Skype será encerrado pela Microsoft

Nesta sexta-feira (28), a Microsoft informou que em 5 de maio encerrará as atividades do aplicativo de chamadas Skype, após mais de duas décadas online, tendo renovado como as pessoas se conectam e conversam.

O encerramento da plataforma permitirá que a empresa foque em seu serviço interno que vem ganhando cada vez mais força quando se fala em videochamada, seja para reuniões corporativas ou escolares: o Microsoft Teams.


Skype anuncia que a partir de maio deixará de existir (Vídeo: reprodução/X/@Skype)

O Skype

A plataforma surgiu em 2003, trazendo uma novidade quase que “assustadora” para a época: a possibilidade de conversar com uma pessoa através de uma videochamada, independente da distância.

As chamadas de áudio e vídeo do Skype ficaram tão famosas que a indústria da telefonia fixa ficou obsoleta no início dos anos 2000, e sua plataforma contava com centenas de milhões de usuários.

Todavia, com a tecnologia em ascendência, a plataforma acabou sendo deixado de lado, sendo substituído por plataformas como Zoom, Slack, e o próprio Teams. Um dos motivos de seu declínio se deu por sua tecnologia não ser adequada para os celulares.

Ascensão das videochamadas

Quando a pandemia do COVID-19 fez com que todos se isolassem, o trabalho remoto foi impulsado, assim como a necessidade de que mais videochamadas ocorressem, e com a possibilidade de suportar várias pessoas na mesma sala, para uma professora poder dar sua aula para a turma, por exemplo.

Durante esse período, a Microsoft investiu arduamente no aplicativo Teams, tendo inclusive o integrado no Microsoft 365, que tem como principais usuários os que participam do mundo corporativo. Desta forma, o Skype foi sendo “esquecido”, visto que o foco da empresa era em seu aplicativo próprio.

Os usuários que ainda são adeptos da plataforma poderão transacionar para o Teams gratuitamente, fazendo login em qualquer dispositivo compatível com a sua credencial atual. A migração de suas conversas e contatos ocorrerá automaticamente.

O Skype acompanha uma série de projetos que a Microsoft iniciou mas acabou ignorando com o tempo, como seu navegador Internet Explorer, e o Windows Phone.

Decisão Judicial Condena Facebook e Zoom por Violação de Privacidade

Uma decisão judicial proferida pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís condenou o Facebook e o Zoom a pagar uma multa conjunta de R$ 20 milhões por compartilhamento ilegal de dados de usuários no Brasil.

Violação de privacidade e compartilhamento ilegal de dados

A sentença, resultado de uma ação movida pelo Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (IBEDEC), representa um marco significativo na proteção da privacidade dos usuários online.

Segundo o despacho do juiz Douglas de Melo Martins, a infração ocorreu quando dados de usuários do sistema iOS, da Apple, foram indevidamente compartilhados pelo Zoom através das contas do Facebook. Informações como versão do sistema operacional, fuso horário, idioma e até mesmo o ID de Anunciante do iOS (iOS Advertising ID) foram coletadas sem consentimento adequado dos usuários, violando diretrizes do Marco Civil da Internet e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O Facebook argumentou que apenas coleta dados técnicos não sensíveis dos usuários de aplicações parceiras, como previsto em sua política de dados, e que a responsabilidade de informar os usuários sobre essas práticas recai sobre os parceiros, como o Zoom. No entanto, o IBEDEC contestou, alegando que o compartilhamento incluía o ID de anunciante, possibilitando a direcionamento de anúncios e análise de comportamento dos usuários.


Foto: App Facebook (Reprodução/TudoCelular)

Zoom negou a comercialização de informações

Por sua vez, o Zoom negou ter comercializado as informações com o Facebook e tomou medidas imediatas para corrigir a falha após sua descoberta. No entanto, o magistrado considerou que a falta de transparência no processo ilegal de compartilhamento de dados justificava indenizações por dano moral presumido para os usuários afetados.

A multa de R$ 20 milhões, embora menor que o valor inicialmente pedido, reflete a gravidade da infração e a importância de proteger a privacidade dos usuários online. A decisão destaca a necessidade de rigorosas medidas de proteção de dados por parte das empresas e das autoridades públicas.

Apesar de contatada, a Meta, empresa controladora do Facebook, optou por não se manifestar sobre o assunto. O Zoom também não pôde ser contatado para comentar a sentença. No entanto, a repercussão desse caso ressalta a crescente preocupação com a proteção dos dados pessoais dos usuários e a responsabilidade das empresas em garantir sua segurança e privacidade online.