Tufão Yagi deixa dezenas de mortos no Vietnã, China e Filipinas

O tufão mais poderoso a atingir a Ásia este ano, causou destruição no Vietnã, China e Filipinas, neste último sábado (7), resultando em dezenas de mortos e alertas contínuos sobre enchentes e deslizamentos. Autoridades ainda trabalham no resgate de desaparecidos e na recuperação dos danos.


Ruas alagadas, cenário devastador após a passagem do tufão Yagi (Foto: Reprodução/Nhac Nguyen/AFP)

No sábado (7), o tufão Yagi atingiu o norte do Vietnã, provocando inundações generalizadas e destruindo a infraestrutura da capital, Hanoi. A cidade, com mais de 8,5 milhões de habitantes, viu suas ruas cobertas por árvores caídas, causando interrupções no fornecimento de energia e telecomunicações. Ao menos três mortes foram confirmadas em Hanoi, além de outras quatro vítimas de um deslizamento de terra na província de Hoa Binh.

Yagi deixa rastro de destruição e mortes no Vietnã

“Eu ouvi o barulho das árvores quebrando, parecia que a cidade estava desmoronando”, conta Hoang Ngoc Nhien, morador de 57 anos. Ele viu de perto a destruição e agora se preocupa com a segurança de seus vizinhos. Mesmo com o rebaixamento da tempestade para depressão tropical, o perigo ainda é real. As autoridades alertam para o risco de novas enchentes repentinas e deslizamentos, principalmente em áreas montanhosas e próximas a rios.

Autoridades locais continuam alertando para o risco de enchentes repentinas em áreas próximas a pequenos rios, especialmente nas províncias montanhosas. Além disso, deslizamentos de terra continuam sendo uma ameaça nas regiões íngremes.

Impacto do tufão em Hainan e Filipinas


Habitantes das Filipinas enfrentam os estragos deixados por Yagi (Foto: Reprodução/Pexels/@DennizFutalan)

A ilha de Hainan, no sul da China, também foi fortemente afetada por Yagi. A tempestade causou a morte de pelo menos quatro pessoas e resultou em perdas econômicas significativas, com prejuízos estimados em milhões de dólares. A rede de energia foi severamente impactada, deixando muitas áreas sem eletricidade, equipes de emergência ainda estão trabalhando para restaurar os serviços e avaliar os danos. “Tudo aconteceu tão rápido… quando percebemos, já estávamos no meio da tempestade”, relatou um morador local.

Nas Filipinas, o número de mortos subiu para 20, com 22 pessoas ainda desaparecidas. A Defesa Civil do país continua com as operações de resgate nas áreas mais afetadas, enquanto a população tenta se recuperar dos estragos deixados pela tempestade, uma moradora afetada pela tempestade comentou sobre ter perdido a casa e os vizinhos, afirmando ainda ter esperança de encontrar os parentes.

Atenção: Inmet emite quatro alertas de tempestades para RS e SC nesta sexta-feira

O Rio Grande do Sul amanheceu nesta sexta-feira (21) sob a influência de quatro alertas de tempestade emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As áreas mais atingidas são as regiões Sudoeste, Centro, Noroeste, Sudeste, Serra, Região Metropolitana, Nordeste, além de partes do Oeste e Sul de Santa Catarina.

Dois alertas laranja, de perigo, foram emitidos pelo Inmet. O primeiro, válido até as 10h, prevê chuva entre 30 e 60 milímetros por hora, podendo chegar a 100 milímetros ao longo do dia. Rajadas de vento entre 60 e 100 km/h também são esperadas, com possibilidade de queda de granizo. O risco de alagamentos, quedas de árvores e cortes de energia elétrica é alto. O segundo alerta laranja, válido até as 13h, apresenta condições similares ao primeiro e abrange grande parte dos mesmos municípios, incluindo áreas próximas à Região Metropolitana.

Outros dois alertas, desta vez amarelos, indicam perigo potencial. Ambos são válidos até as 10h e preveem chuva entre 20 e 30 milímetros por hora, podendo chegar a 50 milímetros no dia. Ventos intensos com rajadas de 40 a 60 km/h e queda de granizo também são possíveis. O risco de alagamentos, quedas de galhos de árvores e cortes de energia elétrica é baixo.

Defesa Civil emite recomendações

  • Evitar áreas abertas durante as tempestades;
  • Buscar abrigo em local seguro;
  • Desligar aparelhos eletrônicos;
  • Ficar atento a quedas de árvores e postes;
  • Em caso de emergência, ligar para o 190 (Polícia Militar) ou 199 (Defesa Civil)

Alerta laranja para o RS e SC (Reprodução/@inmet_/X)

Perigo potencial para RS e SC (Reprodução/@inmet_/X)

Chuvas intensas e ventos fortes atingem o Estado

No sudoeste do estado gaúcho, o alerta foi classificado como de “Perigo”. As chuvas podem alcançar até 100 milímetros por dia, com ventos variando entre 60 e 100 quilômetros por hora, além de ocorrência de granizo. Segundo informações do Inmet, há possibilidade de interrupção no fornecimento de energia elétrica, danos às lavouras, queda de árvores e inundações. Para o restante do estado e a região centro-sul de Santa Catarina, o Inmet emitiu um alerta de “Perigo Potencial” devido a tempestades. As precipitações não devem ultrapassar 50 milímetros por dia, acompanhadas por ventos de até 60 km/h, e há também a possibilidade de queda de granizo.

Em Porto Alegre, capital gaúcha, a temperatura ficará entre 17°C e 21°C. As chuvas, previstas para durar o dia todo, serão acompanhadas por trovoadas isoladas na capital gaúcha, segundo as previsões do Inmet. O final de semana será chuvoso, com trovoadas retornando no domingo e segunda-feira.

Nível do Rio Guaíba aumenta

Após duas semanas, o nível do Rio Guaíba voltou a ultrapassar a cota de alerta (3,15 metros) em Porto Alegre. A água superou a marca e chegou a 3,24 metros na manhã de quinta-feira (20). As informações são do Departamento de Recursos Hídricos e de Saneamento do Rio Grande do Sul. A última vez que o Guaíba havia superado a cota de alerta foi no dia 7 de junho. A água voltou a subir após fortes chuvas que atingiram a capital do Rio Grande do Sul nos últimos dias — em alguns pontos, como no Campo de Cima da Serra, mais de 200 mm foram registrados.

Em maio, durante a maior catástrofe climática do estado, o Guaíba superou a cota de inundação (3,60 metros), chegou a 5 metros e inundou diversos bairros de Porto Alegre, além de outras cidades do Rio Grande do Sul.