Morre Sly Stone, ícone do soul, funk e psicodélica

O músico, compositor e produtor Sly Stone, nascido Sylvester Stewart, faleceu nesta segunda-feira (9), aos 82 anos, após uma longa batalha contra a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e outras complicações de saúde. A informação foi confirmada por sua família em comunicado oficial. Considerado um dos artistas afro-americanos mais influentes do século XX, Sly ficou mundialmente conhecido como líder da banda Sly & the Family Stone, fundamental na formação da sonoridade do soul, do funk e da psicodelia nos anos 60 e 70.

Revolução musical com alma e atitude

Formada em San Francisco, Califórnia, a Sly & the Family Stone não apenas redefiniu gêneros musicais como também quebrou barreiras raciais e estilísticas. Com sua formação multirracial e de gêneros mistos, a banda foi um marco de representatividade e inovação artística. Canções como Everyday People, Dance to the Music e Family Affair não apenas dominaram as paradas, como influenciaram gerações de músicos ao redor do mundo.

A mistura poderosa de funk, rock psicodélico e soul, aliada a letras com mensagens sociais e espirituais, transformou Sly Stone em um pioneiro. Sua visão artística ousada e seu talento multifacetado colocaram-no entre os grandes nomes da música popular americana. Além de vocalista, era também produtor e multi-instrumentista, moldando cada aspecto de sua obra com criatividade radical.


Sly Stone jovem e sua guitarra (Foto: reprodução/Instagram/@Slystoneofficial, @onixcollective@hulu)

Despedida e legado imortal

Sly faleceu em paz, cercado por seus três filhos, seu melhor amigo e outros familiares próximos. A família expressou sua gratidão pelo carinho do público e destacou o legado duradouro do artista: “Enquanto lamentamos sua ausência, encontramos conforto ao saber que sua extraordinária contribuição musical continuará a ressoar por muitas gerações”, diz o comunicado.

Mesmo nos últimos anos, o artista manteve viva sua chama criativa. Após publicar uma autobiografia em 2024, Sly finalizou recentemente o roteiro de um filme sobre sua vida, ainda inédito, que promete revisitar suas conquistas, dores e revoluções.

Sly Stone não foi apenas um artista — foi um símbolo de transformação cultural, musical e social. Sua música desafiou normas, uniu pessoas e inspirou milhares a encontrar liberdade na arte. Sua morte encerra um capítulo importante da história da música, mas sua influência permanece viva em cada batida que busca alma, verdade e coragem.

Roberta Flack, que cantou “Killing me softly whith his song”, morre aos 88 anos

Morreu nesta segunda-feira(24), aos 88 anos, a cantora Roberta Flack, responsável por tonar a canção “Killing me softly with his song”, um dos maiores sucessos da história da música. Tendo conseguido emplacar várias canções, ela conseguiu ser hit número 1 nos anos 70, produzindo 20 álbuns de estúdio. A morte foi divulgada por um representante da cantora à revista Variety. Em 2022, ela havia informado, por meio de um anúncio, que tinha sido diagnosticada com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

Carreira

Roberta Flack emplacou muitos sucessos, sobretudo nos anos 70. Ficou conhecida a canção “First time I ever saw your face”, além da sua versão da música “Killing me softly with his song”, uma das músicas mais famosas do Soul. Durante sua trajetória, ela conseguiu levar duas vezes seguidas o troféu de gravação do ano, em 1973 por “First time I ever saw” e em 1974, pela então “Killing me softlly with his song”. Ela ainda levou 4 Grammys.


Roberta Flack no Grammy em 2020 (Foto: reprodução/Steve Granitz/ Getty/Images Embed)


Killing me softly with his song

Apesar de ter sido composta por Charlie Fox, foi com a Roberta Flack, que esta canção ficou conhecida mundialmente. Inicialmente, essa faixa havia sido gravada por Lori Lieberman, e estava presente em seu disco de estreia no ano de 1972, no estilo folk. Após o primeiro Álbum de Lori não fazer tanto sucesso assim, Flack resolveu trabalhar na música, trazendo alguns elementos diferenciados e tornando-a mesma, um sucesso.

Hall da Fama

Além de ter conseguido tornar a música “Killing me softly with his song” um sucesso absoluto, ainda levou a música ao Hall da fama, figurando no 360° lugar da lista das 500 maiores músicas da Rolling Stone. Esteve presente ainda no 82° lugar da lista do Billboard. A canção teve novas versões na década de 90, tendo até versão remix, feita por Jonathan Peters, chegando às lideranças das paradas de sucesso na época.