Aplicativo do SUS começa a aceitar novas formas de autoidentificação

Pacientes do SUS poderão fazer sua autodeclaração pelo aplicativo “Meu SUS Digital” e na ficha de cadastro de qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) a partir desta segunda (8). As novas opções servem para um melhor mapeamento das condições de saúde dos diversos grupos atendidos pelo SUS. Dentre as opções de declaração estão: raça/cor, nome social, identidade de gênero e orientação sexual.

Um dos principais objetivos dessa novidade é dar uma maior autonomia para os usuários e aperfeiçoar a atenção a todos os cidadãos com equidade. Além disso, o novo cadastro vai permitir a viabilização de novas políticas públicas que atendam a todos os brasileiros. A medida vai garantir que as informações sejam integradas no Cadastro Nacional de Usuários do SUS (CadSUS) e elas vão ser espelhadas nos sistemas das UBS pelo país.

Como vai funcionar

Ao acessar o aplicativo “Meu SUS Digital”, o paciente vai ser convidado a preencher a autodeclaração. Uma mensagem vai aparecer explicando a importância desta e o campo de raça/etnia será de preenchimento obrigatório. O usuário poderá editar as informações através da aba “Meu Perfil” no aplicativo. 


As medidas buscam viabilizar políticas públicas que abrangem todos os brasileiros (Foto: Reprodução/Agência Gov)

O usuário só poderá fazer a autodeclaração se tiver uma conta no site GOV.BR com o selo de confiabilidade Prata ou Ouro. Se ele tiver nível Bronze o site vai dar informações de como subir de nível de segurança. 

Nas UBSs, os campos de sexualidade e identidade de gênero terão preenchimento opcional respeitando a autonomia do paciente. Sete orientações sexuais estarão inclusas, sendo heterossexual, gay, lésbica, bissexual, panssexual, assexual e outro. Nas identidades de gênero estão incluídas homem cisgênero, mulher cisgênero, homem trangênero, mulher transgênero, travesti, não-binário e outro.

O SUS e a população LGBT

O SUS vem implementando medidas que buscam acolher pessoas LGBT como uma forma de garantir o apoio a todos os brasileiros. Desde 2011, o SUS tem políticas voltadas exclusivamente a essa população como Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), processo transsexualizador e a disponibilização da Profilaxia Pré-Exposição (Prep). Além das faz rodas de debate sobre temas relacionados à comunidade, oferecidas pelo SUS.

Fiocruz alerta para aumento em número de internações por Influenza

No último boletim, o número de mortes pela doença se aproxima do COVID-19

As informações do último boletim sobre os casos de gripe no Brasil (InfoGripe) divulgado na última quinta-feira (dia 18) são preocupantes. As internações, nas últimas quatro semanas, por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceram 54,9% e foram causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR) sendo 20,8% pelo vírus da Influenza A.

Sobre o boletim

O boletim utilizou dados coletados durante o período do dia quinze de abril pelo Sivep-Grip que detectaram o crescimento de internações a longo e a curto prazos nas últimas seis e quatro semanas. As notificações de óbito também preocupam porque ela estão se aproximando do número das mortes causadas pelo COVID-19.

A volta da máscara?

Para Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe e pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz as medidas preventivas devem ser tomadas, principalmente a vacinação contra Influenza A disponível na campanha do Ministério da Saúde e para VSR na rede privada para idosos.

O pesquisador também indica a volta do uso de máscaras de alta qualidade como a N95, KN95 e a PFF2 para quem frequenta unidades de saúde de diversos tipos e principalmente quem apresenta sintomas de gripe de qualquer origem ou infecções respiratórias. Ainda não é indicado para uso contínuo em exposição em lugares fechados.

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O aumento indicado no boletim da última quinta-feira se apresentam em 20 estados brasileiros e no Distrito Federal nas internações por SRAG. Além do Influenza A e VSR, o estudo também analisa o aumento de outros vírus como a Influenza B que contribuem para o estado de alerta sobre uma nova onda viral no país.

As medidas preventivas devem ser levada à risca para assegurar o declínio desses números. A vacinação para Influenza A é gratuita em todas as unidades de saúde do país e a VSR ainda somente para idosos na rede particular.

Sobre a vacinação em nosso país

A vacina aplicada na rede pública é trivalente e protege contra três cepas diferentes do vírus Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. Você pode tomar junto com outras do calendário vacinal brasileiro como a COVID e dengue sem precisar de um intervalo entre elas.

