Segundo pesquisa, Biden e Trump seguem empatados em disputa pela presidência dos Estados Unidos

Nesta quarta-feira (03), foi publicada uma pesquisa presidencial feita pela Reuters/Ipsos, que mostra o ex-presidente Donald Trump e o atual presidente dos Estados Unidos Joe Biden empatados, ambos contam com 40% de apoio de eleitores americanos.

A pesquisa foi realizada em dois dias e finalizada na terça-feira (02), participaram desse levantamento 1.070 americanos que enviaram as suas respostas de maneira online, ao menos 20% dos participantes da pesquisa registraram que não sabem qual candidato irão votar.


O presidente dos Estados Unidos Joe Biden durante o primeiro debate presidencial (Foto: reprodução/ Christian Monterrosa/AFP/Getty Images Embed)


Eleitores mostram insegurança em relação a candidatura de Biden

Com um desempenho considerado ruim no primeiro debate presidencial, foi perguntado aos eleitores na pesquisa Reuters/Ipsos se concordavam com a seguinte afirmação que “Biden tropeçou e pareceu mostrar sua idade”, a pesquisa indicou que 83% dos democratas e 97% dos republicanos concordaram com a frase.

 A mesma afirmação foi feita somente trocando o nome de Biden por Trump e somente 58% dos democratas e 11 % dos republicanos fizeram está avaliação do desempenho de Donald Trump no debate.

A pesquisa fez cenários sem Joe Biden

Desde o fim do primeiro debate presidencial, foi ventilado rumores de uma eventual desistência de Joe Biden da sua candidatura à presidência dos Estados Unidos. O levantamento apresentou para os eleitores seis nomes democratas, dentre eles a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, o governador da California, Gavin Newsom, e a ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.

O cenário entre Kamala Harris e Donald Trump, a pesquisa mostra que não haveria uma grande mudança em relação ao cenário atual. Trump levaria uma pequena vantagem com 43% contra 42% de Harris.

Já o desempenho de Gavin Newsom seria pior que de Kamala Harris, o governador democrata da Califórnia teria 39% contra 42% de Donald Trump.

O único nome citado na pesquisa e que venceria Trump é a de Michelle Obama, que conseguiria 50% contra apenas 39% de Trump. Vale lembrar que em algumas ocasiões Michelle Obama já revelou que não disputaria a presidência.

Julgamentos de Trump devem acontecer somente depois das eleições

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump pode conseguir evitar o julgamento de três processos criminais, pelo menos por agora, esses processos provavelmente só irão para julgamento após as eleições americanas. Trump enfrentava quatro processos criminais, em um deles Trump já havia sido condenado, que foi no caso de suborno feito pelo promotor público de Manhattan.

Nesta segunda-feira (01/07), a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que Trump tem direito a uma imunidade presidencial. O acontecimento fez com que a equipe de advogados de Donald Trump entregasse uma carta a Suprema Corte, contestando a condenação de Trump no processo de Nova York.


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Donald Trump durante um debate presidencial na CNN (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Concessão de imunidade presidencial a Trump

O motivo pelo qual os processos de Trump enfrentam uma incerteza, é por conta da decisão da Suprema Corte americana de conceder ao ex-presidente Donald Trump uma imunidade presidencial limitada, isso irá permitir que Trump reivindique uma imunidade criminal pelas suas últimas ações que Trump tomou como presidente. O placar da votação na Suprema Corte foi de 6 a 3.

Agora o tribunal de primeira instancia terá que analisar quais ações de Trump podem ser imunes, levando enquanto a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos. Trump declarou que a decisão é “grande vitória para a Constituição e a democracia”.

Os três processos contra Donald Trump

O ex-presidente americano enfrenta ainda três processos criminais, o primeiro deles é um caso de subversão federal, o procurador especial Jack Smith argumentou que Donald Trump causou desordem durante o acontecimento das eleições de 2020. O julgamento desse caso não tem previsão para acontecer, no entanto com a decisão de imunidade para Trump a tendencia é que demore mais alguns meses para o processo ser julgado.

O segundo processo criminal contra Trump, envolve acusações de o ex-presidente ter ocultado informações para a defesa nacional o que pode ter causado uma obstrução de uma investigação federal. Este processo teve uma troca de juízes, a juíza do caso agora é Aileen Cannon, esse fato deve fazer com que o processo demore mais alguns anos para chegar a julgamento.

