Vanessa Lopes faz alerta sobre os riscos do cigarro eletrônico

A influenciadora e ex-BBB Vanessa Lopes surpreendeu seus seguidores ao abrir o coração sobre um período delicado de sua vida: o vício em cigarro eletrônico. O hábito, iniciado em 2019 durante um intercâmbio no Canadá, evoluiu rapidamente para uma dependência que​ comprometeu sua saúde e quase a fez perder a voz — sua principal ferramenta de comunicação.

Segundo Vanessa, o uso constante do vape resultou em uma série de problemas graves como: calo nas pregas vocais, pneumonia, bronquite e agravamento de uma asma já existente. Em uma consulta, ouviu de um médico uma frase que mudou tudo: “Você vai perder a sua voz”. O alerta a fez repensar o consumo e buscar tratamento.

O processo não foi simples. Além de tratamento médico, Vanessa precisou passar por uma cirurgia para retirar o calo e as amígdalas, e hoje segue em acompanhamento fonoaudiológico e aulas de canto para recuperar completamente a voz. “A abstinência é bizarra, dói muito, psicologicamente e fisicamente. Mas dói muito mais descobrir que vai perder a voz, os pulmões e até a saúde”, desabafou.

O alerta por trás da história

O relato de Vanessa joga luz sobre uma tendência crescente: o uso de cigarros eletrônicos entre jovens e adultos. Dados recentes da Unifesp/Ipsos mostram que 8,4% dos adolescentes entre 14 e 17 anos usaram vape em 2024 — índice muito superior ao dos que fumam cigarro tradicional (1,7%).


Post da Ex-ministra da saúde Nísia Andrade (Vídeo: reprodução/X/@nisia_andrade)


Especialistas lembram que, ao contrário da imagem de “alternativa segura” vendida em muitos países, os dispositivos liberam nicotina, aldeídos, metais e substâncias que irritam a mucosa respiratória, favorecendo inflamações, doenças pulmonares e até câncer.

Uma voz que ecoa além das redes

Hoje, dois anos após a cirurgia, Vanessa ainda segue em processo de recuperação, mas transformou sua experiência em um alerta. Seu depoimento, emocionado pela sinceridade, reforça a importância de discutir os riscos do cigarro eletrônico. “Não foi fácil abandonar, mas foi necessário. Escolher a vida, a voz e a saúde foi o melhor que fiz por mim mesma.”

A decisão de Vanessa Lopes de expor sua experiência é de grande importância social, especialmente pelo alcance que ela tem entre adolescentes e jovens adultos — justamente o público mais atraído pelo cigarro eletrônico.

Ao compartilhar suas dificuldades e consequências reais, ela quebra a imagem de que o vape é inofensivo ou apenas um “acessório de estilo”, mostrando que o vício traz riscos sérios à saúde. Mais do que um relato pessoal, seu desabafo funciona como um alerta coletivo e pode ajudar outras pessoas a repensarem seus hábitos antes que seja tarde.


BBB 25: Vitória Strada revela luta contra vício em cigarro eletrônico

Vitória Strada surpreendeu os telespectadores do “Big Brother Brasil 25” ao falar sobre sua dificuldade para deixar o vício em cigarro eletrônico, popularmente conhecido como vape. A atriz disse ter subestimado os riscos do dispositivo e contou sobre o esforço necessário para superar a dependência.

Vitória disse que, no início, via o uso do cigarro eletrônico como um hábito sem importância. Contudo, ao tentar interromper o consumo, percebeu o quanto estava dependente.

“Eu achava que era só um hábito bobo, mas quando tentei parar, percebi que estava muito mais dependente do que imaginava. Foi mais difícil do que qualquer outra coisa que já enfrentei”, admitiu ela em uma conversa com outros participantes.


Durante o confinamento, Vitória Strada passou a usar o cigarro convencional (Foto: reprodução/Globoplay)

Riscos do cigarro eletrônico

Conforme o médico pneumologista Dr. Flávio Arbex, caso não tivesse conseguido interromper o vício, Strada poderia desenvolver problemas bem mais sérios para a saúde. “Eles podem causar inflamações pulmonares, doenças cardiovasculares e até câncer a longo prazo”, afirmou o especialista.

