A Agência Espacial Europeia (ESA) enviou um foguete chamado Falcon 9, da SpaceX ao espaço. O objetivo do lançamento era enviar um telescópio de duas câmeras para identificar matéria e energia escura, que encontram-se presentes em 95% do universo.
O telescópio Euclid – ou Euclides – é um telescópio orbital, construído com o intuito de iluminar essas partes obscuras do universo. O lançamento ocorreu ao 12h (horário de Brasília) no último sábado (1). Confira como foi o lançamento na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral localizado na Flórida (USA):
Lançamento do Falcon 9 (Vídeo: reprodução/NSA)
Duas curiosidades que valem destacar: o telescópio possui o nome de Euclides em homenagem ao matemático grego Euclides de Alexandria, e a outra curiosidade é que a SpaceX é uma das seis empresas conhecidas de Elon Musk, dono do Twitter.
A missão espacial custou aproximadamente 1,4 bilhão de dólares, a missão espacial concentra-se em dois componentes do universo escuro: a energia escura, uma força misteriosa na qual acredita-se que se pode explicar através dela a razão do aumento do universo, foi assim que os cientistas na década dos anos 90 aprenderam. A matéria escura é um andaime cósmico invisível, é uma expressão que se refere à estrutura do universo que sustenta as galáxias e as estrelas, porém não se emite luz nessa parte do universo.
O Falcon 9 possui duas toneladas, e está equipada com instrumentos projetados para medir a intensidade e os espectros da luz infravermelha dessas regiões das galáxias de forma a definir com exatidão suas distâncias. Caso tenha êxito na missão, o telescópio será enviado após uma viagem ao espaço de curta duração para uma nova missão até seu destino em órbita solar a quase 1,6 milhão de quilômetros da Terra – a posição considerada de de estabilidade gravitacional entre a Terra e o Sol. chamado de Ponto Dois de Lagrange, ou L2. Depois disso, o telescópio Euclides irá explorar o desenvolvimento dessa parte escura do universo, para pesquisar outras galáxias distantes, que só um telescópio dessa magnitude poderia alcançar. Acredita-se que o telescópio poderá observar galáxias de até 10 bilhões de anos-luz da Terra.
Foto Destaque: Telescópio espacial Euclides. Reprodução/ESA