O terceiro processo, trata de uma acusação de interferência nas eleições de 2020 na Geórgia, este processo está paralisado no momento. Isso está acontecendo porque o tribunal de apelações da Geórgia está analisando uma possível quebra de padrões éticos devido a um suposto caso de Fani Willis com Nathan Wade, que atuou como seu principal promotor no processo. Se for confirmado a quebra de padrões éticos é provável que o processo seja acabado.

Kamala Harris pode assumir candidatura à presidência dos EUA no lugar de Biden

Caso Biden desista da candidatura à presidência dos Estados Unidos, a atual vice Kamala Harris assumira a corrida à candidatura e seu nome aparece entre os favoritos para os democratas. No último dia 28, o atual presidente e o ex presidente participaram de um debate no qual foi desastroso para o então presidente do partido democratas.

Pesquisas do Instituto Morning Consult, apontam que 30% dos democratas apoiam a candidatura da atual vice para presidência e Gavin Newsom aparece logo em seguida com 20% nas pesquisas. Com nível de aprovação próximo a do atual presidente Biden, a Kamala Harris passou os últimos anos tentando se destacar em seu papel como vice-presidente com intuito de se torna titular a corrida para Casa Branca.

Sobre Kamala Harris

A atual vice-presidente Kamala, tem 59 anos, formada em Direito e Ciências Políticas, já foi procuradora e senadora antes se de torna a primeira mulher vice-presidente dos EUA. No ano de 2020 chegou a se apresentar como candidata a corrida a Casa Branca e em algum momento liderou as pesquisas, mas com a perca de apoio e de recursos financeiro acabou desistindo. Kamala tornou-se essencial na candidatura do presidente Joe Biden, pois, sua presença na chapa foi usada para trair aa minorias, negros, mulheres e filhos de imigrantes.


Kamala Biden (Foto: reprodução/Instagram/@kamalaharris)


Existiu uma expectativa em relação a posição da Kamala no governo Biden, esperava-se que ela se destacasse a ponto de assumir a corrida como sucessora de Biden nas eleições de 2024, mas sua baixa popularidade à tornou praticamente invisível, antes de completar um ano pesquisas apontaram que nos últimos 50 anos ela foi a mulher mais impopular da história.

Destaques de Kamala durante a presidência de Biden

No ano de 2020, Kamala, se destacou em apoiar o direito ao abordo, ela enfatizou que os extremistas e os lideres estavam restringindo os direitos ao invés de ampliá-los


Kamala palestrando sobre liberdade reprodutiva 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@kamalaharris)


 Outro momento de destaque foi em 2023, quando ela subiu o tom contra a Rússia, na guerra contra Ucrânia. Fazendo-se assim com que fosse a primeira vez que os estados unidos acusassem a Rússia publicamente contra crimes a humanidade.

Eleições Estadunidense 2024

Na corrida a presidência dos EUA, em 2024, Kamala vem viajando para fortalecer a chapa e mobilizar a população negra votarem nas eleições, pois essa população é essencial para o partido democrata. Após, o último debate na quinta-feira (28), Kamala enfatizou uma defesa de Biden e se colocou como alternativa a assumir o posto.

Seus planos atuais vigoram em captação de recursos e em contatos com doadores poderá causar boas impressões e se colocar a disposição como substituta de Biden.

Matéria por Ailton Liam – Lorena R7.

Foto destaque: Kamala Harris (Reprodução/Instagram/@kamalaharris)

Trump não pretende bloquear medicamentos para aborto caso seja eleito 

No debate para a presidência dos Estados Unidos que ocorreu nesta quinta-feira (27), das muitas declarações feitas entre os principais candidatos, Biden e Trump, uma em questão se tornou rapidamente comentada por muitos: a declaração voltada às medicações abortivas ditas pelo candidato republicano, Donald Trump.  

Declaração de Trump em debate

Em meio a histórica corrida presidencial, ocorreu o primeiro debate entre os candidatos Joe Biden, do partido Democrata e atual presidente, e Donald Trump, do partido Republicano. A primeira discussão entre os políticos aconteceu na CNN e muitos pontos importantes dos Estados Unidos e do mundo foram perguntados.

