Putin culpa Ucrânia e acusa país por tentativa de bombardeio em Kursk

Vladimir Putin, presidente da Rússia, acusou o governo ucraniano de ameaça à segurança ao tentar bombardear a usina nuclear de Kursk, no dia 6 de agosto em uma ofensiva da capital ucraniana, Kiev. 

Durante uma reunião transmitida por uma emissora estatal russa, o presidente Putin aparece ao lado de membros governamentais e afirma, sem provas, que “a nação inimiga tentou atacar” a região durante a noite. 

Ataque à usina

Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ela “teria sido informada” e prometeu enviar especialistas para avaliar a situação. O local do suposto ataque fica a 50km dos combates entre as tropas militares russas e ucranianas e, receberá a visita na próxima semana de Rafael Grossi, diretor da AIEA.


Foto destaque: Presidente da Rússia, Vladmir Putin (Reprodução/Mikhail Svetlov/Getty Images)

Em contrapartida, a Ucrânia nega totalmente a suposta tentativa de ataque à usina. O chefe do departamento de combate à desinformação dentro do Conselho de Segurança Nacional e Defesa do país, Andrii Kovalenko, declarou que “o cenário que a o governo quer, onde forças militares ucranianas atam a usina de Kursk e são acusadas de terrorismo nuclear, não ocorreu” e sugeriu, ainda, que a própria Rússia poderia ter inventado essa provocação para chamar atenção em nível internacional, mas não apresentou provas.

Conflito nuclear

Desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, ambas as nações tem se acusado mutuamente de ameaçar a segurança nuclear e nacional. Em seus primeiros dias de ofensiva militar, o governo russo tomou uma base de energia abandonada em Chernobyl, no norte ucraniano e também a usina de Zaporíjia.

E, no início de agosto, foi registrado um incêndio em uma das torres de resfriamento na usina de Zaporíjia e, embora autoridades locais e a agência nuclear da ONU tenham afirmado que não houve ou há risco de acidente, as capitais Moscou e Kiev trocaram suposições sobre quem estaria responsável pelo incêndio. 

Em contraste com as acusações, Putin sofre críticas pela falta de transparência em suas declarações ao público sobre a gravidade da ofensiva ucraniana, uma vez que o governador de Kursk afirmou que 133 mil pessoas precisaram fugir ou serem retiradas dos distritos fronteiriços desde que a Ucrânia iniciou sua ofensiva. 

Biden faz diversos ataques a Trump em comício no Michigan

Apesar de estar em meio de uma pressão para abandonar a disputa pela reeleição, nesta sexta-feira (12), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viajou para Detroit, no Michigan. Durante o comício, o democrata de 81 anos demostrou energia e firmeza em seu discurso, fazendo piadas de sua própria persona e atacando o ex-presidente Donald Trump. 

Biden acusa Trump

Biden utilizou o comício para fazer diversas críticas ao seu rival republicano, criticando o elogio que o candidato fez o presidente russo, Vladimir Putin, pela invasão à Ucrânia. 

‘’Quando aquele açougueiro do Putin, que eu conheço há muito tempo, invadiu a Ucrânia, isso foi o que Trump disse (eu não estou inventando isso também): ele o chamou de gênio e disse que [aquilo] era maravilhoso’’.

Biden.  

Donald Trump junto ao Putin (Foto: reprodução/Getty Images embed/AFP/Jorge Silva)


Também chamou Trump de ‘’criminoso condenado’’ e começou a elencar os diversos processos pelo qual o bilionário responde ou foi condenado pela justiça. Começando com o caso de suborno a uma atriz pornô, a denúncia de abuso sexual feita pela jornalista E. Jean Carroll, a falsificação de informações sobre o seu patrimônio e sua influência na invasão ao capitólio, ataque que ocorreu em 6 de janeiro de 2021.  

Projeto 2025

O democrata também condenou o Projeto 2025, uma controversa emenda conservadora que propõe medidas para um possível segundo mandato de Trump que incluiria medidas como criminalizar a pornografia, acabar com o acesso ao aborto, mudanças nos departamentos de comércio e educação e ações para combater mudanças climáticas. 

Apesar do plano contar com a participação de 140 membros da campanha do republicano, o próprio magnata busca se desvincular desse projeto, algo que Biden o ataca em seu discurso. 


