Biden diz que Otan acompanhará o aumento de produção de armas na Rússia

Os países-membros da aliança político militar do ocidente, mediante a Otan devem aumentar a produção industrial de armamentos para acompanhar a fabricação de armas e munições da Rússia. O presidente dos EUA, Biden declarou nesta quarta-feira (10), em Washington, na Cúpula da Otan que, o país membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, Rússia está a aumentar a capacidade armamentista. Em resposta, ele informou sobre a expansão da capacidade de produção industrial do ocidente com a Otan.

Expansão da aliança militar ocidental

“Não podemos permitir que a aliança fique para trás”, advertiu o democrata ao anunciar sobre o comprometimento dos membros da Otan para a expansão da capacidade industrial armamentista mais rápida e necessária.


Biden, em discurso na Otan, em Whashington, adotou um tom de defesa contra a Rússia e aunciou o aumento da capacidade produtiva armamentista da Otan (Foto: reprodução/Denis Doyle/getty images embed)


“Podemos e defenderemos cada centímetro do território da Otan, e faremos isso juntos”, em tom de defesa, ele prosseguiu.

O que pautou a Cúpula da Otan

Realizada entre 9 e 11 de julho deste ano, em Washington, o Presidente dos EUA, Joe Biden foi o anfitrião. Os temas centrais dessa agenda, foram os três eixos: 1. Potencializar o papel da Otan na coordenação e financiamento da assistência militar à Ucrânia; 2. Reforçar a defesa de todos os países membros do bloco e debater o combate sobre a Rússia; e 3. Expandir as parcerias com a ásia, em função do contexto de confronto entre ocidente e China.

A partir dessa agenda, o líder democrata prometeu que, forçaria à Ucrânia, cinco sistemas de defesa aérea adicionais para combater a Rússia. Segundo ele, os EUA juntamente com a Alemanha, Itália, Holanda e Romênia, disponibilizarão sistemas de mísseis terra-ar Patriot e outros, como suporte e ajuda ao país.


Biden prometeu que os aliados forneceriam à Ucrânia, cinco sistemas de defesa (Foto: reprodução/Sean Gallup/Getty images embed)


O Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, na oportunidade, adotou um tom cauteloso ao afirmar à imprensa presente sobre não ver diretamente uma ameaça militar da Rússia.

Capitalismo e guerras

Uma das características do sistema de produção capitalista, é a capacidade de renovação constante, ainda que, sob a égide de sua contradição. Quando seu sistema entra em colapso, em função do limite da capacidade de consumidores, ele entra em crise. É nesse momento em que as grandes corporações submetem os estados nacionais (política a serviço da economia), para uma solução a curto prazo de retomada da circulação do capital: a guerra.

A guerra não só aumenta a produção industrial armamentista – U$ 65 bilhões em 2015, como mobiliza em segundo setor, a construção civil, cuja cadeia produtiva retroalimenta a indústria, o comércio e os serviços. De quebra, elimina os excedentes populacionais e reequilibra oferta e demanda na sociedade.

EUA anunciam novo pacote de 1,4 bilhões em armas e equipamentos para a Ucrânia


Um novo pacote de 1,4 bi em ajuda para que a Ucrânia possa combater os ataques da Rússia, próximo à cidade de Kharkiv, foi anunciado pelos Estados Unidos, nesta sexta-feira (24). O porta-voz americano, Departamento de Estado, detalhou quais os suplementos urgentes necessários para a operação e combate.

No pacote, estão inclusos, munição para HIMARS (lançador múltiplo de foguete), mísseis, cartuchos de artilharia, sistema antiblindados e munição aéreas de precisão.

G7 também discute em como ajudar a Ucrânia

Os ministros das finanças do G7 se reuniram nesta sexta-feira (24), para debater as formas de utilizar os aproximadamente R$ 1,3 trilhão das reservas cambiais da Rússia, congelados pelos países ocidentais quando ela invadiu expansivamente a Ucrânia, em fevereiro de 2022.



Ilustração da Cúpula do G7 reunida (Foto: reprodução/Pinterest)

Essa mobilização, somada aos EUA aconteceram quando o governo russo montou um ataque surpresa à região da cidade de Kharkiv, localizada ao norte da Ucrânia. A intensificação desses ataques marca e movimentam o ocidente para mobilizar ajuda militar ucraniana, em Kiev.

A intenção é mobilizar esses recursos que eram da Rússia para o benefício do povo ucraniano.

Apoio dos EUA e União Europeia (UE) pode movimentar R$ 258 bilhões

Ambos os apoios expostos na reunião do G7, levantam o apontamento que, dos R$ 1,3 trilhão dos recursos congelados da Rússia, será possível destinar R$ 258 bilhões, como empréstimo concedido.

Esse ainda é um debate que vai passar por uma série de acordos, entre eles, a assinatura do presidente americano, Joe Biden, e outros membros da cúpula, no próximo mês, na Itália.

O plano não retira todo o fundo da Rússia, uma vez que a UE teme que os outros países pertencentes ao bloco, sejam desencorajados de manter as suas reservas financeiras.

Logo, se trata de um empréstimo das reservas cambiais da Rússia, que estão no bloco da UE, e devem ser vindos dos futuros lucros das reservas cambiais do país, que estavam detidas no bloco.