Um dos tópicos levantados foi ligado a onda de discussões a respeito da saúde reprodutiva feminina, em especial os medicamentos para aborto. Durante a discussão, o ex-presidente e atual candidato, Donald Trump, afirmou não pretender bloquear tais medicações caso seja eleito e ainda complementou dizendo que concordava com a recente decisão da Suprema Corte.  

No início desse mês de junho, o Supremo Tribunal rejeitou uma ação judicial contrariando a abordagem da Food and Drug Administration para regulamentar a pílula abortiva, mifepristona, com uma decisão que continua permitindo que as pílulas sejam enviadas aos pacientes sem consulta médica presencial. 


Donald Trump em primeiro debate pela disputa presidencial nos Estados Unidos (Foto: reprodução/Will Lanzoni/ CNN)

“Coloquei três grandes juízes da Suprema Corte no tribunal e eles votaram a favor da derrubada de Roe v. Wade, e transferir a decisão de volta para os estados. Agora os estados estão resolvendo isso”

Donald Trump

Debate Presidencial Americano

O primeiro debate da disputa presidencial, ocorrido na CNN, reviveu o tradicional confronto entre democratas e republicanos. Contudo, esta é a primeira vez que o atual presidente e um ex-presidente dos Estados Unidos protagonizam um debate. 


Donald Trump e Joe Biden em primeiro debate pela presidência no estúdio da CNN, em Atlanta, na Geórgia (Foto: reprodução/ Will Lanzoni/ CNN)

Programada para acontecer no dia 5 de novembro deste ano, uma terça-feira, as eleições americanas estão cada vez mais próximas e a rapidez da sua chegada reflete no discurso dos candidatos. Isso é notável principalmente em seu interesse em prestar posição aos mais diversos assuntos relacionados a política nacional e internacional.

Em um cenário de guerra, na Europa e no Oriente Médio, o público analisa que o futuro representante da potência mundial mais importante do mundo precisa ser conciso, coerente e apesar de tudo, humano.

Biden e Trump tiveram seu primeiro embate direto e o ex-presidente republicano se mostrou combativo e preparado, apesar de farpas e declaradas falsidades. O atual presidente, o democrata Joe Biden, ainda se mostra frágil e quase despreparado.

O desempenho do primeiro debate fala por si só entre as palavras que mais tiveram relevância em uma das noites mais importantes para a política de 2024 e mostra como a disputa está mais acirrada do que era o esperado.  

Biógrafo diz que Donald Trump tem memória fraca

O candidato do partido republicano, Donald Trump, de 78 anos, que está concorrendo as eleições presidenciais deste ano, contra o atual presidente Joe Biden, de 81 anos, entre outros adversários políticos, recentemente recebeu acusações do biógrafo, escritor e jornalista Ramin Setoodeh, por supostamente apresentar problemas de memória. Setoodeh esteve apenas seis vezes com o ex-presidente, realizando entrevistas para escrever o livro Apprentice in Wonderland, que em português significa Aprendiz no país das maravilhas, no ano de 2021, período em que o republicano havia acabado de sair da Casa Branca.


Trump é acusado de problemas de memória por jornalista (Foto: reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)


Uma entrevista repleta de revelações

Em conversa durante a apresentação do talk show de notícias matinais americano, Morning Joe, do canal de notícias MSNBC, o jornalista afirmou que Trump não se lembrava dos últimos encontros que tiveram e por isso o processo de escrita levou mais tempo do que o esperado. Além disso, Ramin disse que Trump achava que ainda possuía influência acerca da política internacional, como em um dia, afirmou que tinha que resolver problemas do Afeganistão, apesar de isto não ser possível na época. Segundo o escritor, em outro episódio, o republicano havia declarado que a apresentadora de TV e atriz, Joan Rivers, o havia apoiado com seu voto, para o cargo de presidente no período de 2016, entretanto, a artista já havia falecido em 2014.


Trump foi entrevistado por Ramin Setoodeh por seis vezes (Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)


Os altos e baixos durante a corrida à Casa Branca

Antes mesmo do início das eleições presidenciais serem anunciadas, eleitores tanto de Trump, como de Biden, candidatos opositores que estão concorrendo a uma vaga na Casa Branca em 2024, têm utilizado da internet como ferramenta para atacar seus concorrentes. Apoiadores fanáticos e fiéis aos representantes de seus partidos, têm proporcionado a divulgação de fake news, espalhado boatos e disseminado rumores sem comprovação legítima, no intuito de prejudicar seus opositores, e tentarem obter vantagem na disputa eleitoral.

