Filme com Rodrigo Santoro conquista mais um prêmio

O filme “O Último Azul”, do diretor Gabriel Mascaro, foi premiado pela Associação Nacional das Distribuidoras Audiovisuais Independentes (ANDAI). A organização enfatizou a relevância da obra e certificou que ela será exibida em pelo menos 40 salas de cinema brasileiras. O longa está em circuito internacional de festivais e tem previsão para chegar ao Brasil no segundo semestre de 2025.

Premiações

O filme teve sua estreia mundial no dia 16 de fevereiro, durante a 75ª edição do Festival Internacional de Berlim. Na ocasião, “O Último Azul” recebeu o prêmio Urso de Prata – Grande Prêmio do Júri, por ser considerado o segundo filme mais prestigiado da competição. 


Elenco recebe prêmio no Festival Internacional de Berlim (Foto: reprodução/Halil Sagirkaya/Anadolu via Getty Images Embed)


No mesmo festival, o longa também conquistou o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio dos Leitores do jornal Berliner Morgenpost. 

A obra de Gabriel Mascaro participa do circuito internacional de festivais, e até agora garantiu a presença em 13 mostras, em países como a China, Islândia e República Tcheca. A exibição está confirmada em mais de 15 países, como França, Alemanha, Portugal e Espanha. No Brasil, a distribuição será feita pela Vitrine Filmes.

No início de abril, o filme estreou na América Latina, com a transmissão no Festival de Cartagena das Índias, na Colômbia. Neste mês, ele ainda passa pelo Festival de Buenos Aires (BAFICI), que acontece entre os dias 1 e 13 de abril, e pelo Festival de Cinema de Istambul (IKSV), na Turquia, que começa no dia 11 e termina no dia 22 de abril. 

“O Último Azul”

O longa se passa em um Brasil distópico, onde o governo cria colônias para idosos desfrutarem os seus últimos anos de vida de maneira confortável. A trama acompanha a idosa Tereza, que deseja realizar uma viagem para a Amazônia antes de ser transferida para a habitação. Mesmo sem a permissão do governo, a senhora embarca para a viagem secretamente.

“O Último Azul” conta com um elenco composto por grandes nomes como Rodrigo Santoro (Cadu), Denise Weinberg (Tereza), Miriam Socorrás (Roberta) e Adanilo (Ludemir).

“O Último Azul”: produção brasileira leva Urso de Prata em Berlim

No último sábado (22), o Festival de Berlim entregou o cobiçado Urso de Prata a uma produção brasileira. “O Último Azul”, estrelado por Rodrigo Santoro, Denise Weinberg e dirigido por Gabriel Mascaro, foi o grande vencedor da segunda maior premiação do cinema internacional, que aconteceu em Berlim, na Alemanha, ao conquistar o Prêmio do Júri.


“O Último Azul” recebe Urso de Prata em Berlim (Vídeo: reprodução/X/@fabianalr_)

Ao lado dos protagonistas, o Mascaro subiu ao palco para agradecer o prêmio e ainda deixou uma mensagem sobre o significado de sua produção.

“‘O Último Azul’ fala sobre o direito de sonhar e acreditar que nunca é tarde para achar significado na vida. Muito obrigado.”

Na trilha da premiação

Além do Urso de Prata, o longa-metragem também conquistou outros prêmios na competição. Prêmio do Júri Ecumênico, dado a produções que se destacam abordando e promovendo valores humanos, sociais e espirituais, como justiça, dignidade, reconciliação e esperança. 


Rodrigo Santoro, Gabriel Mascaro e Denise Weinberg na estreia de “O Último Azul” na 75ª edição do Berlinale (Foto: reprodução/Instagram/@primeiroplanocom)

A produção também recebeu o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost, concedido por júri formado pelos leitores do jornal alemão homônimo.

Rodrigo Santoro nas redes

Nas redes sociais, Santoro, protagonista da produção, aproveitou o espaço privilegiado para deixar uma mensagem ao público e também lembrá-los da importância da sobrevivência do cinema brasileiro para o mantimento da nossa própria cultura, além de transportá-la ao mundo. 

“Nós fazemos filme por amor a arte. A gente faz filme para contar nossas histórias, para falar da cultura do nosso país. Brasil é um país incrível, maravilhoso, que merece ser descoberto pelo mundo inteiro com toda a sua diversidade cultural.”

Santoro enfatiza que “O Último Azul” busca despertar uma reflexão sobre o tratamento dos idosos na sociedade brasileira. Além disso, ele espera que a produção emocione o público e provoque mudanças na forma como essa questão é vista.

O urso de ouro e prata

O troféu do Festival Internacional de Cinema de Berlim (Berlinale), amplamente reconhecido por seu formato de urso, vai além de um simples símbolo estético. Ele carrega um profundo valor cultural, representando a identidade histórica de Berlim e sua conexão com a arte cinematográfica.

Inspirado no animal que compõe o brasão oficial da cidade de Berlim desde o século XIII, o urso representa força, coragem e resiliência e, por teoria popular, passada na história de geração em geração, sugere que a palavra “Bär”, que significa urso em alemão, influenciou o nome da cidade.

Assim, no Festival de Berlim, o urso simboliza não apenas os valores históricos da cidade, mas também fortalece a identidade do evento. Além disso, essa representação destaca a missão do festival de reconhecer produções inovadoras e de grande impacto artístico.

As cores prata e ouro dividem a premiação: o Urso de Ouro é o prêmio máximo, dado ao melhor filme de da Competição Oficial. O Urso de Prata, concedido em diversas categorias, inclusive autônomas ao Prêmio Oficial.