Biden acusa participação de Trump em projeto 2025 (Foto: reprodução/ Getty Images embed/Allison Joyce)


É um projeto do segundo mandato de Trump, que todo americano deveria ler e entender. Agora, claro, Trump está mentindo sobre isso, tentando se afastar como tentou com a revogação de Roe v. Wade [que antes permitia o aborto a nível federal nos EUA], porque ele sabe o quão tóxico é’’.

Continuou o presidente. 

Mesmo se obtiver um bom desempenho em seu comício em Michigan, a semana de Biden termina de maneira agridoce, após uma sequência de gafes no último dia da Otan, evento que ocorreu nesta última quinta (11), onde confundiu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky com Putin. 

Líder de Belarus afirma que seu exército não participou de ataque à Ucrânia

O presidente Alexander Lukashenko, líder desde 1944 de Belarus é o principal aliado do presidente Russo Vladimir Putin. O mesmo informou a agência de notícias estatal Belta, que Belarus não permitirá quaisquer confrontos na fronteira com a Ucrânia. 

Garanto que não permitiremos nenhum conflito na fronteira com a Ucrânia. Nunca haverá nenhum.”, disse o Presidente de Belarus na coletiva. 

 Alexander Lukashenko

Na semana passada, a Rússia lançou uma grande ofensiva militar, com grandes bombardeios aéreos e disparos de mísseis contra as principais cidades ucranianas. Algumas horas mais tarde, tropas russas, apoiadas por tanques, iniciaram uma invasão terrestre à Ucrânia.

Nessa mesma semana, a Belarus anunciou que destacou forças de defesa aérea adicionais para sua fronteira com a Ucrânia para proteger suas “instalações de infraestruturas críticas” devido ao aumento da atividade de drones ucranianos na área.

O líder autocrata ainda negou que militares de seu país estejam participando da guerra iniciada pela Rússia.


Alexander Lukashenko e Vladimir Putin (Foto Destaque: Getty Images Embed)

Moscou movimenta em sua ofensiva terrestre os milhares de soldados russos que posicionou no sul de Belarus, há várias semanas, para a realização de manobras militares conjuntas. A capital ucraniana, Kiev, fica a apenas 150 quilômetros da fronteira bielorrussa.

De acordo com que diz Lukashenko, o presidente russo, Vladimir Putin, telefonou a ele para fazer “um briefing muito detalhado da situação”. “Por volta das 5h de hoje (23h de quarta-feira em Brasília), ocorreu uma conversa telefônica” entre os dois líderes, informou a presidência bielorrussa em um comunicado. O documento reitera que Putin informou Lukashenko sobre “a situação na fronteira com a Ucrânia”, ou seja, referindo-se a regiões separatistas no leste da Ucrânia.

Bielorrússia e a Ucrânia

Os serviços de fronteira da Bielorrússia asseguraram que ainda tinham encontrado material para a fabricação de bombas caseiras na mesma zona, acusando um grupo de russos Pró-Ucrânia de estar preparando operações naquela região. Mas, as acusações agora subiram ainda mais o tom e, alegam que a Ucrânia estaria mesmo  mobilizando soldados para a zona fronteiriça, falando em “sabotagem” e “atos terroristas” por parte dos ucranianos.

Já o Governo da Ucrânia anunciou que se trata apenas de uma ‘operação de informação’ feita pela Bielorrússia com o apoio de Moscou.

Não é a primeira vez que a Bielorrússia disponibiliza dados sobre ameaças e apoio ucraniano. Essa é mais uma etapa da operação de informação conduzida pela Bielorrússia com a ajuda da Rússia. Entretanto, a situação no local permanece perigosa e é necessário um número significativo de soldados ucranianos na fronteira.

Andriy Demchenko

indicou Andriy Demchenko, porta-voz da guarda fronteiriça ucraniana.

Vladimir Putin declara que Rússia pode enviar armas à Coreia do Norte

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que existe a possibilidade de fornecer armas de alta precisão à Coreia do Norte no futuro. Essa declaração foi feita nesta quinta-feira (20) a repórteres no Vietnã, segundo o site CNN Brasil.

Os dois líderes assinaram um acordo de assistência entre Moscou e Pyongyang que, segundo as agências de notícias russas, prevê ajuda recíproca caso um dos dois países sofra uma agressão externa.

