TikTok e o risco de autodiagnóstico errado de TDAH

Pesquisadores da University of British Columbia, Canadá, analisaram os vídeos mais populares do TikTok, com temas relacionados ao transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Somados, eles chegam a quase meio bilhão de visualizações, com mais de 900 mil curtidas.    

De acordo com a pesquisa, os vídeos apresentam pelo menos três alegações sobre o assunto. Em seguida, os pesquisadores mostraram vídeos com essas alegações para um grupo de psicólogos. E, a partir disso, perguntaram se aquelas argumentações faziam sentido diante do ponto de vista científico.    

Menos da metade dos vídeos, 47%, continham informações verdadeiras sobre diagnóstico de TDAH. Além disso, em 66% dos vídeos mais assistidos sobre o tema, o que é descrito como identificação do transtorno, não passa de “experiências humanas normais”, segundo o grupo de psicólogos.   


Vídeos com temática TDAH atigem meio bilhão de visualiazações no TikTok (Foto:reprodução/Solen Feyissa/Unplash)

Alerta para diagnóstico errado

Apesar da desinformação e falta de afirmação técnica, a Universidade considera desnecessária a proibição de vídeos sobre o tema. Porém, deixa o alerta, quanto mais tempo assistindo a vídeos sobre TDAH no TikTok, aumenta a probabilidade de compartilhá-los com outros, aumentando o alcance das desinformações.    

TikTok pode causar vício

A plataforma enfrenta restrições em vários países, principalmente por, segundo estudos, ter influência e causar vício entre os mais jovens. Documentos da Justiça dos Estados Unidos evidenciam que o TikTok reconhece o impacto e a influência do algoritmo de recomendação sobre seus usuários.

Além disso, o uso compulsivo do TikTok pode causar diversos efeitos negativos na saúde mental, como a perda da capacidade analítica, além de comprometer a memória, a habilidade de contextualizar, conversar e demonstrar empatia.      


TikTok pode causar efeitos negativos entre os mais jovens (Vídeo: reprodução/YouTube/JornalismoTVCultura)

O que diz o TikTok?

Em nota, o TikTok informa que a cada atualização vem acrescentando uma série de limites de uso, principalmente entre os mais jovens, e que disponibiliza controle parental e tempo de permanência na plataforma.    

Apple lança campanha de descontos na China

Em um movimento de certa forma inédito comparado ao realizado em outros mercados, a Apple lançou uma campanha agressiva de descontos na China, com os preços de seus aparelhos chegando a ter descontos de até 2.300 iuans.

Desconto foi motivado pelo concorrência de rivais locais

O desconto foi motivado pela intenção da gigante do mercado de smartphones de defender sua posição de mercado na China, que é um dos maiores mercados consumidores do mundo, onde enfrenta forte concorrência de rivais locais, principalmente de nomes como Huawei e Xiaomi.

A Apple, que já tinha feito algo parecido em fevereiro, agora retorna com uma campanha mais agressiva. Essa nova campanha vai durar do dia 20 ao dia 28 de maio e deve ser uma porta para alavancar a competitividade da marca no mercado chinês.


Mercado Chinês e um dos principais da marca (Foto: reprodução/AFP/STR/Getty Images Embed)


Descontos chegam a 2.300 iuans para modelos mais avançados

Enquanto na campanha de fevereiro o maior desconto dado foi de 1.150 iuans, na atual os descontos devem chegar até 2.300 iuans, sendo aplicado ao iPhone 15 Pro Max de 1TB, que é o modelo mais avançado da marca. Outros modelos também passam por cortes significativos no valor.

O esforço da marca norte-americana no mercado chinês vem após um aumento da pressão competitiva de outras marcas locais, sendo o movimento mais recente possivelmente motivado pelo lançamento dos novos top de linha da Huawei, o Pura 70.

Se os esforços de fevereiro ajudarem a demonstrar algo, é que a estratégia de descontos pode ajudar a marca a atenuar a desaceleração nas vendas. Apenas no mês de março, logo após a campanha, as vendas da Apple na China tiveram um aumento de 12%, o que representou uma melhora considerável em comparação com os dois primeiros meses de 2024, quando a marca teve uma queda de 37% nas vendas no mercado chinês.