A influenciadora Sophia Eldo, conhecida por sua interlocução constante com a cultura sul-coreana e seu engajamento junto a comunidades jovens, liderou uma caravana de 15 dias pela Coreia do Sul, entre os meses de junho e julho de 2025, com participação de 14 brasileiros. A iniciativa, organizada em parceria com o coletivo B-Chingus, teve como proposta uma imersão cultural e histórica que percorreu as cidades de Seul, Busan e a ilha de Jeju.
A programação da caravana contemplou visitas a monumentos históricos, museus, templos, mercados tradicionais e locações associadas à indústria cultural coreana, como cenários de dramas televisivos e espaços dedicados à música pop local. Além da fruição turística, a viagem incorporou práticas de mediação cultural, promovendo interações com a população local, oficinas de culinária e experiências artísticas relacionadas ao K-pop — fenômeno global que continua a exercer influência significativa sobre os padrões culturais de consumo e identidade de públicos transnacionais.
O grupo, composto majoritariamente por jovens adultos brasileiros com afinidade pelas manifestações culturais sul-coreanas, foi guiado por uma proposta de aprendizado e troca simbólica, valorizando aspectos históricos da península coreana e discutindo suas transformações sociais recentes. A iniciativa insere-se em um movimento mais amplo de reconfiguração das rotas turísticas contemporâneas, em que influenciadores digitais atuam não apenas como divulgadores, mas também como mediadores de experiências culturais, criando novas formas de engajamento e pertencimento em escala internacional.
A presença de Sophia Eldo como figura central do projeto refletiu um esforço deliberado de construção de pontes entre culturas, no qual a mídia social funciona como instrumento de mobilização e democratização do acesso à informação cultural. Com mais de uma década de relações diplomáticas culturais intensificadas entre Brasil e Coreia do Sul — especialmente nas áreas de educação, entretenimento e economia criativa —, a caravana também evidencia o papel da sociedade civil nas dinâmicas de soft power e intercâmbio internacional.
Ainda que informal e desvinculada de ações governamentais, a caravana conduzida por Eldo aponta para uma crescente demanda por experiências culturais profundas, que transcendem o consumo estético e superficial do chamado “hallyu” (onda coreana). O episódio destaca, também, a centralidade das redes digitais na articulação de eventos com potencial de impacto geocultural, sobretudo entre públicos jovens que vêm construindo identidades plurais a partir de referências multiculturais.
Com isso, a experiência vivida pelos participantes da caravana soma-se aos esforços coletivos de ressignificação da cultura como ferramenta de aproximação entre povos, num contexto global em que o intercâmbio simbólico assume contornos cada vez mais estratégicos e formativos.