Nos dias anteriores, Putin visitou a Coreia do Norte onde foi recebido por Kim
Jong-Un, o Líder Supremo da
República Popular Democrática
da Coreia (como também é conhecida a Coreia do Norte), desde 2011.

Contexto no qual o acordo foi firmado

Uma das justificativas para o acordo entre Rússia e Coreia do Norte seria o envio de armamentos à Ucrânia por parte de vários países ocidentais, entre eles os Estados Unidos.

Putin afirmou que:

“Aqueles que fornecem estas armas acreditam que não estão em guerra conosco, mas eu disse, incluindo a Pyongyang, que nos reservamos no direito de fornecer armas a outras regiões do mundo, levando em conta os nossos acordos com a Coreia do Norte, e não descarto isso”.

Presidente da Rússia e Líder da Coreia do Norte (Foto: Reprodução/KCNA via REUTERS/Portal G1)

Repercussão ao acordo e à declaração de Vladimir Putin

A viagem e o acordo firmado entre os chefes de Estado da Rússia e da Coreia do Norte criaram uma grande preocupação na Coreia do Sul. Inclusive as autoridades da nação democrática asiática anunciaram que poderiam reavaliar a decisão de veto ao envio armamentos à Ucrânia.

Os países ocidentais, principalmente os Estados Unidos, se preocupam com o aumento do desenvolvimento de mísseis nucleares e balísticos por parte da Coreia do Norte, sendo que já há alguns anos as autoridades norte americanas estariam tentando isolar a Coreia do Norte com sanções internacionais, justamente devido ao programa de desenvolvimento de armas nucleares pelo país.

Casa Branca diz que proposta de paz de Putin é absurda

Em resposta a mais recente proposta de Putin para encerrar o conflito com a Ucrânia, o conselheiro de Segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan disse, neste sábado (15), que as condições se tratam de uma ‘’visão absurda’’ e que isso levaria a Rússia obter um domínio ainda maior do país. 

Condições da Rússia

O comentário de Sullivan surge alguns dias após o presidente russo propor suas condições para cessar-fogo, que são: ceder a Moscou o controle das cidades de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia; a retirada de tropas ucranianas em regiões de conflito e que o país de Zelensky abandone a candidatura para entrar na Otan (a Aliança Militar do Ocidente). 

“As condições são muito simples: as tropas ucranianas devem ser completamente retiradas das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, das regiões de Kherson e Zaporizhzhia. E, chamo sua atenção, de todo o território dessas regiões, dentro das fronteiras administrativas que existiam na época de sua entrada na Ucrânia’’. Disse Putin em anúncio. 


Vladimir Putin revelou suas condições para encerrar guerra (Foto: Reprodução/AP Photo/Alexander Zemlianichenko)

Segundo o Kremlin, assim que a governo ucraniano cedesse suas condições, o governo russo iria iniciar suas negociações para encerrar os bombardeiros.  

Ucrânia não concorda

Desde início, a Ucrânia se viu contra o termo enviado. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirma que a oferta não é confiável e, que mesmo cumprindo as exigências, Putin continuaria atacando Kiev. 

Já o assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, já foi mais enfático a sua crítica pois, em uma declaração a Reuters, disse que o país não terá a menor possibilidade de aceitar o atual acordo. 


Mykhailo Podolyak critica proposta de Putin (Foto: Reprodução/CNS photo/ The Presidential Office of Ukraine)

“Ele está oferecendo à Ucrânia que admita a derrota. Ele está oferecendo à Ucrânia que legalmente entregue seus territórios à Rússia. Ele está oferecendo à Ucrânia que assine sua soberania geopolítica”. Falou Podolyak. 

Busca de nova proposta

Atualmente alguns líderes mundiais se reuniram em resort nas montanhas da Suíça para desenvolverem uma nova proposta de paz na Ucrânia, constando com a participação de representantes de 100 países no local.

Entretanto, a cúpula é vista como uma perda de tempo para Moscou. O governo Chinês e o presidente Lula decidiram não participar por conta da falta de representantes russos, enquanto Joe Biden, presidente dos EUA, enviou sua vice  Kamala Harris para representá-lo.

