O governo dos Estados Unidos anunciou na última sexta-feira (12), em Washington, o lançamento de um programa piloto que pretende acelerar a adoção dos táxis aéreos no país. A iniciativa, liderada pelo Departamento de Transportes e pela Administração Federal de Aviação (FAA), surge para atender à crescente demanda por soluções de mobilidade urbana mais rápidas, seguras e sustentáveis.
O programa inclui parcerias com governos locais e empresas privadas, e busca colocar aeronaves elétricas de decolagem vertical em operação antes mesmo da certificação final. A medida tem apoio direto do presidente Donald Trump, que formalizou o projeto por decreto.
Uma nova era na mobilidade urbana começa a decolar
Com foco em aeronaves elétricas de decolagem e aterrissagem vertical (eVTOL), o programa visa testar e integrar esses veículos ao tráfego aéreo nacional. A FAA pretende usar os dados obtidos para definir padrões de segurança, operação e infraestrutura, essenciais para o avanço da mobilidade aérea avançada.
Publicação de Joby Aviation (Vídeo: Reprodução/Instagram/@jobyaviation)
Por meio de cinco projetos-piloto, diferentes cidades americanas receberão as primeiras operações experimentais. As empresas participantes terão permissão para realizar voos em ambientes controlados, mesmo antes da aprovação comercial definitiva, o que acelera significativamente o processo de validação das aeronaves.
Logo após o anúncio, o mercado reagiu positivamente. As ações da Joby Aviation subiram 5%, enquanto a Archer Aviation registrou alta de 3%. Ambas estão entre as principais fabricantes de eVTOLs e já participam de iniciativas com cidades como Los Angeles e Nova York.
Setor privado comemora e ações disparam
Especialistas do setor acreditam que a antecipação dos testes comerciais vai colocar os Estados Unidos à frente na corrida global pela inovação aérea. Países como China e Emirados Árabes já avançam com regulamentações próprias e testes locais.
Empresas como a Eve Air Mobility, da brasileira Embraer, também acompanham os desdobramentos, uma vez que o programa americano poderá influenciar os padrões globais de certificação e operação desses veículos.
Apesar dos desafios, o otimismo cresce. O programa pretende transformar a mobilidade aérea em uma realidade acessível já a partir de 2026, com voos comerciais de curta distância. As cidades que aderirem ao projeto poderão se tornar referência em transporte sustentável e inteligente. A FAA afirma que os testes ajudarão a moldar um novo ecossistema de transporte urbano nos EUA e, possivelmente, no mundo.
