Astronautas da NASA possuem o direito de votar diretamente do espaço

Astronautas americanos em missão na órbita da Terra têm o direito de participar das eleições presidenciais dos Estados Unidos, votando diretamente do espaço

Helene Ferreira Por Helene Ferreira
3 min de leitura
Foto destaque: pintores reformam o logotipo da NASA no Vehicle Assembly Building no Kennedy Space Center, na Flórida (Reprodução/ GREGG NEWTON/ Getty Images Embed)

Astronautas da NASA podem votar nas eleições presidenciais dos EUA enquanto estão no espaço, graças a uma legislação do Texas de 1997. Eles utilizam um sistema de votação eletrônico, com cédulas criptografadas enviadas da Terra para a Estação Espacial Internacional. Este sistema, iniciado com o astronauta David Wolf, garante que eles possam votar sem comprometer a segurança ou a confidencialidade do voto.

Em 2020, a astronauta Kate Rubins cumpriu seu dever cívico a partir do espaço, na Estação Espacial Internacional, a 400 quilômetros acima da superfície da Terra. Na ocasião, a NASA detalhou como ocorreu a transmissão dos votos e como foi realizada através da infraestrutura de Comunicações e Navegação Espacial (SCaN) da agência. Depois que Rubins preencheu sua cédula eletrônica especialmente projetada a bordo do laboratório em órbita, o documento fluiu através de um satélite de rastreamento e retransmissão de dados para uma antena terrestre no Complexo White Sands em Las Cruces, Novo México.

Do Novo México, a NASA transfere a cédula para o Centro de Controle da Missão no Centro Espacial Johnson da NASA em Houston e depois para o secretário do condado responsável por emitir a cédula. A cédula é criptografada e acessível apenas ao astronauta e ao escrivão para preservar a integridade da votação.


Legislação do Texas de 1997 permite que astronautas da NASA votem (Foto: reprodução/
GREGG NEWTON/ Getty Images Embed)


Resultado das eleições americanas

Donald Trump, do Partido Republicano, venceu as eleições presidenciais dos Estados Unidos e conquistou seu segundo mandato como presidente. Ele obteve 277 delegados no Colégio Eleitoral, superando a democrata Kamala Harris, conforme as projeções de diversos meios de comunicação. A vitória foi garantida após Trump conquistar o estado de Wisconsin.

Apesar da derrota, Kamala liderou em estados como Nova York, Califórnia, Illinois (onde fica Chicago) e pequenos estados do nordeste do país, como Massachussets, Nova Jersey e Maryland. Além de vencer também na Virgínia.

Modelo americano de votação

A eleição presidencial dos Estados Unidos é indireta, realizada por meio do Colégio Eleitoral. Os eleitores não votam diretamente no presidente, mas escolhem delegados, que são responsáveis por eleger o presidente. Cada estado tem um número de delegados proporcional à sua população, e o candidato que obtiver a maioria desses delegados vence. Para garantir a eleição, é necessário atingir 270 votos eleitorais. Esse sistema foi estabelecido para equilibrar o poder entre estados grandes e pequenos.

Comunicóloga, jornalista e estudante de Letras.
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