaumann no desfile de Susan Fang (Foto: reprodução/divulgação)
Nos últimos anos, a modelo tem conquistado espaço entre os principais nomes da moda mundial, desfilando para grandes marcas e estampando editoriais de peso. Seja nas passarelas das semanas de moda ou nas capas das principais revistas do setor, Maria Klaumann reafirma sua versatilidade e força no mercado fashion, consolidando-se como um dos grandes nomes da nova geração.
A Diesel se tornou um must see da semana de moda, em parte devido às suas inovações têxteis e na semana de moda italiana não poderia ser diferente, ainda mais quando enviou suas modelos para uma passarela repleta de grafites com olhares leitosos inquietantes e sorrisos pintados com spray.
“Coco Chanel vai a Balmoral (Escócia), conhece a rainha da Inglaterra e ficam bêbadas juntas. Este é o conceito do desfile que propus ao meu time”, revela o diretor criativo Glenn Martens, em entrevista à imprensa após o desfile da coleção de inverno 2025 da Diesel, apresentado nesta quarta-feira (26), na semana de moda de Milão.
A nova coleção
Dando o tom para a coleção mista, o designer aposta em silhuetas reveladoras, as minissaias eram pouco mais que peplums, exigindo leggings ou calcinhas combinando. Os homens usavam jeans de cintura baixa atrevidamente.
Diessel traz o skinny e a cintura baixa para o público masculino (Foto: reprodução/Instagram/@diessel)
O seu tweed ganha padronagem pied poule remendadas com os fios rasgados. Na versão mais próxima da original, o material é acompanhado de micro-shorts jeans que mais parecem calcinhas, já os corsets ganham uma camada plastificada na superfície, as jaquetas de couro foram fervidas para criar um efeito amassado, e as calças de jacquard imitam jeans desgastados.
Mini-saias apresentadas na Semana de Moda de Milão pela Diessel (Foto: reprodução/Instagram/@diessel)
Os jeans, aliás, têm cinturas superbaixas, que deixam escapar parte do bumbum, lembrando o design bumster criado por Alexander McQueen na temporada de inverno de 1993. Na versão de Glenn, elas vêm com uma roupa íntima de cós mais alto costurada, deixando tudo no lugar.
Rebeldia além das roupas
O espírito rebelde do desfile também está na cenografia. A passarela foi coberta por grafites em uma instalação de três quilômetros feita não por um, nem por dois artistas, mas, sim, cerca de sete mil criadores de diferentes países, que vão da África do Sul à China.
A proposta era a de que os grafiteiros se expressassem com toda a liberdade criativa, casando bem com a coleção.
Passarela grafitada por cerca de sete mil artistas (Foto: reprodução/Instagram/@diessel)
O destino de Gleen Martens
O designer Glenn Martens logo levará seu espírito inovador para a grife parisiense Maison Margiela, que compartilha um dono italiano. Ele assume o lugar de John Galliano. Nenhuma mudança criativa foi anunciada na Diesel.
Na segunda-feira (3), Marc Jacobs realizou um desfile na Biblioteca Pública de Nova York, fora do calendário oficial da Semana de Moda da cidade. Ele apresentou sua nova coleção denominada de “Chamada de Coragem” para o verão da marca homônima, criando um universo lúdico.
A nova coleção serve como um lembrete se que os sonhos ainda podem se realizar. O artista escreveu uma frase no release disponível para os convidados no desfile. “Guiado pelo coração, pela humildade e pela gratidão, compreendi que o medo não é meu inimigo – é um companheiro necessário para a criatividade, a autenticidade, a integridade e a vida”.
Mostrando que a moda pode captar os sentimentos e transformá-los em uma reflexão do zeitgeits em que vivemos. Se o futuro provoca o medo, é dissecando essa sensação que Jacobs cria sua coleção.
Desfile de Marc Jacobs (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed)
Exageros criativos na Biblioteca de NY
O estilista, que na temporada passada transformou a mesma locação em um universo hiperbólico de bonecas, criou para o verão 2025 uma verdadeira “ilha de exageros”. A passarela, montada na Biblioteca Pública de Nova York, trouxe balonês, mangas e saias volumosas, soltas do corpo, além de sapatos criativos e fantasiosos. O desfile, como já aconteceu antes, teve uma duração de apenas cinco minutos e refletiu uma proposta ousada e lúdica.