É um fato inegável que a sanidade mental e disposição para ocupar um cargo de grande importância, como a presidência dos Estados Unidos da América, é uma questão de principal interesse dos estadunidenses, segundo as pesquisas feitas aos eleitores do país. Contudo, é necessário cautela e ética para lidar com questões que possuem cunho político.

Donald Trump critica auxílio financeiro de Joe Biden à Ucrânia

A atual presidência dos Estados Unidos, Joe Biden (presidente) e Kamala Harris (vice-presidente), é declaradamente aliada da Ucrânia e de seu líder, Volodymyr Zelensky, tendo em vista que nos últimos dias, foi anunciado o envio de um auxílio de US$ 1,5 bilhão para a capital Kiev, em reunião realizada na Suíça.

Em outra reunião feita na última semana, desta vez na Itália, o presidente norte-americano, junto a seus aliados do G7, destinou um empréstimo de 50 bilhões de dólares para os ucranianos, onde existia uma preocupação para a decisão rápida desta ajuda, para que não dependesse das eleições em novembro, nos Estados Unidos.

Declarações de Donald Trump

Sob o ponto de vista do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump, Zelensky é visto como um inimigo, basicamente. Trump o definiu como “o maior vendedor de todos os tempos”, como forma de criticar as assistências recebidas pela Ucrânia do governo Biden.


Trump falando sobre Zelensky (Vídeo: reprodução/canal JP news)

Resultado das afirmações de Trump

O candidato republicano prometeu que em caso de eleição em novembro, deve estremecer as relações com Volodymyr e a Ucrânia, já que tem apoio declarado ao líder russo, Vladimir Putin, além das críticas exacerbadas à Ucrânia.

As falas do candidato à presidência dos EUA causaram aflição não só em Volodymyr Zelensky, como também em outros países europeus envolvidos na fala de Trump. As opiniões e afirmações de Trump repercutem na imprensa norte-americana, com a colunista do “The Atlantic”, Anne Applebaum, dizendo o seguinte sobre as declarações do ex-presidente:

“É um momento realmente extraordinário. Temos um ex-presidente fora do poder ditando a política externa americana em nome de um ditador estrangeiro ou tendo em mente os interesses de um ditador estrangeiro”

Anne Applebaum, do “The Atlantic”.

Ainda em 2023, Trump chegou a realizar algumas ameaças aos membros da Otan, que não tivessem quitado seus débitos na aliança militar ocidental, dizendo que iria estimular a Rússia a “fazer o que quiser” com os mesmos.

Campanha de Trump ataca Biden após condenação de Hunter Biden

No dia 5 de novembro, acontece a eleição presidencial nos Estados Unidos. Trump e Biden concorrem a uma reeleição, porém o ex-presidente Donald Trump aproveitou a condenação de Hunter Biden filho do atual presidente para promover sua campanha na corrida política.

“Este julgamento não passou de uma distração dos crimes reais da Família do Crime Biden, que arrecadou dezenas de milhões de dólares da China, Rússia e Ucrânia”.

Declaração inicial obtida pela CNN sobre a campanha de Trump

Apesar da afirmação do ex-presidente, não existem evidências de grandes ganhos por parte de Biden da China, ou que o atual presidente tenha enriquecido de outra forma além da contada por ele.

Em uma parte do texto da campanha de Donald Trump, está escrito: “O reinado do corrupto Joe Biden sobre o Império Criminoso da Família Biden chegará ao fim em 5 de novembro, e nunca mais um Biden venderá acesso governamental para lucro pessoal. Quanto a Hunter, desejamos a ele boa recuperação e processos legais”, porém, depois da publicação, a campanha de Trump enviou uma declaração atualizada retirando os votos de boa recuperação a Hunter.

Hunter Biden

Com 54 anos, Hunter é o segundo filho de atual presidente Joe Biden. Ele é um advogado e lobista americano, além ser sócio da Rosemont Seneca Partners, uma empresa de consultoria internacional. Hunter é casado com Melissa Cohen Biden uma ativista sul-africana de 38 anos desde 2019.


