Durante a pandemia, a relação entre os games e o brasileiro teve um grande aumento no investimento de tempo, comparado aos anos anteriores. Conforme mostra dados da Pesquisa Game Brasil (PGB), 75,8% dos gamers (nome dado aos jogadores de jogos digitais) afirmaram ter jogado mais durante esse período. Com o aumento de tráfego de dados do setor, tornou-se necessário investir na infraestrutura de data centers para que o desempenho seja fluído.
Com isso, o Colocation, prática de alugar um espaço físico para hospedar servidores em data centers existentes, já é uma forma de acabar com os tão temidos ”lags”, um grande e recorrente problema desse setor. Algumas das características, como a alta disponibilidade de energia, capacidade, flexibilidade e conexão, são muito importantes para aguentar intenso fluxo nos servidores dos jogos.
Data Centers são a ”salvação” dos jogadores. (Foto: Reprodução/Zeittec)
Um dos fatores essenciais neste universo é a conectividade de baixa latência. Uma pequena demora na transmissão de dados é crucial nos jogos e o resultado de uma partida pode ser influenciado.
Eliel Andrade, Gerente de Produtos da ODATA, empresa especializada na área de data center, diz: “para suportar toda a infraestrutura desse segmento, eles se destacam como estruturas cruciais, especialmente pelas características de resiliência oferecidas por estruturas mais modernas, como os serviços de Colocation e de nuvem”.
Igualmente a outros setores, o de jogos digitais também tem a necessidade de um ambiente preparado, tendo alta conectividade e refrigeração contínua, evitando assim o superaquecimento no servidor. Junto a isso, é preciso conseguir acomodar maiores cargas de processamento e alta velocidade de rede para o alto desempenho dos jogadores, que treinam durante meses para uma competição e logo não podem ser prejudicados pela queda da conexão ou atraso (delay) em suas jogadas.
A prática de Colocation faz com que a baixa latência na transmissão de dados seja possível. (Foto: Reprodução/Zeittec)
Sendo também uma estratégia para manter a disponibilidade do negócio, as desenvolvedoras e produtoras de games necessitam estar cientes que a prática do Colocation oferece maior redundância e resiliência no armazenamento de dados e baixa latência, garantindo, assim, uma transmissão de informação mais rápida. Também, mantém uma política de segurança física, possibilitando soluções tecnológicas e de segurança cibernética a operarem efetivamente.
Segundo dados da Newzoo, o Brasil já é o maior em receitas de jogos na América Latina e o décimo segundo no mundo. Também já arrecadou mais de US$ 2 bilhões em 2021, tendo um aumento de 5,1% na receita anual.
Os serviços de jogos na nuvem
Empresas de tecnologia como Microsoft, Google e Apple estão investindo no mundo do streaming como serviços de jogos. Plataformas são criadas onde rodam games na nuvem em dispositivos como PCs, TVs, tablets e celulares. Com essa tendência, o jogador não precisa mais comprar a mídia física ou ter equipamentos mais poderosos. Essas companhias armazenam os games de forma remota, logo, tanto o sinal para o usuário, quanto os comando que vão para o servidor, precisam responder rapidamente para não atrapalhar a experiência no jogo.
A inovação faz com que um game de ponta seja acessível aos jogadores e utilizado com alto desempenho, ampliando mais o público. Quem sabe, em um futuro próximo, os jogos em nuvem possam tornar-se um padrão.
Foto Destaque: Reprodução/CIO/Shutterstock