Putin anuncia condições para encerrar guerra contra Ucrânia

Nesta sexta-feira (14), o presidente russo Vladimir Putin revelou em um discurso oficial suas condições para encerrar a guerra da Ucrânia, querendo que o país ceda 4 cidades do país para a Rússia. Zelensky declara que as exigências são absurdas e não confiáveis. 

Condições de Putin

Durante o anúncio, o governante russo informou que para acabar com os bombardeiros seria necessário ceder a Moscou o controle de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia . Com o governo russo alegando ter anexado essas regiões em 2022, no início do conflito, em um referendo não reconhecido internacionalmente. 

“As condições são muito simples: as tropas ucranianas devem ser completamente retiradas das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, das regiões de Kherson e Zaporizhzhia. E, chamo sua atenção, de todo o território dessas regiões, dentro das fronteiras administrativas que existiam na época de sua entrada na Ucrânia’’. Disse Putin em discurso. 


Donetsk após um bombardeiro (Foto: reprodução/AP Photo/Nariman El-Mofty)

A mesma proposta também solicita que o exército ucraniano recue suas tropas, se desmilitarize e que o governo do país abandone a candidatura para entrar na Otan (a Aliança Militar do Ocidente). 

‘’Assim que Kiev declarar que está pronta para tal decisão e iniciar a retirada efetiva das tropas dessas regiões, bem como notificar oficialmente que abandonou os planos de se juntar à OTAN, uma ordem para cessar-fogo e iniciar as negociações virá imediatamente do nosso lado.’’ Continuou o presidente russo. 

Reposta de Zelensky

Como esperado, a Ucrania não concordou com as condições expostas. Durante a reunião do G7, na Itália, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky comentou que a oferta não é confiável, acreditando que mesmo cumprindo as tais exigências, Putin não pararia de atacar Kiev. 


Volodymyr Zelensky não aceita proposta de Putin (Foto: reprodução/ EPA/Sergey Dolzhenko)

Já o Secretário da defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse que o presidente russo não está em posição para pedir exigência a Ucrânia. 

Ajuda para Ucrânia

A proposta das autoridades russas surge um dia após o novo anúncio do G7, que promete usar juros do dinheiro russo congelado em bancos ocidentais para auxiliar a Ucrânia. Os juros vão servir como garantia para empréstimos de até US$ 50 bilhões, para o governo ucraniano utilizar em compra de armamentos e reconstrução do país, Putin respondeu alegando que isso é um roubo e que a medida não ficará impune.   
 

Putin declara que não há necessidades de usar armas nucleares contra Ucrânia

Na tarde desta sexta-feira (07), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, revelou em discurso que não sente a necessidade de utilizar armas nucleares para vencer briga que vem se arrastando contra Ucrânia. A declaração feita pelo líder, pode ser considerada um grande avanço para o embate apaziguar o embate mais sangrento da Europa, desde a Segunda Guerra.

Desde Fevereiro de 2022, o presidente da Rússia decretou a entrada de tropas no país rival, onde Vladimir revelou em diversas ocasiões, que se acreditar ser necessário, usaria as armas nucleares para defender e garantir a seguridade do país.

Sem armas nucleares

Interrogado durante o Fórum Econômico Internacional de Petersburgo se o país poderia mirar uma “pistola nuclear” no meio da Ucrânia, Vladimir revelou que precisaria usar as bombas para essas condições. “O uso é considerável, entretanto em caso excepcional. No caso de uma ameaça à soberania e à integridade territorial do país. Não suponho que isso possa acontecer. Não há necessidade”, falou Putin.

Além da Rússia, os Estados Unidos possui quase 90% das armas nucleares do mundo. Vale lembrar que a Ucrânia reforçou os ataques com ajuda de drones e mísseis contra a tropa russa, incluindo na Crimeia, e prometeu devastar todas os aliados do rival de seu território.

Putin reforçou não descartar mudança com relação à bomba da Rússia, que propõe as condições para quais essas armas poderiam ser usadas.

O presidente também contou que, se preciso, a Rússia poderia realizar um teste com essa arma, embora não sentisse necessidade no momento.


Vladimir Putin (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Sem segurança 

Ainda nesta sexta-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr, discursou sobre a falta de segurança no continente europeu, durante o parlamento francês, nas celebrações do Dia D. “Infelizmente, vivemos um período em que a Europa já não é um continente de paz.” disse Zelensky.

Zelensky e outros líderes mundiais, participaram do 80° aniversário do Dia D.