Ele também acrescentou que alguns cigarros eletrônicos possuem concentrações muito altas de nicotina, equivalentes ao consumo de trinta maços de cigarro em poucos dias. “Essa alta concentração é o que torna os vapes extremamente perigosos. Toda nicotina é viciante, mas a dose alta presente nos cigarros eletrônicos potencializa esse risco”, sinalizou o especialista.

Maneiras para abandonar o vício e conscientização

Segundo o pneumologista, para interromper o vício é importante buscar ajuda médica para que o profissional da saúde avalie o nível de dependência e assim, determinar o melhor tratamento.

Outra alternativa indicada é a terapia comportamental, que possibilita entender os gatilhos emocionais e comportamentais que levam ao uso do cigarro eletrônico.

Além disso, é fundamental incluir atividades físicas e hábitos saudáveis na rotina, pois ajudam a diminuir os sintomas de abstinência e melhorar a qualidade de vida.

O médico diz que o relato de Vitória Strada foi essencial para iniciar discussões nas redes sociais a respeito das consequências do vício. Para ele, é necessário alertar sobre os perigos desses dispositivos, principalmente pelo risco de dependência e consequências muito mais graves que o cigarro convencional pode causar.

Ana Castela recusa cigarro eletrônico durante show: “Eu jogo fora”

Ana Castela, (21) chamou atenção por recusar um cigarro eletrônico oferecido por um fã durante um show no Rio Grande do Sul no último final de semana. A sertaneja caminhava perto do público quando foi surpreendida por um fã que ofereceu um cigarro eletrônico. “Eu jogo fora se você me der, eu jogo fora!”, declarou a cantora durante o show.

Um vídeo do momento tem viralizado nas redes sociais, muitos fãs elogiaram a reação da cantora. Ana já se posicionou outras vezes contra o uso do cigarro eletrônico, também conhecido como vape.


Ana Castela recusa cigarro eletrônico oferecido por um fã (Reprodução/X/@poponze)


Cigarro eletrônico

Em junho, um vídeo da cantora de 21 anos viralizou nas redes sociais. Nas imagens, Ana aparece recolhendo os cigarros eletrônicos dos seus amigos. Ela fez um alerta sobre os perigos do cigarro eletrônico para a saúde e pediu para os amigos pararem de usar o dispositivo: “Agora, pode não fazer mal. Mas no seu futuro, sim, fazer muito mal. Tem pessoas que morrem por causa disso e não quero que as pessoas que eu amo morram”, desabafou Ana Castela.


Ana Castela faz alerta sobre os danos causados pelo uso do cigarro eletrônico (Reprodução/X@vaidesmaiar)


Os cigarros eletrônicos surgiram há alguns anos como uma alternativa ao cigarro tradicional e rapidamente se tornaram populares entre os jovens. Apesar de ter sido apresentado como um produto que causa menos danos à saúde, estudos recentes revelaram que o uso do dispositivo pode causar sérios riscos à saúde.

O cigarro eletrônico contém substâncias toxicas que, ao serem inaladas, podem causar danos irreversíveis ao sistema respiratório. A Organização Mundial de Saúde revelou que o uso do dispositivo aumenta em 20% as chances de desenvolvimento de doenças cardíacas e pulmonares.

Ana Castela

O posicionamento de Ana Castela contra o uso do cigarro eletrônico é muito importante para conscientizar os jovens sobre os danos que o dispositivo causa à saúde. A sertaneja tem ganhado destaque no cenário musical, seu estilo que mistura sertanejo e pop conquista o público jovem e Ana tem usado sua influência para transmitir mensagens importantes para o seu público.

Estudos na Coréia do Sul mostram relação entre cigarro eletrônico e câncer

As pessoas que deixaram de fumar cigarros convencionais e começaram a consumir cigarro eletrônico, possuem maior incidência em adquirir câncer de pulmão do que as que fazem uso de “vapes”, segundo um estudo realizado na Coréia do Sul publicado nesta semana. 

