The New York Times afirma que Biden é inapto para a presidência e que deve desistir  

Em um editorial publicado na terça-feira (09), o jornal The New York Times voltou a criticar duramente o presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, Joe Biden. O jornal fez um pedido público para o Partido Democrata escolher outro candidato e que fale a verdade para Biden sobre sua incapacidade de continuar com a campanha. 

Desde o primeiro debate eleitoral ocorrido em junho, o periódico vem publicando artigos sobre a retirada de Biden. Porém, o recém-divulgado se trata de um editorial de opinião assinado por todo o conselho editorial do jornal, afirmando que o presidente não é apto para assumir um novo mandato. 

Palavras duras

No editorial, o jornal afirma que Joe Biden estaria “passando vergonha” e que, ao manter a candidatura, ele continuará colocando em risco todo o seu legado na política. Em determinado momento do texto, eles citam uma pesquisa de público onde 74% dos entrevistados acreditam que Biden está muito velho para assumir novamente o cargo de presidente. 

Atualmente, o democrata tem 81 anos e, se for reeleito, ele terminará o mandato em 2028 com 86 anos. Para os jornalistas, nessa idade, ele não deve realizar dois dos trabalhos mais exigentes no mundo: “servir como presidente e fazer campanha para a presidência”.


Capa do editorial do The New York Times (Foto: reprodução/The New York Times/nytimes.com)

O The New York Times, prossegue destacando que a candidatura do político pode significar uma possível ameaça de vitória de Donald Trump e, se os democratas desejam fugir desse cenário, devem convencer Joe Biden a desistir da campanha. O jornal declara que Trump também não é apto para comandar a Casa Branca e que sua vitória colocaria a democracia em risco. 

Eles encerram a matéria dizendo que Biden se perdeu no papel de presidente e que a melhor chance dos democratas na eleição será a sua desistência. 

Debate iniciou as discussões

O primeiro debate eleitoral entre os dois candidatos à presidência, ocorrido no dia 27 de junho, iniciou as discussões sobre a desistência de Joe Biden. No evento, o democrata não conseguiu rebater as acusações falsas feitas por Donald Trump e se mostrou muito confuso no confronto. 


Debate entre Biden e Trump (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


O líder da Casa Branca admitiu posteriormente que não se saiu bem durante o debate, o que levantou os comentários e apoio para sua desistência. Ele chegou a mandar uma carta para o partido democrata na segunda-feira (08), alegando que continuará na disputa e que o movimento para sua retirada só contribui para beneficiar Trump.

 As eleições americanas estão previstas para acontecer no dia 5 de novembro, ainda sem mudanças nos candidatos. 

Jornais e revistas dos EUA pedem que Biden renuncie candidatura à presidência

A noite da última sexta-feira (28/06) trouxe à tona o ponto de vista de alguns dos principais jornais dos Estados Unidos, como “Financial Times”, “The New York Times” e “The Wall Street Journal”, e também de revistas como “The Economist”, quanto à reeleição de Biden para a presidência do país, o qual está concorrendo contra Donald Trump, que atuou no cargo de 2017 a 2021; as eleições ocorrerão no dia 5 de novembro deste ano.

Esses veículos de comunicação revelaram em seus artigos, os quais representam sua posição, a apreensão da possível derrota de Biden, e o que a vitória de Trump pode significar para a democracia, que seria comprometida severamente.

A ideia de que Biden deva desistir de se reeleger surgiu na quinta-feira (27/06), após o desempenho negativo no debate eleitoral com Trump, candidato republicano. Não apenas a imprensa estadunidense pensa em sua renúncia, mas até mesmo seu partido.

Os editoriais

Financial Times

A competência de Biden para derrotar o candidato republicano é colocada em pauta neste jornal, o qual menciona que o estado do presidente aparenta estar extremamente frágil para a tarefa de vencer Donald Trump.

Segundo o jornal, os atos de Joe Biden serão recordados pela história, da vitória contra Trump em 2020, a algumas das medidas legislativas mais substanciais dos últimos tempos. Todavia, os debates têm o poder de persuadir os eleitores e as eleições como um todo, e este pode ser o momento em que Biden perde a esperança de se reeleger, por aparentar fragilidade para continuar na presidência.

Apesar de defenderem que a mente do presidente permanece aguçada, seu desempenho no debate foi desesperador.

The Wall Street Journal

O jornal declarou em seu editorial que o atual presidente não está pronto para mais quatro anos no cargo, e que o Partido Democrata precisa escolher prontamente um novo candidato, pois, Trump deseja que Biden seja seu adversário, “mas o país merece uma escolha melhor”.