No caso de estar com gripe e estar apto a tomar a vacina, o ideal é tomar após trinta dias do começo das ocorrências e para o COVID, 48h após o fim dos sintomas iniciais ou febre. A campanha de vacinação em massa pelo Ministério da saúde vai até o dia trinta e um de maio, menos na região Norte que segue um calendário próprio.

Faustão tem alta do hospital depois de 53 dias internado

Boa notícia para os fãs de Fausto Silva. O apresentador, de 73 anos, teve alta da equipe médica do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, nessa sexta-feira (12). Faustão poderá deixar o hospital após 53 dias de internação, 47 dias após receber o novo órgão.

O boletim médico que confere alta ao apresentador foi assinado pelos três médicos responsáveis por seu acompanhamento: o nefrologista e coordenador médico de transplante renal Marcelino Durão, o cardiologista Fernando Bacal; e o diretor médico de serviços hospitalares e prática médica, Miguel Cendoroglo Neto. Bacal e Cendoroglo também faziam parte da equipe que cuidou de Faustão em seu transplante de coração. “Fausto Silva recebeu alta do Hospital Israelita Albert Einstein nesta sexta-feira, dia 12 de abril de 2024. O paciente seguirá sob as orientações médicas“, informa o boletim.


Boletim médico de Fausto Silva (Reprodução/Quem)

Linha do tempo

No dia 5 de agosto de 2023 o ex-apresentador do “Domingão do Faustão” foi internado devido a um quadro de insuficiência cardíaca grave, recebendo um transplante de coração no dia 27 do mesmo mês. Posteriormente, Fausto Silva apresentou um problema renal, entrando na fila para um transplante de rim no dia 6 de fevereiro e recebendo um novo órgão no dia 26.

Já no dia 15 de março, Faustão passou por uma embolização, um procedimento cirúrgico que visa bloquear o fluxo de sangue ou linfa, de maneira total ou parcial, para determinada parte do corpo. O método utilizado não surtiu o efeito desejado, visto que o organismo do apresentador continuou rejeitando o rim recebido. No dia 5 de abril, a esposa de Fausto, Luciana Cardoso, comunicou que ele havia passado por um “tratamento mais potente”, que deu resultados em dois dias.


Registro de Faustão com sua equipe médica (Foto: reprodução/Instagram/@faustosilvaoficial)

Polêmicas sobre o SUS

Nas duas ocasiões, muitos internautas sugeriram a possibilidade de o apresentador ter sido favorecido por conta de sua fama ou sua fortuna. Entretanto, é necessário entender como o Sistema Único de Saúde (SUS) organiza as filas de espera e quais são as prioridades consideradas para tal.

No primeiro caso, de transplante de coração, circulou nas redes sociais que Faustão teria que esperas entre 12 e 18 meses pela cirurgia. Ainda que esse tempo na fila seja correspondente a outros casos, o artista tinha uma série de complicações que o colocaram como uma das prioridades.

Além da data de entrada na fila, outros fatores são levados em consideração, como a gravidade do caso, idade, tipo sanguíneo, porte físico e a distância entre o doador e recebedor. Já no segundo caso, além de todos esses fatores, foi considerado o fato de Fausto ter recebido um transplante nos últimos seis meses, o que o colocou ainda mais como prioridade para receber um rim.

SUS se aproxima da casa do paciente por meio de programa do governo

O governo lança um programa visando aproximar o atendimento do SUS à residência do paciente. Com ênfase da telessaúde, essa nova política busca diminuir os locais que o paciente necessita frequentar durante seu tratamento.

Entenda o modelo de integração do SUS

O Ministério da Saúde apresentou um novo modelo de integração de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), focalizado na telessaúde, com o intuito de encurtar os tempos de espera e reduzir as filas. A declaração foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da saúde, Nísia Trindade, nesta segunda-feira (8), durante uma entrevista coletiva para jornalistas.

A ministra ressalta que o programa Mais Acesso a Especialistas pretende diminuir a quantidade de deslocamentos necessários para o paciente durante seu tratamento no SUS, concentrando os exames e consultas em unidades de saúde próximas à residência do atendido.