Hunter Biden (Foto: Reprodução/CNN)

O empresário tem quatro filhos: Naomi Biden, sua primogênita de 30 anos, Maisy Biden (23) e Finnegan Biden (23), fruto de sua relação com Kathleen Buhle (55), uma escritora americana com quem foi casado de 1993 a 2017, e Navy Joan Roberts, sua filha com a jogadora de basquete Lunden Alexis Roberts (33).

Condenação

Nesta terça-feira (11), um júri federal do Tribunal de Delaware, nos Estados Unidos condenou Hunter Biden no seu caso envolvendo uma arma. O empresário foi considerado culpado nas três acusações relacionadas à compra do revólver em outubro de 2018.

O julgamento contra Hunter teve início no último dia 3. Ele foi indiciado em setembro de 2023 por posse ilegal de arma. O processo foi levado à Justiça dos EUA pelo promotor David Weiss, nomeado em 2017 pelo ex-presidente Donald Trump.

O crime em questão é a mentira de Hunter na documentação no momento de adquirir a arma de fogo. Ele alegou que não usava drogas ao preencher o documento, mas na verdade era usuário de cocaína e crack. A sentença ainda não foi anunciada.

Biden chega à França para comemorações do Dia D

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarca em Paris nesta quarta (5) para cumprir compromissos nas cerimônias de celebração dos 80 anos do Dia D, data que marca o desembarque dos Aliados na Normandia. A visita de Biden tem propósitos além das celebrações, nessa viagem o presidente quer reforçar laços com os países europeus diante da ameaça de seu rival à presidência Donald Trump. O presidente da Rússia Vladimir Putin não foi convidado para a celebração apesar de a União Soviética ter lutado ao lado dos Aliados.

Biden, que fará um discurso durante as celebrações, planeja contrastar a sua visão de democracia com a de Trump. Além disso, realizará uma reunião formal com o presidente francês Emmanuel Macron e se juntará a outros líderes europeus para fazer uma manifestação em conjunto em apoio à Ucrânia.

As Tensões

A estadia de Biden na França está marcada por algumas tensões. Dentre elas, a ausência de Putin se destaca visto que a Rússia lutou contra o Regime Nazista na Segunda Guerra Mundial. Em contrapartida, o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky estará na celebração e pretende discutir com Biden e Macron as necessidades de seu país na guerra. Rússia e Ucrânia travam uma disputa territorial desde 2022 com o segundo sendo apoiado pelos Estados Unidos e pelos países ocidentais.

Além disso, a presença de Sergio Mattarella, presidente da Itália, pode provocar desconforto com o líder estadunidense, já que a Itália, juntamente com a Hungria, tem mostrado apoio ao seu rival Trump. O secretário de segurança Nacional dos EUA Jake Sullivan revelou que Biden planeja fazer um discurso de alerta à política isolacionista promovida durante o governo Trump. O secretário acredita que em meio a uma crescente desordem na Europa, os “amantes da liberdade” precisam se unir em oposição a isso e aos ditadores.

O Dia D


Soldados dos Aliados chegando na Normandia no Dia D (Reprodução/ Getty Images embed)


O Dia D foi o dia em que cerca de 156 mil soldados do Reino Unido, França, Estados Unidos e Canadá invadiram a Normandia, na zona norte da França. Nessa época, os soldados nazistas, sob ordem de Adolf Hitler, dominavam parte da Europa ocidental, incluindo a França. Esse evento marcou uma reviravolta na Segunda Guerra Mundial levando ao seu fim 11 meses depois.

Na cerimônia deste ano, Macron planeja três dias de celebrações em que serão prestadas homenagens às vítimas francesas da ocupação nazista. O evento também irá contar com cerimônias nos cemitérios de guerra na costa da Normandia, um evento internacional na praia de Omaha e discursos de líderes dos países Aliados.

Trump entra com pedido para suspender ordem de silêncio após julgamento sobre suborno

Nesta última terça feira (04/06), o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump enviou um pedido de levantamento de uma ordem de silêncio para o juiz do seu caso de suborno envolvendo uma atriz pornô.

No dia 3 de junho uma carta do advogado de Trump, Todd Blanche, tornou-se pública e nela o advogado escreveu o seguinte: “Agora que o julgamento terminou, as preocupações articuladas pelo governo e pela Corte não justificam restrições contínuas aos direitos de Primeira Emenda do presidente Trump“.

Em abril, quando se iniciou o julgamento, os promotores do processo haviam pedido ao juiz Juan Merchan, para impor uma ordem de silêncio contra Donald Trump, por causa de seu histórico envolvendo declarações classificadas como intimidadoras.