Tal reeleição é um ato egoísta, visto o declínio do candidato, mesmo após diversos avisos. E o declive de Biden poderá ocasionar a vitória de Trump, uma vez que “ditadores ambiciosos agem quando sentem o cheiro de fraqueza”, segundo o The Wall Street Journal.

The New York Times

O jornal, que recebeu o maior número de visitas online mensalmente no ano passado, relata que é preciso haver um candidato democrata que possa ganhar de Trump, visto que a vitória deste é uma ameaça à democracia do País, não crendo que este candidato possa ser Biden.

É frisado que a postura de Biden no debate de quinta-feira foi a da sombra do “presidente admirável” que um dia fora, tendo inclusive dificuldade para completar frases, e que não é mais o homem de quatro anos atrás, por mais que o debate tentasse provar o oposto, e que o candidato pode repetir o feito da última eleição.

Todavia, o fato de ter vencido Trump há quatro anos, deixou de ser motivo o suficiente para que Biden seja o candidato democrata deste ano, conforme o jornal.

The Economist

O texto do jornal relata que foi agonizante assistir o comportamento do presidente durante 90 minutos, e também pede que não siga com a reeleição, pois o desempenho do debate foi demasiadamente instável para alguém que estará no emprego mais árduo do mundo durante quatro anos.

O jornal diz que, caso Biden se preocupe com sua incumbência, o maior ato que pode fazer para o povo, é renunciar sua candidatura.

Revista Time

A revista publicou uma reportagem comentando a falta de desempenho do presidente no último debate, comentando que “pânico” não é o suficiente para explanar como os eleitores democratas sentiram-se ao assistirem à performance do candidato.

A capa da revista chamou atenção pela montagem realizada, e a palavra em destaque.


Capa da revista “Times” (Foto: Reprodução/X/@BRICSinfo)

Posicionamento do presidente

Durante o comício que ocorreu nesta sexta-feira (28/06) na Carolina do Norte, a conduta de Joe Biden implica que este permanecerá como candidato democrata, e que vencerá também as próximas eleições, e a coordenadora da campanha declarou que não haverá qualquer resignação.

Alexandre de Moraes convoca Bolsonaro a se explicar sobre a ida à embaixada da Hungria

O ex-presidente Jair Bolsonaro tem até esta quarta-feira (27) para  explicar oficialmente o porquê  passou dois dias na embaixada da Hungria após ter tido seu passaporte confiscado pela Polícia Federal (PF). Nesta segunda-feira (25), após a divulgação das imagens das câmeras de segurança publicadas pelo jornal americano The New York Times, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu o prazo de 48 horas para que a defesa do ex-presidente apresente uma explicação oficial para o ocorrido. 

Até o fechamento desta reportagem, Bolsonaro ainda não concedeu explicações formais ao ministro Moares sobre o que o teria motivado a se hospedar por dois dias na embaixada da Hungria, localizada em Brasília, visto que o ex-presidente possui residência na cidade. 


Câmeras de segurança flagram Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria, em Brasília, por dois dias consecutivos. (Foto: reprodução/NYT)

Bolsonaro não poderia ser preso na embaixada

De acordo como mostram as imagens divulgadas pelo The New York Times, Jair Bolsonaro deu entrada na embaixada da Hungria no dia 12 de fevereiro e saiu dia 14. Nesse sentido, a PF iniciou uma investigação sobre as motivações que levaram o ex-presidente a se hospedar no local logo após ter tido seu passaporte apreendido pela Operação Veritas, que investiga a tentativa de golpe de Estado durante o fim do governo Bolsonaro. 

Especialistas políticos especulam a medida tomada pelo ex-presidente, visto que é estritamente proibida a entrada de policiamento dentro de embaixadas estrangeiras, isso porque tecnicamente missões diplomáticas de outros países não podem ser cobradas por não cumprirem as mesmas leis da nação em que a está localizada. Dessa forma, polícias apenas poderão cumprir mandatos nestes estabelecimentos mediante a autorização.

Nesse sentido, especula-se o porquê Jair Bolsonaro decidiu se hospedar na embaixada da Hungria logo após ter tido seu passaporte confiscado pela PF, que havia cumprido mandados de busca e apreensão, com autorização do ministro relator do caso, Alexandre de Moraes,  nas residências dos investigados pela tentativa de golpe de Estado. 

Explicação prévia da defesa de Bolsonaro

Horas depois da divulgação das imagens pelo The New York Times, Jair Bolsonaro explicou que costuma comparecer a embaixadas por todo país. Advogados que compõem a equipe de defesa do ex-presidente também se pronunciaram revelando que o comparecimento à embaixada foi para “manter contato com autoridades do país amigo”.