Dependendo do procedimento, o paciente poderá ser atendido por meio da telessaúde. Na prática, o programa está programado para iniciar em 1º de julho. Trindade disse que não estão buscando eliminar filas, mas sim reduzir o tempo de espera. A diferença é que o atendimento será direcionado às necessidades do paciente, não aos serviços de forma isolada.


Lula e Trindade na sua posse. (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert)

A telessaúde faz parte do programa SUS Digital. Segundo o ministério, entre março e abril, todos os 26 estados, o Distrito Federal e os 5.566 municípios aderiram ao programa. Serão disponibilizados R$ 460 milhões aos entes federativos para a adaptação ao digital.

O anúncio ocorre após um mês em que as pressões sobre Trindade aumentaram, devido à crise nos hospitais federais no Rio de Janeiro e ao crescimento dos casos de dengue. Denúncias de irregularidades e negligência nas seis unidades federais do Rio provocaram uma série de demissões no ministério e na gestão hospitalar, incluindo a do secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Helvético Miranda.

O orçamento previsto para 2024 para hospitais ultrapassa R$ 800 milhões, porém há problemas estruturais na rede. Além de suspeitas de mau uso de recursos públicos e corrupção, com direcionamento de licitações e compras com preços exorbitantes, conforme uma nota técnica do DGH, as unidades enfrentam condições precárias e dificuldades para atender os pacientes.

Veja as cobranças que Trindade vem sofrendo

Trindade também é alvo de cobranças por melhores resultados na luta contra a dengue, que já acumula 2,7 milhões de casos e mais de mil mortes somente neste ano. O evento desta segunda-feira faz parte de um esforço do governo para aprimorar a comunicação sobre as ações e realizações dos ministérios de Lula. Antes da saúde, eventos semelhantes ocorreram voltados para os ministérios da Justiça e da Educação.

Ministério da Saúde divulga lista de cidades que vão receber vacina da dengue

Nesta quinta-feira (28), o Ministério da Saúde anunciou uma lista com 154 novas cidades que vão participar da campanha de vacinação contra dengue, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A campanha é do Sistema Único de Saúde (SUS) e já havia atingido 521 cidades do Brasil na sua primeira etapa.

Devido à baixa capacidade na produção do imunizante pelo laboratório Takeda Pharma, apenas foi possível produzir doses para 3,2 milhões de pessoas na primeira leva, o que explica as restrições em termos de municípios com acesso e faixas etárias selecionadas para mitigar os riscos mais graves. Por isso, o alcance limitado do processo de imunização iniciado em fevereiro.

De acordo com o Ministério da Saúde, 1,2 milhão de doses já foram entregues às unidades federativas desde o início da vacinação, mas apenas 534 mil foram confirmadas no sistema como aplicadas. Este ano já bateu o recorde histórico de número de casos da dengue, chegando a 2,3 milhões de casos.


2024 quebra recorde histórico de casos de dengue (Foto:Reprodução/Poder360/Ministério da Saúde)

Regiões de Saúde

Dando continuidade aos esforços da vacinação, agora as Regiões de Saúde (determinadas para facilitar a organização e logística) integram um número maior de municípios, expandindo a cobertura do programa. A lista de cidades divulgadas inclui os seguintes estados e regiões correspondentes de atendimento:

  • Acre (Acre Baixo e Purus)
  • Amazonas (Manaus, Entorno e Alto Rio Negro)
  • Bahia (Salvador, Feira de Santana, Camaçari, Itabuna, Ilhéus, Jequié, Barreiras)
  • Distrito Federal (Distrito Federal),
  • Espírito Santo (Central/Norte, Metropolitana)
  • Goiânia (Central, Centro Sul, Entorno Sul, Sudoeste I, Sudoeste II, Pirineus, Entorno Norte, Estrada de Ferro, Sul)
  • Maranhão (São Luís)
  • Mato Grosso (Betim, Uberaba, Uberlândia/Araguari, Coronel Fabriciano/Timóteo, Belo Horizonte/Nova Lima;Caeté)
  • Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá)
  • Paraíba (1ª Região Atlântica)
  • Pernambuco (Recife)
  • Paraná (16ª RS Apucarana, 17ª RS Londrina, 9ª RS Foz do Iguaçu)
  • Rio de Janeiro (Metropolitana I)
  • Rio Grande do Norte (7ª Região de Saúde – Metropolitana, 2ª Região de Saúde – Mossoró)
  • Roraima (Centro Norte)
  • Santa Catarina (Grande Florianópolis, Nordeste)
  • São Paulo (Aquífero Guarani, Região Metropolitana de Campinas, São José do Rio Preto, São Paulo, Alto do Tietê)
  • Tocantis (Capim Dourado)

Redistribuição

Além da expansão do programa de vacinação já existente, outra solução apontada pelo Ministério da Vacina é a utilização das doses que não foram aplicadas, contabilizando pelo menos 668 mil que vão vencer em abril.

