Avião de Lula faz manobra por segurança antes de pousar em São Paulo

O avião que transportava o presidente Lula até São Paulo precisou adiar o pouso no Aeroporto Bertram Luiz Leupolz, em Sorocaba, nesta terça-feira (18). A aeronave teve que dar meia-volta para conseguir pousar em segurança por volta das 15h30. O procedimento é realizado quando há alguma intercorrência na pista ou no clima, sendo considerado seguro e normal pela aviação.


Avião presidencial (Foto: reprodução/Dircinha Welter/Getty Images Embed)


Motivo da viagem

O presidente Lula está acompanhando o processo de expansão da empresa Toyota no Brasil, que investirá R$ 11,5 bilhões no país até 2030. Ele viajou ao lado dos ministros Fernando Haddad e Luiz Marinho para visitar a fábrica automotiva.

A empresa está presente no Brasil há mais de 65 anos, e este é o maior investimento oficializado pela montadora no país nos últimos anos. O projeto também inclui a construção de uma nova fábrica para a produção de modelos híbridos, que combinam um motor a combustão com um elétrico.

Lula já havia visitado a cidade no último dia 14 de março para participar da cerimônia de entrega da nova frota de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O presidente saiu de Brasília para São Paulo, mas retornará ao Planalto ainda hoje.


Momento em que o avião de Lula faz tentativa de pouso, mas arremete por segurança (Vídeo: reprodução/Instagram/@sorocabanices)


Avião presidencial

Segundo a Defesa Civil, na tarde desta terça-feira (18), a cidade de Sorocaba, em São Paulo, registrou fortes ventos de até 54 km/h, o que motivou o piloto do avião presidencial a adotar o procedimento de espera para pouso.

No entanto, em outubro do ano passado, Lula passou por uma experiência ainda mais tensa. Seu avião precisou voar por 4h30 sobre a Cidade do México operando com apenas um motor. Na época, o presidente comentou que todos a bordo tiveram tempo para refletir sobre a vida e rever atitudes.

“Você pensa, como ser humano, o que cometeu de erro, de acerto, se passou pela Terra como um cara bom ou ruim, o que fez de errado… Alguns com mais medo, outros mais tranquilos”, disse o petista, que viajará para o exterior na próxima semana.

Após o ocorrido, José Múcio, ministro da defesa, chegou a apresentar algumas opções para a troca de aeronave para Lula, porém foi definido que o momento político não ajudaria a realizar a mudança por conta do alto custo para a troca.

Alckmin diz que Toyota deverá investir R$ 11 bilhões no Brasil nos próximos anos

Nesta último domingo (03), o vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), revelou que a Toyota deve fazer um anúncio na terça-feira sobre futuros investimentos no país. Um dado citado foi o de que a multinacional japonesa deve trazer R$ 11 bilhões durante os “próximos anos“.

Na terça-feira, em Sorocaba […] a Toyota anunciará investimento de 11 bilhões de reais no país nos próximos anos,” escreveu Alckmin no X, antigo Twitter.

Até o momento, a empresa afirmou que “não comenta sobre possíveis/eventuais planos futuros”, mas tudo indica que o anuncio deve ser realizado na sua fábrica de automóveis em Sorocaba (SP). O investimento é significativo, e poderá acompanhar a criação de 2 mil novos empregos, indicando a opinião positiva de investidores sobre esse setor da economia brasileira.



Governo brasileiro

O vice-presidente atribuiu a nova notícia como resultado dos programas governamentais Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e Combustível do Futuro – iniciativas que visam aumentar a qualidade do combustível nacional e moderar o seu impacto no meio-ambiente – e das decisões econômicas do governo do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com respeito à sustentabilidade.

A Toyota está no Brasil há 66 anos e vem contribuindo enormemente para o adensamento das nossas cadeias produtivas,” disse Alckmin. “Seu anúncio é uma demonstração clara da confiança dessa grande empresa japonesa em nossa economia.

Setor automotor

Em fevereiro deste ano, o presidente Lula também já se encontrou com o presidente do Grupo Hyundai Motor, Eui-Sun Chung, momento em que a empresa sul-coreana anunciou US$ 1,1 bilhão em investimentos no Brasil até 2032. Somados com outros investimentos da Renault, Volkswagen, e General Motors, fica claro o forte poder de atração que as políticas atuais sobre o setor tem surtido algum efeito.

Até 2029, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) determinou em uma pesquisa que o setor brasileiro deverá receber mais de R$ 100 bilhões, contabilizando uma quantia importante para realizar a planejada “reindustrialização” e “descarbonização” do setor automotivo.