Tremor de magnitude 4,8 em Portugal relembra pior terremoto do país

Nesta segunda-feira, dia 17 de fevereiro, um terremoto de magnitude 4,8 atingiu a cidade de Caparica, em Portugal. Toda a costa da cidade sentiu o tremor, que também foi percebido na capital, Lisboa, localizada a apenas 18 quilômetros de distância.

O terremoto teve uma profundidade de apenas 10 quilômetros, o que amplificou sua intensidade. Os dados foram coletados pelo Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), embora o monitoramento na região seja responsabilidade do Centro Sismológico Euro-Mediterrâneo. Segundo este órgão, não há risco de tsunami associado ao tremor.

Não há notícia de vítimas

Até o momento, não há informações sobre vítimas ou danos materiais significativos causados pelo terremoto. Autoridades locais seguem monitorando a situação e aguardam relatos de possíveis impactos. Moradores da região relataram sentir um forte abalo seguido de pequenas réplicas, mas sem grandes consequências. Especialistas afirmam que novos tremores secundários podem ocorrer nas próximas horas.

Portugal tem um histórico de atividade sísmica. Em agosto de 2024, um terremoto de magnitude 5,4 abalou Lisboa, sendo um dos mais fortes registrados na última década. No entanto, o maior terremoto da história do país ocorreu no século XVIII, quando um tremor de magnitude 9 devastou a capital portuguesa.


Bandeira de Portugal (Foto: reprodução/Image by Ramesh Thadani/Getty Images Embed)


Terremoto do século XVIII

O terremoto de 1755 foi catastrófico. Além dos danos estruturais causados pelo abalo sísmico, a cidade enfrentou tsunamis e incêndios que agravaram a destruição. O desastre durou cerca de seis dias e resultou na morte de mais de 90 mil pessoas. Esse evento foi um marco mundial e levou Portugal a uma extensa reconstrução da capital, praticamente refazendo Lisboa do zero.

Diante dos recentes tremores, especialistas recomendam que a população esteja sempre preparada para emergências. As autoridades reforçam a importância de medidas preventivas e planos de evacuação, especialmente em áreas de maior risco sísmico. O monitoramento contínuo é essencial para minimizar impactos e garantir a segurança dos moradores. O governo português estuda aprimorar sistemas de alerta e reforçar construções para aumentar a resistência a futuros abalos sísmicos.

Uma sequência de terremotos em Santorini vem preocupando a Grécia

A ilha de Santorini, um dos destinos turísticos mais populares da Grécia, enfrentou uma série de tremores ao longo do mês de fevereiro.

Na última quinta-feira, 6 de fevereiro, um forte abalo sísmico de magnitude 5,2 atingiu a região, levando o governo a decretar estado de emergência.

O primeiro-ministro Kyriákos Mitsotákis afirmou que o ocorrido não representou um risco grave para o país, embora centenas de moradores tenham abandonado suas casas por precaução.

Moradores da ilha tentando fugir do terremoto (Foto: Reproduçõ/x/g1)

Detalhes sobre os tremores

A atividade sísmica intensa em Santorini não é uma surpresa, visto que a Grécia está situada em uma zona de convergência de placas tectônicas, tornando o país suscetível a terremotos e erupções vulcânicas.

O arquipélago de Santorini, formado após uma grande erupção vulcânica há milhares de anos, ainda apresenta sinais de atividade geológica significativa. O recente aumento na frequência dos tremores reforça a preocupação das autoridades e dos especialistas sobre a possibilidade de um evento sísmico de maior magnitude.

De acordo com o Serviço Geológico Britânico, que monitora a atividade tectônica global utilizando inteligência artificial, os tremores na região começaram no dia 1º de fevereiro e já somam mais de 20 mil abalos. A maior parte desses tremores tem sido de baixa intensidade, mas o número elevado demonstra um aumento na instabilidade sísmica da área.

A preocupação das autoridades

O governo grego mobilizou equipes de resgate e assistência para Santorini, a fim de garantir a segurança da população e minimizar os danos. Kyriákos Mitsotákis visitou pessoalmente o hospital local e o quartel do corpo de bombeiros para avaliar a infraestrutura e verificar a capacidade de resposta da ilha diante de novos tremores. Apesar dos abalos, o turismo na região continua, mas com medidas de segurança reforçadas.

As autoridades seguem monitorando a situação de perto, alertando os moradores e turistas sobre os protocolos de segurança em caso de novos tremores. O episódio reforça a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura resistente a terremotos e sistemas de alerta precoce para minimizar riscos à população e ao patrimônio histórico da ilha.

