Após ordem judicial, Apple recolhe WhatsApp e Threads da loja de aplicativos da China

Esther Feola Por Esther Feola
3 min de leitura
Foto destaque: Simbolo da Apple (Reprodução/Unsplash)

Acatando à diretriz recebida pelo governo da China, os aplicativos da Meta, WhatsApp e Threads, foram retirados do país. A medida ocorreu pelo receio do governo para com a segurança nacional.

Fora os dois aplicativos da Meta, os aplicativos de mensagem Telegram e Signal também foram recolhidos, demonstrando que o governo chinês é intolerante para com os serviços de mensagens estrangeiros, considerando que estes estão longe de seu alcance, não sendo possível controlá-los.

Apesar da ordem judicial recebida, não ficou claro como o WhatsApp e o Threads causaram apreensão quanto à segurança da população chinesa.

Ainda assim, a Apple acatou com o pedido, relatando serem obrigados a seguir as leis dos países em que estão, mesmo não apoiando.

Nem a Administração do Ciberespaço da China, e nem a Meta se pronunciaram.

Em Hong Kong e Macau os aplicativos permanecem disponíveis, por se tratar de regiões independentes.

Aplicativos de mensagem na China

A desabilitação dos aplicativos estrangeiros no país pode não afetar tanto o povo, pois, o serviço de mensagens mais utilizado na China é o WeChat, da empresa Tencent.


WeChat
Celular com o aplicativo WeChat (Foto: reprodução/Unsplash)

O bloqueio de aplicativos de outros países não é de hoje, sendo possível utilizá-los somente por meio de redes virtuais privadas ou outros meios.

Tanto a internet, quanto os veículos de comunicação, são monitorados criteriosamente pelo governo chinês e, todos os dias, os sensores eliminam conteúdos que criticam a política estatal ou que podem gerar descontentamento.

Pressão competitiva local

Fora a preferência pelo aplicativo de mensagens local, a Apple também vem sofrendo com a queda de compras de iPhones na China.

Na primeira semana deste ano, houve uma queda de 30% nas vendas de seus smartphones, a qual está diretamente correlacionada ao crescimento da venda de seus rivais locais, como a Huawei.

Mesmo com os descontos fornecidos pela empresa, como a baixa de 16% no preço do iPhone 15 Pro e do iPhone 15 Pro Max, a Huawei obteve um acréscimo de 6% na participação do mercado no último trimestre de 2023.

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