O histórico complexo de Trump

A partir do início do julgamento que se arrastou por meses, o ex-presidente dos EUA fez várias declarações consideradas polemicas sobre o processo.

Ainda em maio, o juiz do caso, Juan Merchan. aplicou a 10ª multa no valor de US$ 1.000 (cerca de R$ 5.000), por descumprimento da ordem de silêncio. E ainda na época, o juiz avisou que se os desacatos continuassem teria que prender o ex-presidente dos Estados Unidos. Merchan ainda tinha declarado que esse artificio seria somente usado em última instância.

Trump foi multado várias vezes durante o julgamento, como, por exemplo, em entrevistas que tiveram declarações do ex-presidente criticando o corpo do júri. E até mesmo declarações em redes sociais foram multadas no valor de US$ 9.000 (cerca de R$ 45.000).


Trump foi considerado culpado de ocultar um pagamento para à ex-atriz pornô Stormy Daniels em 2016 (Foto: reprodução/Yuki Iwamura/Pool/Reuters)

No dia 30 de maio, o júri de Manhattam considerou Trump culpado de 34 acusações sobre esconder um pagamento de US$130.000 à atriz de filmes adultos Stormy Daniels, em 2016. No entanto, o candidato republicano nega ter tido qualquer tipo de relacionamento com a atriz.

Trump quebra recordes de arrecadação eleitoral um dia após condenação por fraude

No dia 31 de maio, 24 horas após ser condenado 34 vezes por fraude, o ex-presidente Donald Trump arrecadou US$ 52,8 milhões (cerca de R$ 278 milhões) para sua campanha presidencial, quebrando recordes online para o Partido Republicano. O valor deixa o pré-candidato à Casa Branca mais perto da marca de seu adversário político, Joe Biden, que captou US$ 84 milhões (R$ 444 milhões) em fundos eleitorais pelo Partido Democrata em 2024.

Após mais de um mês de julgamento, na última quinta-feira (30), Donald Trump foi condenado de forma unânime por um júri nova-iorquino por fraude fiscal, ao fazer pagamento de propina à atriz pornô Stormy Daniels durante a reta final das eleições presidenciais de 2016. Por meio de seu então advogado, Michael Cohen, o empresário teria pago US$ 130 mil para ela não revelar à imprensa um caso extraconjugal que os dois tiveram uma década atrás, o que prejudicaria sua campanha. O valor foi registrado como parte dos honorários pagos ao advogado, que é uma das testemunhas no caso. Em depoimento à justiça, Trump nega qualquer relação entre ele e a atriz.

As recentes acusações judiciais enfrentadas chamam atenção para a figura polêmica do ex-presidente, e a alta arrecadação após a condenação pode evidenciar isso. Enfrentando outros três processos na justiça americana, ele se declara inocente em todos eles e alega perseguição política. Entre os crimes pelos quais está sendo julgado, estão a obtenção de documentos da defesa nacional da Casa Branca, que foram achados em sua residência na Flórida após ele deixar a presidência, e a tentativa de interferência nas eleições federais de 2020.


Ex-presidente Donald Trump durante o julgamento por fraude. (Foto: reprodução/Jabin Botsford/Pool/Reuters)

Os valores arrecadados para a campanha presidencial do empresário só podem ser comprovados em alguns meses, quando o “WinRed”, plataforma de processamento online para os republicanos, e os comitês de campanha apresentarem os registros na Comissão Eleitoral Federal. A condenação do ex-presidente também impulsionou as doações para a campanha democrata, ainda que em menor escala. O partido de Joe Biden arrecadou quase US$ 1,3 milhão em uma hora, durante a noite do veredito, segundo a “ActBlue”, que processa as contribuições do partido.

Apesar da condenação ter ocorrido na semana passada, a sentença só será proferida pelo juiz do caso, Juan Merchan, em 11 de julho. Fatores como a idade do empresário, 77 anos, e o fato de, por ser ex-presidente, possuir proteção vitalícia do Serviço Secreto, serão considerados na hora da sentença, por isso, é improvável que ele seja preso. 

Além disso, ele ainda pode ser eleito pela população norte-americana. A Constituição dos Estados Unidos não possui nenhuma regra específica em que um condenado da justiça não possa se candidatar à Casa Branca.