Rock in Rio 2024: Travis Scott encerra primeiro dia de shows

O rapper Travis Scott foi o responsável por fechar o primeiro dia de shows do Rock in Rio desta sexta-feira (13). O norte-americano se apresentou no Palco Mundo, após Mc Cabelinho e o Coral das Favelas, que fecharam o Palco Sunset. 

Como o primeiro headline do evento, Travis foi aguardado pelo público do Palco Mundo com altas expectativas. O cantor se apresenta quase três anos após a tragédia dos Estados Unidos, onde a comum roda punk resultou na morte de 10 pessoas, o momento também conhecido como mosh é um dos mais aguardados do primeiro dia na Cidade do Rock.

Travis iniciou a sua apresentação com um verdadeiro espetáculo visual, mostrando que mesmo em meio ao autotune característico ao som de “Hyaena”, ele possui outros meios de fisgar a atenção do público, quase o hipnotizando com o melhor show de luzes que verão em suas vidas. 


Travis Scott no Rock in Rio 2024 (reprodução/Multishow)

Na setlist, como já era esperado, a canção “My Eyes” do álbum “Utopia”, em homenagem aos fãs do trágico show de 2021, se tornou um dos poucos momentos de lucidez e energia não psicodélica de Travis, atribuindo um diferencial a performance apoteótica do rapper. 

Dessa vez, a esperada roda punk estava menos motivada do que costume, talvez pelo receio marcado pela história ou simplesmente pelo cansaço. Os poucos que tentaram tornar o momento memorável através do mosh, acabaram por rodar em frustração ao invés de entre empurrões. O momento chegou a embalar por poucos minutos enquanto Travis cantava “Thank God”, mas não rendeu o esperado.  


Roda punk ou mosh se formando (reprodução/Multishow).

Estrutura fora do normal 

O grande marco da noite de Travis Scott no encerramento do primeiro dia da Cidade do Rock foi sem dúvidas a estrutura descomunal que o artista escolheu para proporcionar ao público a experiência completa. Contando com um trabalho visual impecável, a arquitetura do show de Travis dispensou o palco principal do Palco Mundo, que se tornou um mero apoio para o desenvolvimento completo da apresentação do norte-americano, que aconteceu mais perto do público, em uma passarela exclusiva para a voz de “Fe!n”. 


Estrutura do show de Travis Scott (reprodução/Instagram/@rockinrio)


Mas como nem tudo é flores, a estrutura exclusiva do cantor, além da experiência inovadora, também proporcionou um atraso significativo no início do show e, anteriormente, rendeu um breve desentendimento entre a equipe do norte-americano e da brasileira Ludmilla, após se recusarem a deixá-la usar da estrutura já disponível. A confusão resultou em uma rasa incerteza quanto a participação da “Rainha da Favela” no Rock in Rio. 

Exemplo de acessibilidade 

Diferente da maioria das apresentações do dia, Travis estava empenhando na proximidade com os fãs, desde o posicionamento da estrutura do seu show quanto a participação do público. O rapper chegou a chamar três fãs para o palco enquanto cantava “Sirens”. Os jovens, em uníssono, compartilhavam a mesma energia de Travis, embalando as canções no palco ao lado do cantor. 


Momento em que Travis Scott leva fãs ao Palco Mundo (Reprodução/Instagram/@hugoglos/Multishow)


Diferente dos fãs, a imprensa não teve a oportunidade de se sentir tão próxima do cantor, que prezou pela sua privacidade e retirou o campo de visão do backstage.

Detalhes 

Além das músicas mais famosas, Travis Scott ainda cantou a música tema da turnê do seu último show em São Paulo, nesta quarta-feira (11), intitulada de “Circus Maximus”, a canção de Travis em parceria com The Weeknd e Swae Lee aborda temas como o autoconhecimento, a fama e a busca constante por autenticidade em um mundo onde a superficialidade é mais valorizada. 

Um dos pontos da noite também foram as promessas de tremores quando o astro tocasse “Fe!n”. A ideia começou após relatos de tremores sísmicos causados pelo show do rapper na última quarta-feira (11), em São Paulo. Os vizinhos próximos ao Allianz Parque chegaram a notificar as autoridades sobre possíveis “minitremores” nas dependências da atração de Travis.

Finalizando a noite com “Telekinesis”, Travis sustentou com excelência o papel de encerrar o primeiro dia do RiR com chave de ouro, mostrando que sua experiência com produção não ficou no passado, a transmitindo na união entre a conexão com o público e o visual, se provando um perfeito showrunner