Rússia ataca instalações de energia na Ucrânia e deixa mais de 200 mil pessoas sem luz 

Nesta quinta-feira (11), mísseis e drones disparados pela Rússia atingiram uma usina de eletricidade perto de Kiev, na Ucrânia, deixando mais de 200 mil pessoas sem energia elétrica. Ainda não há confirmação sobre mortos ou feridos. 

De acordo com a informação obtida pela agência de notícias Reuters, o ataque teria destruído completamente a usina de Trypilska, que é movida à carvão, deixando milhares de pessoas sem luz nas regiões de Odesa, Kharkiv, Zaporizhzhia, Lviv e Kiev. 

Ao todo, cerca de 80 mísseis e drones russos foram lançados contra a Ucrânia nesta quinta-feira (11), desses, 18 mísseis e 39 drones foram abatidos pela Defesa Aérea do país. 

Presidente ucraniano pede ajuda do Ocidente 

Cerca de 10 mísseis foram lançados na cidade de Kharkiv, localizada a cerca de 30km da fronteira com a Rússia, forçando a empresa que fornece energia elétrica na Ucrânia a cortar o fornecimento de eletricidade para mais de 200 mil pessoas. 

Após o ataque, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ajuda ao Ocidente através do aplicativo de mensagens Telegram, condenando o ataque como “terrorista”. “Precisamos de defesa aérea e outros apoios de defesa, não de discussões longas e fechadas”, escreveu  Zelensky. 


Volodymyr Zelensky solicita ajuda do Ocidente para lidar com a crise de energia que assola o país após os ataques russos desta quinta-feira (11). (Foto: Reprodução/Ukrainian Presidency)

Os apelos da Ucrânia por suprimentos  de defesa aérea ao Ocidente foram intensificados desde que as tropas russas renovaram seus ataques aéreos de longo alcance ao sistema de energia ucraniano em março deste ano. 

A guerra

A guerra entre Rússia X Ucrânia já se alastra a mais de dois anos, com início em fevereiro de 2022, as tropas russas invadiram o território ucraniano sob pretexto de que estariam realizando uma “operação militar especial”

No entanto, o conflito que teve início em 2022, na verdade possui uma escalada desde 2014 quando a Rússia anexou a Crimeia, originalmente pertencente aos ucranianos, como posse de seu território. Nesse contexto, desde esta anexação, um acúmulo de tropas russas passaram a rondar a fronteira entre os dois países. Nesse contexto, após uma tentativa de integração com a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), iniciada pelo atual presidente ucraniano,  Volodymyr Zelensky, o volume de militares russos na fronteira entre os dois países passou a crescer cada vez mais. De acordo com Vladimir Putin, presidente da Rússia, a participação ucraniana na OTAN representava uma “ameaça a segurança” de seu país e exigiu que a Ucrânia fosse permanentemente impedida de ingressá-la.

Putin reafirma posicionamento militar na Ucrânia

Após a sua recente vitória nas eleições presidenciais no domingo (17), Vladimir Putin, da Rússia, expressou sua intenção de expandir a presença militar russa na Ucrânia, visando estabelecer uma zona de segurança que proteja as forças russas já estacionadas em territórios sob controle, prevenindo ataques de longo alcance e incursões das forças ucranianas.

Durante sua declaração na noite de domingo, Putin declarou que em algum momento, o governo pode ser compelidos a considerar a necessidade de criar uma espécie de “zona tampão” nos territórios controlados pelo governo ucraniano.

Segundo o presidente russo, essa zona tampão seria projetada para resistir a ataques estrangeiros de grande escala, uma defesa contra os armamentos em posse dos ucranianos. As declarações dele foram feitas após a divulgação dos resultados das eleições, onde ele emergiu como vencedor.

Cenário da guerra Rússia x Ucrânia

Recentemente, as forças russas tiveram avanços significativos no campo de batalha, enquanto há relatos de escassez de munição entre as tropas ucranianas, que enfrentam o desgaste de mais de dois anos de guerra. Atualmente, a linha de frente do conflito se estende por mais de mil quilômetros nas regiões leste e sul da Ucrânia.

Para retaliar, a Ucrânia tem lançado ataques de longo alcance, visando refinarias e depósitos localizados em território russo. Putin tem mantido uma postura ambígua em relação aos seus objetivos na Ucrânia desde que a possibilidade de uma invasão total ainda não se materializou.

