Na noite em que o público esperava uma reviravolta, o The Voice Brasil estreou no SBT em posição desconfortável na medição do Ibope: ficou em 3° lugar no ranking de audiência na Grande São Paulo, atrás da final do Estrela da Casa (Globo) e do reality A Fazenda 17 (Record).
O programa musical, apresentado por Tiago Leifert e idealizado por Boninho, oscilou entre 3,8 e 4,5 pontos durante sua exibição. Em diversos momentos, perdeu por quase 3 pontos para A Fazenda. Mesmo contando com apelos promocionais, como a chamada que o programa “apenas começaria após a morte de Odete”, referência ao capítulo emblemas de Vale Tudo na Globo, o resultado não foi o esperado.
Esse desempenho representa uma freada para o SBT, que vinha apostando alto no retorno do formato musical como alternativa para abalar a hegemonia dos concorrentes no horário nobre.
Razão para o tropeço
O Estrela da Casa teve uma noite de consagração. Marcou picos elevados e manteve firme média de audiência durante todo o programa, emplacando a Globo como líder absoluta da noite. Com isso, muitos espectadores já estavam “fisgados” por aquela atração e pouco dispostos a migrar para o canal rival.
Somando a isso, o timing da estreia do The Voice em uma noite tão carregada de expectativas pode ter sido imprudente. A força da concorrência mostrou-se avassaladora.
Olha eleees! Os novos técnicos estão entre nós. No time de quem você entraria? #TheVoiceBrasil pic.twitter.com/uJypY2rl6e
— The Voice Brasil (@TheVoiceBrasil) October 7, 2025
Postagem do The Voice apresentando os jurados da edição (Reprodução/X/@TheVoiceBrasil)
Enquanto o novo reality musical patinava, A Fazenda 17 surfou em sua própria dinâmica e garantiu o segundo lugar de forma confortável. Os momentos decisivos do programa, como provas e eliminação, puxaram o público para a Record, reforçando a resiliência do formato.
Desafio para o SBT: reconquistar e fidelizar
Para o SBT, o resultado é um alerta: não basta trazer um formato consagrado, é necessário adaptá-lo ao público e à estratégia do canal. The Voice Brasil precisará se reinventar rapidamente se quiser escapar da sombra dos gigantes. Isso pode significar ajustes no cronograma, desgaste promocional, reforço no elenco de técnicos ou até mudanças estruturais no formato.
O que vai definir o destino do programa é se ele consegue agregar valor, gerar engajamento, e principalmente, audiência consistente, nas próximas semanas. A expectativa agora é ver se a versão nacional do The Voice será capaz de virar o jogo ou se ficará marcada por uma estreia morninha diante de rivais assombrados.