Não podemos deixar essas doses vencerem. Diante disso, o Ministério trouxe uma solução: redistribuir, dentro das unidades federadas, ou seja, dentro dos estados, para municípios que ainda não foram contemplados,” afirmou Éder Gatti, o diretor do Programa Nacional de Imunizações. “A redistribuição das doses começa a partir da nota técnica que será publicada hoje. A gente espera que até semana que vem comece a vacinação, mas não dá para precisar por conta dos desafios logísticos de cada local.

Por fim, o Ministério também recebeu uma nova remessa de 930 mil doses da vacina Qdenga, o que deve ajudar no combate à epidemia histórica da doença. Para fins de comparação, o número atual de casos (2,3 milhões) já é um aumento de quase 50% em relação ao último recorde de casos (1,6 milhões, em 2015), no final do primeiro trimestre.

Polícia Federal indicia Bolsonaro e aliados por fraude ao cartão vacinal contra Covid-19

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro por fraude no cartão vacinal contra a Covid-19. A investigação apura que uma associação criminosa teria feito registros falsos de doses de vacina contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde, o Conecte-SUS. Foram fraudados os cartões vacinais não só do ex-presidente da República, mas de sua família e de seus aliados mais próximos, na ocasião em que foram aos Estados Unidos, país que exigia o certificado de vacina.

Além de Bolsonaro, outras 16 pessoas também foram indiciadas, como o tenente-coronel do exército Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).

Bolsonaro: histórico de oposição à vacina

Jair Bolsonaro sempre criticou publicamente a eficácia da vacinação contra a Covid-19, porém, sem apresentar provas ou embasamento técnico e científico. Ele também demorou a tomar a iniciativa para a compra de vacinas contra a doença e colocou em dúvida as medidas sanitárias que eram recomendadas pelos principais especialistas no assunto.

A Covid-19 matou mais de 700 mil pessoas no Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro, época que em que a pandemia atingiu níveis mundiais.

Como a PF apurou as fraudes

Nas trocas de mensagens apuradas pela PF através do celular de Mauro Cid pode-se ler um trecho em que a esposa dele diz: “não vamos deixar nossas filhas serem cobaias da vacina”. Pouco tempo depois, porém, no cartão de vacinação das filhas constavam doses da vacina. 


Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel do Exército Brasileiro, foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e atualmente é investigado por diversos crimes (Foto: reprodução/Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Brasil de Fato)

O cruzamento de informações também demonstrou que, na época, a vacinação das filhas de Cid aconteceu em determinado Estado, enquanto elas estavam em outro, no mesmo horário.

Os registros do Ministério da Saúde também constatam que Bolsonaro havia tomado a vacina em um dia que não estava em Brasília. Os investigadores conversaram com a pessoa que teria supostamente aplicado a vacina no ex-presidente, e ela afirma não se lembrar de tê-lo atendido.

Com o indiciamento pela Polícia Federal, o processo segue para as mãos do Ministério Público Federal, que decidirá se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a apuração.

Filho de Faustão atualiza fãs sobre recuperação do pai

Em entrevista ao UOL nessa quinta-feira (7), João Silva, filho de Fausto Silva, falou sobre o processo de recuperação do pai. Faustão passou por um transplante de rim na última segunda-feira (26/02) no Hospital Albert Einstein. Segundo João, a recuperação está ocorrendo de acordo com o esperado pela equipe médica.

Faustão ainda está internado, porém fora de perigo. “Ele está seguindo a recuperação, tudo dentro do esperado”, disse João Silva para o UOL, na coluna de Lucas Pasin. Ainda de acordo com João, não há previsão de alta no momento.


João Guilherme busca seguir os passos do pai, Faustão (Foto: reprodução/Band)

Vale lembrar que esse é o segundo transplante de Faustão nos últimos sete seis meses. No dia 5 de agosto de 2023 o ex-apresentador do “Domingão do Faustão” foi internado devido a um quadro de insuficiência cardíaca grave, recebendo um transplante de coração no dia 27 do mesmo mês. Dessa vez, Fausto Silva apresentou um problema renal, entrando na fila para um transplante de rim no dia 6 de fevereiro e recebendo um novo órgão no dia 26.

