Em entrevista à BBC vários funcionários e ex-funcionários do Twitter denunciaram que a empresa não é mais capaz de proteger os usuários de assédio, desinformação coordenada e exploração sexual infantil. Após inúmeras demissões desde a aquisição feita por Elon Musk o setor que cuidava desses fatos foi um dos mais prejudicados.
E os números dessas atrocidades só vem crescendo com o passar do tempo, visto que tem poucos funcionários para deter esse tipo de coisa, além de que alguns entrevistados afirmaram que o ambiente de trabalho está caótico. Dizem que Musk é inacessível e vive cercado de guarda-costas até em ida ao banheiro. Isso porque supostamente ele não confia em seus funcionários.
A equipe que cuidava dessa parte e foi demitida fez com que a ex-chefe de conteúdo, Lisa Jennings Young, também renunciasse. Eles eram responsáveis por fazer inúmeras medidas de segurança, como por exemplo, mensagem que perguntava se a pessoa tem certeza de que quer responder a uma postagem de maneira agressiva. Um engenheiro que ainda trabalha lá disse que não tem ninguém responsável por essa parte agora.
Elon Musk, dono do Twitter está se complicando (foto: reprodução/Olhar Digital)
Em pesquisa feita pelo Institute for Strategic Dialogue (centro de pesquisa do Reino Unido que investiga desinformação e ódio) diz que, desde que Musk assumiu, dezenas de milhares de novas contas foram criadas e imediatamente seguiram perfis abusivos e misóginos conhecidos, a diferença pra antes desse período é de, aproximadamente, 70%.
O grande ponto do novo dono do Twitter sempre foi defender a liberdade de expressão, mas tem que ser analisado até que ponto é uma opinião, visto que essa “opinião” pode ser um discurso preconceituoso. É disso que está sendo reclamado e a crescente desse “movimento”. Outra grande preocupação é a divulgação de abuso sexual e pedofilia.
De acordo com a BBC eles tentaram contatar Musk através de e-mails, tuítes e até uma “enquete” no Twitter, onde mais de 40 mil usuários votaram e 89% disseram que ele deveria dar uma entrevista, porém não obtiveram resposta.
Foto Destaque: Usuários do Twitter estão menos protegidos. (foto: reprodução/REUTERS/CNN Brasil)