Com Sophia Coppola e Tracee Ellis Ross no front row, Marc Jacobs deu sequência ao legado de sua grife com uma apresentação que foi muito aplaudida pela crítica. O cenário da Biblioteca Pública de Nova York acolheu uma explosão de volumes extremos, combinações inusitadas de cores vibrantes e o sempre presente toque lúdico que caracteriza suas criações.
Novamente transformando as modelos em bonecas de papel, referência vista tanto na maquiagem assinada pela maquiadora Pat McGrath, quanto nos looks que contavam com modelagens um pouco desproporcinal, brincando com a proporção e profundidade das peças durante a apresentação.
Desfile de Marc Jacobs (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed)
Exageros e elegância
Na passarela, é possível notar detalhes como lantejoulas bordadas em algumas peças, ombros e saias com formas dimensionadas, além de bolsas médias trabalhadas em couro torcidinho e enrugado com o chaveiro MJ pendurado.
Os calçados foram mais minimalistas, inspirados no sapato da personagem Margarida, de Walt Disney, foram além do clássico modelo Mary Jane, surgindo agora na versão bota de cano alto. Os mules também passaram por uma transformação, ganhando bico fino e se tornando uma espécie de “pé de pato” fashionista.
A temporada de moda masculina para 2025 começa sob a influência de um cenário global complexo, caracterizado por desafios econômicos, tensões geopolíticas e desaceleração no mercado de luxo. Apesar das adversidades, dois eventos icônicos na Itália, Pitti Uomo e a Semana da Moda de Milão, dão o tom das coleções outono-inverno 2025-2026.
Com perfis mais discretos e uma redução no número de desfiles, os eventos refletem a necessidade de adaptação e reinvenção do setor.
Pitti Uomo: tradição e novidades
Realizado entre 14 e 17 de janeiro em Florença, o Pitti Uomo apresenta 790 expositores, dos quais 45% são internacionais. Nesta 107ª edição, o evento adota o tema “O fogo e sua energia”, simbolizando renovação. Entre os destaques, está o desfile da MM6 Maison Margiela, que apresentou uma coleção masculina exclusiva para Florença. Outra atração foi a Setchu, do designer japonês Satoshi Kuwata, vencedor do prêmio LVMH de 2023, que fez sua estreia com um desfile inovador.
Além disso, o evento incluiu iniciativas como o “Knees Up Running Space”, focado em marcas de sportswear e running e reforçando a tendência athleisure. O Pitti Uomo também destacou talentos internacionais, como o Scandinavian Manifesto e a moda japonesa, além de promover novos designers chineses e franceses.
MM6 Maison Margiela, Spring/Summer 2025 Milan Fashion Week (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images embed)
Semana de moda de Milão
De 17 a 21 de janeiro, Milão assume os holofotes com uma programação que incluiu 68 eventos. Entre os destaques estão Giorgio Armani, Prada, Dolce & Gabbana e Zegna, além do retorno da marca ítalo-chinesa, Pronounce. Nomes jovens, como PDF e Pierre-Louis Mascia, trouxeram frescor ao evento, enquanto algumas marcas optaram por consolidar coleções masculinas e femininas em apresentações futuras.
Apesar de ausências como Neil Barrett e J.W. Anderson, a Semana de Moda de Milão reforça a importância da inovação e do foco em experiências exclusivas para manter sua relevância.
Futuro da moda masculina
O cenário atual aponta para um futuro onde autenticidade, qualidade e sustentabilidade são indispensáveis. A fusão de estilos, a valorização de nichos e o apelo por peças com impacto social são tendências que moldam a moda masculina. Os eventos em Florença e Milão não apenas ditam tendências, mas também refletem os desafios de um mercado em constante transformação.
A busca por equilíbrio entre tradição e inovação promete redefinir o setor, solidificando a moda masculina como um espaço dinâmico e em evolução.