De acordo com Yeon Wook Kim, que liderou o estudo em um hospital da Universidade Nacional de Seul, conta:

Este é o primeiro grande estudo de base populacional que demonstra o aumento do risco de câncer de pulmão em usuários de cigarros eletrônicos após a cessação do tabagismo.”

Jovem usando vape (Reprodução/Getty Images Embed/Matic Grmek)

Os estudiosos examinaram Na Coréia do Sul mais de 4 mil pessoas que possuíam um considerado registro de tabagismo. Foram feitas análises em 2 anos diferentes: 2012-2014 e 2018, tendo sido feito mais um acompanhamento em 2021.

Pesquisam apontam que ex-fumantes que usam vape têm alto risco de câncer

Enquanto liam o acompanhamento, os pesquisadores constataram que mais de 50 mil usuários desenvolveram câncer de pulmão e 6 mil teriam vindo a óbito neste meio tempo.

Aqueles que haviam parado os cigarros comuns e passaram a fazer uso dos cigarros eletrônicos mostraram o maior risco de diagnóstico de câncer de pulmão e óbito do que aqueles que deixaram de fumar e também não fizeram uso de cigarros eletrônicos.

Substâncias químicas perigosas

A professora da Universidade de Cincinnati, nos EUA, Ashley Merianos, completa:

As substâncias químicas perigosas encontradas nos produtos de vaporização que podem danificar os pulmões incluem acroleína, formaldeído, diacetil e partículas ultrafinas que podem ser inaladas profundamente. Os produtos de vaporização também podem incluir metais pesados, como o chumbo.”

Os cigarros eletrônicos possuem um líquido que quando aceso aquece e é inalado. Alguns possuem tabaco, que é o componente maléfico causador de carcinoma. No entanto, os dispositivos eletrônicos contém itens fortemente nocivos ao organismo, embora com quantidades abaixo do que os cigarros convencionais.

Consulta da Anvisa gera polêmica sobre proibição de cigarros eletrônicos

Uma recente consulta pública feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelou uma divisão significativa na opinião pública brasileira em relação à proibição dos cigarros eletrônicos. Os resultados apontaram que apenas 37,4% das contribuições apoiaram a proposta da Anvisa de manter o veto aos aparelhos, levantando um debate cada vez mais acirrado.

Ao longo de dois meses, a consulta pública atraiu 13.930 manifestações, a maioria delas vindo de pessoas físicas, totalizando 97,73% das respostas. Dos participantes, 37,4% expressaram apoio à proposta da Anvisa, enquanto 58,8% apresentaram outras opiniões e 3,7% optaram por não responder.


Mais de 50% das pessoas foram contrárias à proibição dos cigarros eletrônicos (Foto: reprodução/Sérgio Lima/Poder360)

Repercussão

A análise das respostas também revelou que 57,7% dos participantes consideraram que a proposta da Anvisa teria impactos negativos, enquanto 37,1% viram repercussões positivas e 5,1% indicaram que haveria tanto impactos positivos quanto negativos.

A divisão também foi evidente entre diferentes segmentos sociais: profissionais da saúde (61,3%), outros profissionais (50,3%), entidades de defesa do consumidor (54,5%) e outros (55,9%) foram os que mais concordaram com a manutenção da proibição, enquanto apenas 33,3% dos cidadãos apoiaram o veto.

Argumentos e considerações

O debate sobre os cigarros eletrônicos tem sido mais frequente no país, com opiniões e argumentos conflitantes. Por um lado, entidades médicas como a Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia defendem a proibição, alertando para o risco de uma nova geração de dependentes em nicotina. Por outro lado, críticos argumentam que a proibição é ineficaz, considerando a circulação clandestina desses dispositivos.

Esses resultados vêm à tona em um momento em que o debate sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil está se intensificando, com propostas legislativas e pressões de diversos grupos de interesse.

Enquanto há setores que defendem a continuidade da proibição, baseando-se em preocupações relativas à saúde pública e ao potencial de dependência, há também aqueles que levantam dúvidas sobre a abordagem proibitiva em torno dos mercados clandestinos.