Polêmicas sobre filas de transplante

Novamente a rapidez com que o apresentador conseguiu um transplante após pouco tempo na fila para receber o órgão gerou polêmica nas redes socias. Em ambos casos, muitos internautas sugeriram a possibilidade de o apresentador ter sido favorecido por conta de sua fama ou sua fortuna. Entretanto, é necessário entender como o Sistema Único de Saúde (SUS) organiza as filas de espera e quais são as prioridades consideradas para tal.

No primeiro caso, de transplante de coração, circulou nas redes sociais que Faustão teria que esperas entre 12 e 18 meses pela cirurgia. Ainda que esse tempo na fila seja correspondente a outros casos, o artista tinha uma série de complicações que o colocaram como uma das prioridades.

Além da data de entrada na fila, outros fatores são levados em consideração, como a gravidade do caso, idade, tipo sanguíneo, porte físico e a distância entre o doador e recebedor. Já no segundo caso, além de todos esses fatores, foi considerado o fato de Fausto ter recebido um transplante nos últimos seis meses, o que o colocou ainda mais como prioridade para receber um rim.

Faustão: entenda porque o apresentador “passou à frente na fila” em novo transplante

Nesta segunda-feira (26), Faustão passou novamente por um transplante, dessa vez, de rim. O apresentador, que estava em 13° na lista de espera do SUS para a realização do transplante, “passou à frente na fila” e concluiu o procedimento no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. 

Em entrevista ao jornal Extra, a Central de Transplantes do Estado de São Paulo afirmou que o procedimento realizado no apresentador seguiu critérios de prioridade estabelecidos pela Secretaria da Saúde do Estado.

“Fausto Silva foi inserido na fila para transplantes no dia 6 de fevereiro e, seguindo resoluções estaduais, foi submetido ao transplante de rim na última segunda-feira, dia 26, cumprindo os critérios de priorização”.

O segundo transplante de Faustão

Desde agosto do ano passado, quando Fausto Silva passou por um transplante de coração, a equipe médica que realiza os cuidados da saúde dele já sabia que o funcionamento dos rins do apresentador estavam comprometidos. No entanto, de acordo com relatos de familiares, o transplante de coração era tratado com mais urgência, em comparação ao renal. 

Após a recuperação do primeiro órgão transplantado, Faustão entrou na lista de espera de transplantes do SUS para receber um novo rim. Desde setembro do ano passado, o apresentador já vinha fazendo três sessões de hemodiálise por semana, procedimento artificial que retira o excesso de líquido do sangue e auxilia no funcionamento dos rins. 

No entanto, com o tempo o procedimento passou a ser insuficiente devido ao quadro cardíaco de Faustão. Nesse contexto, surgiu a urgência da realização do transplante de rim, o qual foi concluído nesta segunda-feira (26). 


Fausto Silva se pronuncia após realização de transplante no coração. (Foto: reprodução/Instagram/@joaosilva)

Como funciona a lista de espera do SUS

Como o quadro de saúde de Fausto Silva necessitava da realização imediata do transplante, o apresentador de 73 anos foi colocado à frente na lista de espera para transplantes do SUS. Nesse contexto, conforme estabelece a Secretaria da Saúde de São Paulo, uma série de critérios de prioridade foram atingidos para a realização desse feito, por exemplo: “a impossibilidade total de acesso para diálise, pós-transplante de outro órgão e pós-doação renal“, características que o quadro de saúde que Faustão apresentava se encaixa. 

Além disso, o órgão do doador concedido ao apresentador também se encaixava em critérios pré estabelecidos, como: a compatibilidade HLA (genética), compatibilidade ABO (sanguínea).

Câmara aprova projeto para divulgar posição de pacientes na fila do SUS

Nesta quarta-feira (21), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que obriga a divulgação da lista de pacientes em espera para operações no Sistema Único de Saúde. Este serviço deverá ser, obrigatoriamente, providenciado pelo governo em sites na internet, com a posição do paciente na fila e a data de agendamento.

