Operação especial fará as buscas por caminhões portadores de materiais tóxicos que caíram no Rio Tocantins

Uma empresa privada será responsável pela limpeza do Rio Tocantins após a queda da ponte Juscelino Kubitschek. A instituição especializada em transformação ecológica, Ambipar, terá o trabalho focado em prevenir que os produtos químicos que estavam dentro dos caminhões que caíram no rio contaminem o meio ambiente.

Três caminhões transportando 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas haviam caído com o desabamento da ponte no último domingo (22).


Ponte Juscelino Kubistchek após queda (Reprodução/Francisco Sirianno/Grupo Mirante/Jornal do Tocantins)

Há risco de contaminação?

De acordo com o supervisor de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Caco Graça, os tanques dos caminhões que transportavam químicos permaneceram intactos durante a queda. O maior risco era de haver algum vazamento com o impacto.

O pior cenário seria se a carga tivesse sido expelida durante a queda. Isso não aconteceu, os tanques estão intactos, a partir da visão do sonar da Marinha e, também, das equipes técnicas, que identificaram isso

Afirmou o supervisor nesta quinta-feira (26)

Segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), se houver vazamento, não atingirá os limites estabelecidos pelo ministério da saúde e ainda estaria própria para o consumo humano. No entanto, o abastecimento de água pelo Rio Tocantins teria que ser interrompido para testes nas amostras de água.

Outras atualizações do caso

Um grupo de mergulhadores encontrou, nesta quinta-feira (26), mais dois corpos no Rio Tocantins após a queda da ponte. Com isso, o número de mortes confirmadas sobe para 8, mas 9 pessoas ainda permanecem desaparecidas. A identificação das novas vítimas ainda não foi feita.

Até o momento, apenas Jairo Silva Rodrigues, de 36 anos, foi resgatado com vida. As buscas persistem desde o domingo (22).

Na manhã desta quinta-feira, o Governador do Maranhão, Carlos Brandão, estabeleceu um luto de 3 dias em função da queda da ponte Juscelino Kubitschek. 

Incêndio em Lagoa da Serra no Tocantins assusta turistas e causa destruição

Um incêndio atingiu a Lagoa da Serra, em Rio da Conceição, Tocantins, na última quarta-feira (04), provocando a evacuação urgente de turistas. O fogo destruiu quiosques e a vegetação ao redor do ponto turístico, conhecido por sua beleza natural e proximidade com o Parque Estadual do Jalapão. O Corpo de Bombeiros controlou as chamas, sem registro de feridos.

As condições climáticas, como vento forte e tempo seco, dificultaram o combate ao incêndio, que se alastrou rapidamente pela área. Os turistas precisaram deixar o local às pressas, e duas preguiças foram vítimas das chamas.


Incêndio destrói Lagoa da Serra (Foto: reprodução/perrengueMT)

Aumento de queimadas preocupa autoridades

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Tocantins tem registrado um aumento significativo nos focos de queimadas em 2024. Até o início de setembro, o estado já somava mais de 9.600 focos, o dobro em comparação ao mesmo período do ano anterior. As autoridades locais enfrentam dificuldades para controlar os incêndios devido às condições climáticas adversas e ao difícil acesso em áreas mais remotas, como a Lagoa da Serra.


Local antes do desastre (Foto: reprodução/Kaliton Mota/TV Anhanguera)

A Lagoa da Serra é parte do complexo das Serras Gerais, que inclui diversas atrações turísticas. O local é um dos portais para o Parque Estadual do Jalapão, conhecido por suas paisagens de cerrado e trilhas naturais. O incêndio comprometeu a área e assustou turistas, que relataram a necessidade de evacuar o local às pressas.

Resgate de animais e destruição na região

Além dos danos materiais e ambientais, o incêndio também afetou a fauna local. No fim de semana, duas preguiças foram cercadas pelo fogo. Uma delas morreu carbonizada, enquanto a outra foi resgatada por moradores, mas sofreu graves queimaduras. Leonardo Moreira, veterinário responsável pelo tratamento do animal sobrevivente, destacou as dificuldades de alimentação que muitos animais enfrentam após serem resgatados em situações de queimadas.


Brigadistas apagando fogo na ponte que liga a Lagoa da Serra (Foto: reprodução/Divulgação/Ascom CBMTO)

Em outra área do estado, na região do Bico do Papagaio, moradores de povoados relataram perdas significativas devido ao fogo. Casas foram destruídas e animais de fazendas, como o gado, ficaram desnorteados, sem pasto para se alimentar. O Corpo de Bombeiros continua monitorando a situação e atuando para evitar novos focos de incêndio.