Ele também alertou sobre a possível intervenção de países ocidentais na Ucrânia, sugerindo que um conflito entre a Rússia e a OTAN poderia desencadear uma escalada para uma Terceira Guerra Mundial. Essa observação veio após um pronunciamento do presidente francês Emmanuel Macron, que mencionou a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia, embora tenha ressaltado que a situação atual não exige tal ação.

Putin expressou disposição para negociações de paz com a Ucrânia, mas rejeitou a ideia de um cessar-fogo que permita o rearmamento ucraniano. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, demonstrou pouca disposição para essas negociações, insistindo que Putin deveria ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional em Haia, Holanda, onde há um mandado de prisão contra ele.

Reeleição de Putin


Vladimir Putin foi eleito para seu sexto mandato e permanecerá no poder até 2030 (Foto: reprodução/Gavriil Grigorov/Sputnik/AFP/Getty Images)


Vladimir Putin foi reeleito presidente da Rússia e permanecerá no poder até 2030, com uma ampla margem de votos, segundo a Comissão Eleitoral Central da Rússia.

A eleição ocorreu ao longo de três dias para acomodar as diversas regiões do vasto território russo, sendo marcada por denúncias de repressão contra a mídia independente e grupos de direitos humanos.

A morte de Alexei Navalny, líder da oposição russa, antes da eleição, revisitou questões sobre a liberdade política na Rússia. Os protestos contra Putin e a votação foram acompanhados por casos isolados de vandalismo, enquanto a Ucrânia intensificou os ataques contra a Rússia durante o período eleitoral.

Grupo Golos afirma que a eleição russa foi a mais corrupta da história

Afirmado por um grupo independente de monitoramento eleitoral da Rússia nesta segunda-feira (18), a eleição presidencial, na qual Vladimir Putin emergiu vitorioso com quase 90% dos votos, foi identificada como a mais fraudulenta e corrupta no país.

Veja o que o grupo Golos disse á respeito da eleição russa

O grupo Golos indicou que os eventos de três dias encerrados no domingo não podem ser considerados autênticos, visto que ocorrem num contexto em que os princípios fundamentais da Constituição russa, que asseguram os direitos e liberdades políticas, não foram respeitados.

O Golos também destacou que nunca antes se testemunhou uma campanha presidencial tão distante dos padrões constitucionais. Enquanto isso, o Kremlin celebrou o resultado, ressaltando a participação recorde de 77,4%, interpretada como uma demonstração de apoio consolidado a Putin pelo povo russo. Rejeitaram-se veementemente as críticas ocidentais à legitimidade do processo eleitoral.

Países como os Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido denunciaram a votação como não livre nem justa, citando à detenção de opositores políticos e a censura. O Golos, estabelecido em 2000 como o único órgão independente de fiscalização eleitoral na Rússia, foi rotulado como “agente estrangeiro” em 2013, impedindo-o de enviar observadores para os locais de votação. Seu líder, Grigory Melkonyants, está atualmente detido, enfrentando acusações que o Golos afirma serem politicamente motivadas.


Vladimir Putin. (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


A comissão eleitoral russa afirmou que a votação foi realizada sob escrutínio apropriado, citando um grande número de observadores russos e estrangeiros designados por candidatos, partidos e organizações sociais.

No entanto, o Golos revelou que candidatos e partidos se abstiveram de enviar observadores em algumas regiões. Enquanto em outras áreas, observadores foram removidos após o início da votação, sob alegações de pressão. O grupo também destacou casos de intimidação de eleitores por agentes da lei, incluindo relatos de observadores sendo expulsos das assembléias de voto e de eleitores sendo monitorados enquanto preenchiam suas cédulas.

A eleição foi marcada por protesto e detenção

Além disso, houve relatos de incidentes de protesto nos locais de votação, com alguns indivíduos incendiando cabines de votação ou vandalizando urnas. Autoridades eleitorais russas alertaram que tais ações seriam punidas severamente, com o chefe eleitoral advertindo que os infratores poderiam enfrentar até cinco anos de prisão. Segundo o grupo de direitos humanos OVD-Info, pelo menos 74 pessoas foram detidas em toda a Rússia no último dia de votação no domingo.