Após ser aprovado, agora o texto deve voltar ao Senado – onde já foi antes aprovado – para uma segunda avaliação onde os senadores vão determinar se revisões são necessárias ao projeto. Caso seja inteiramente aprovado, deve passar a valer em todas as unidades federativas do Brasil, tanto nos 26 estados quanto no Distrito Federal. 


O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados/Zeca Ribeiro)

O problema das filas

De acordo com o monitoramento do Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF) — criado em 2023 pelo Ministério da Saúde justamente para aliviar a questão das filas para operações cirúrgicas — ao final do ano passado estavam registradas quase 1,1 milhão de pessoas na “fila do SUS” quando somados os casos de todo o país. 

É a esperança atual de que a modernização do sistema de saúde com maior transparência sirva para remediar a insatisfação com a espera e facilitar a detecção de falhas operacionais.

A aprovação desse texto traz um novo momento para a saúde pública do Brasil. É injusto você ter um cidadão, que é usuário do SUS e que o sistema não é transparente para ele,” argumentou o relator do projeto, deputado Ruy Carneiro. “Ele não tem oportunidade de ter conhecimento de qual é a colocação dele na fila, quando ele vai ter oportunidade de ser operado. Hoje estamos virando essa página.

Alterações críticas

A nova política deve valer para pacientes de procedimentos cirúrgicos eletivos, os quais serão identificados pelo número do Cartão Nacional de Saúde, ou documento equivalente. As listas online devem ser atualizadas no mínimo a cada 15 dias, e deverá esclarecer o número, quanto mais atualizado possível, de pacientes atualmente na fila.

Ruy Carneiro afirmou que esse projeto vai oferecer “maior transparência ao cidadão”,  mudar as práticas políticas no setor de saúde, e facilitar o agendamento de operações. A nova versão do texto, alterada para cumprir a transparência necessária, foi reconstruída com “amplo diálogo com diversos líderes partidários”, e vai aguardar avaliação no Senado.

Saiba como identificar e prevenir a dengue em período de aumento de casos pelo Brasil

Os casos de dengue no Brasil estão atingindo números preocupantes, com o número ultrapassando a marca de meio milhão, e já tendo 75 mortes confirmadas pela doença. A melhor forma de combater a doença é a prevenção e o conhecimento dos sintomas.

Números preocupantes

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, durante as seis primeiras semanas epidemiológicas do ano foram registrados um total de 512.353 casos. Esse número é alarmante quando comparado ao mesmo período do ano anterior, quando houve um número quatro vezes menor de casos.

A dengue tem duas formas bastante conhecidas: a clássica, mais comum entre os casos, e o tipo mais grave conhecido como dengue hemorrágica. Na forma clássica, o controle é mais fácil com tratamentos já amplamente conhecidos e distribuídos para alívio dos sintomas. Já na forma hemorrágica, requer intervenção médica imediata, monitoramento rigoroso e cuidados intensivos para prevenir casos potencialmente fatais.

Durante os primeiros dias, ambas as formas da doença se assemelham bastante, com a distinção dos sintomas começando a aparecer entre o terceiro e o sétimo dia, momento em que a febre diminui.

Uma possível dica de como identificar a forma mais grave da doença é quando o médico aperta o braço de uma pessoa com um torniquete e surgem pequenas manchas avermelhadas na pele, sendo este um possível sinal de hemorragia.

A hemorragia também pode se manifestar de outras formas, como sangramentos espontâneos na gengiva, boca, nariz, ouvidos ou intestino. Além disso, deve-se estar atento a outros sintomas, como dor abdominal intensa e contínua, náuseas e vômitos persistentes. A dengue hemorrágica é mais rara, mas se não tratada corretamente, pode ser fatal.

Prevenção pode ser a melhor arma

A principal e mais conhecida maneira de prevenir a transmissão da doença é evitar o acúmulo de água em locais como dentro de casa, no quintal, ou em qualquer recipiente com água, pois é nesses lugares onde a fêmea do mosquito deposita seus ovos.


Campanha de vacinação do Ministério da Saúde (reprodução/X/@minsaude)

Outra forma de prevenção é a vacina Qdenga, disponível atualmente no SUS, porém, até o momento, apenas em alguns municípios e apenas para crianças de dez a 14 anos. No entanto, ela pode ser encontrada para uma faixa etária mais ampla no sistema privado.

Usando essas formas de prevenção, é possível diminuir as suas chances e as chances das pessoas ao seu redor de contrair a doença.