Startup desenvolve tecnologia que facilita adequação de empresas à reforma tributária

Com a promulgação da Emenda Constitucional 132/2023, que institui um novo modelo tributário no Brasil baseado no Imposto sobre Valor Agregado (IVA dual), empresas de todos os portes se deparam com a necessidade de rever rotinas contábeis, ajustar processos internos e atualizar sistemas de gestão fiscal. A transição, prevista para ocorrer de forma gradual até 2033, modifica a estrutura de tributos como ICMS, IPI, ISS, PIS e Cofins, e exige novas estratégias de adequação operacional.

Nesse contexto, soluções tecnológicas têm ganhado espaço como alternativa para lidar com a complexidade do sistema tributário e os impactos da reforma. Entre as iniciativas recentes, a startup cearense SmartLedger AI LTDA passou a oferecer uma plataforma baseada em inteligência artificial e análise de dados fiscais, voltada para automação contábil e identificação de créditos tributários.

Fundada em 2024, a empresa desenvolveu um sistema em nuvem que realiza cruzamentos entre dados bancários, trabalhistas e fiscais — como os gerados via e-Social e DCTFWeb — e automatiza tarefas como conciliações, checagem de inconsistências e geração de relatórios. A tecnologia também vem sendo utilizada para mapear oportunidades de recuperação de créditos previdenciários e tributários.

Segundo dados informados pela própria empresa, a plataforma contribuiu para a movimentação de mais de R$ 200 milhões em créditos tributários no período de um ano, envolvendo empresas de diferentes setores da economia. A atuação concentra-se, principalmente, em apoio ao cumprimento de obrigações acessórias e à adaptação de escritórios contábeis e departamentos financeiros ao novo cenário fiscal.

“A reforma tributária muda o jogo, e exige que as empresas tenham acesso a informações precisas, rápidas e integradas. A tecnologia permite não apenas acompanhar essas mudanças, mas antecipá-las com base em dados concretos”, afirma Luiz Eduardo Macedo, um dos sócios da SmartLedger.

Adaptação e riscos no período de transição

Com a entrada em vigor do novo sistema de IVA, a expectativa é de que coexistam, nos próximos anos, dois regimes tributários — o antigo e o novo —, o que deve aumentar a carga administrativa sobre os setores fiscal e contábil. Especialistas apontam que, nesse período, o risco de inconsistências e retrabalho tende a crescer, especialmente em empresas que não adotarem soluções digitais para monitoramento e controle das obrigações.

Além disso, o volume de dados exigido para apuração correta dos tributos deverá ser maior, exigindo não apenas atenção ao preenchimento de informações, mas também capacidade de análise em tempo real. Ferramentas baseadas em automação e inteligência artificial passam a ser consideradas aliadas na redução de erros e na antecipação de riscos.

Tecnologia no centro da discussão tributária

A digitalização da contabilidade e do controle fiscal não é uma novidade no Brasil, mas ganha novo impulso com a reforma. O movimento acompanha uma tendência já observada em países com sistemas tributários complexos, onde a tecnologia tem papel central na administração e no planejamento fiscal das empresas.

Soluções como a da SmartLedger ilustram uma mudança de postura em relação à contabilidade tradicional. Em vez de reações pontuais, o modelo tecnológico busca oferecer respostas contínuas e baseadas em dados, dentro de uma lógica de prevenção de passivos e melhoria da eficiência operacional.

Com a consolidação da reforma, a demanda por esse tipo de solução tende a crescer. A questão que se impõe agora para o mercado é como pequenas e médias empresas, especialmente fora dos grandes centros, terão acesso a essas tecnologias — e como o setor contábil vai se reorganizar para acompanhar as exigências do novo modelo tributário

Nova tecnologia promete revolução na climatização e pode pôr fim ao ar-condicionado

No cenário global de preocupação com as mudanças climáticas, uma startup francesa pode ter encontrado uma solução revolucionária para um problema antigo: o consumo elevado de energia do ar-condicionado. A empresa Caeli Energie promete uma tecnologia inovadora que não só é cinco vezes mais eficiente em termos de energia, mas também poderia substituir completamente os aparelhos tradicionais de ar-condicionado.

Nova era na climatização doméstica

Imagine um futuro onde os aparelhos de ar-condicionado, grandes consumidores de energia, se tornem ultrapassados. Essa realidade pode estar mais próxima do que se imagina.


Sistema de climatização dispensa unidade externa e reduz consumo de energia (Foto: Reprodução/ X/@caeli_energie)

A empresa Caeli Energie, uma startup fundada em 2020, está prestes a lançar uma tecnologia, trabalhando em conjunto com o Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica. A empresa desenvolveu um sistema inovador que controla a temperatura e a umidade do ar de maneira significativa e mais eficiente.

Em meio aos debates globais sobre a transição energética, a Caeli Energie surge com uma resolução positiva que não requer uma unidade externa e funciona como um eletrodoméstico comum em casa, ocupando um espaço considerável com seus 2,5 metros de altura e formato oval.


 A nova tecnologia alinha-se aos objetivos globais de redução do consumo energético (Foto: Reprodução/ X/@caeli_energie)

Mesmo sem divulgar detalhes técnicos completos, a empresa garante que seu sistema pode climatizar espaços de 20 a 40 metros quadrados, oferecendo uma solução sustentável e prática para residências e escritórios.

Um salto para o futuro

A promessa de uma tecnologia cinco vezes mais eficiente em termos de energia é um grande passo rumo ao futuro. Enquanto muitos detalhes ainda permanecem em sigilo, o conceito de um sistema de climatização interno, sem a necessidade de uma unidade externa, é por si só uma revolução. Isso poderia não apenas simplificar a instalação e manutenção, mas também reduzir o impacto visual nas edificações urbanas.