Criador do Orkut alerta sobre a privacidade dos usuários nas redes sociais

Mariene Ramos Por Mariene Ramos
4 min de leitura

As redes sociais estão cada vez mais apelativas para reter lucro. E para isso recorrem ao aos anúncios e até o uso de dados sensíveis dos usuários para direcionar propaganda. Essa é a opinião de Orkut Büyükkökten, criador da antiga rede social o Orkut, fundada em 2004.

Büyükkökten está entre um dos painelista do evento de inovação, que acontece na Califórnia, o Brazil at Silicon Valley. O engenheiro de software aproveitou para comentar em uma entrevista o Pipeline sobre as novas redes que vem surgindo após o Orkut. “Isso é engraçado: muita gente nem lembra que no Orkut tinha anúncio, mas tinha. E o Orkut era incrivelmente lucrativo, mas os anúncios estavam tornando a experiência melhor, não pior, como hoje. Se você gosta de correr, se estiver em uma comunidade de jogging, receberia um anúncio sobre o novo tênis da Adidas. Nós já tínhamos, naquela época, a noção de que a propaganda deve ser relevante e chegar de forma direta, mas fazíamos isso sem comprometer a confiança do usuário na plataforma”, destacou.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>As redes atuais fazem mal, diz Orkut Buyukkokten<br><br>Engenheiro de dados turco que criou uma das primeiras plataformas sociais do mundo propõe um novo modelo que valorize a relação sadia entre as pessoas: <a href=”https://t.co/JbMchuXkm5″>https://t.co/JbMchuXkm5</a> <a href=”https://twitter.com/hashtag/P%C3%A1ginasAmarelas?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#PáginasAmarelas</a> <a href=”https://twitter.com/hashtag/VEJA?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#VEJA</a> <a href=”https://t.co/gtJpKFp6lw”>pic.twitter.com/gtJpKFp6lw</a></p>&mdash; VEJA (@VEJA) <a href=”https://twitter.com/VEJA/status/1603736712542269441?ref_src=twsrc%5Etfw”>December 16, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

Orkut Büyükkökten fundou a rede social Orkut em 2004. (Foto: Reprodução/Twitter)


Para ele, essa necessidade que as novas redes têm de lucrar coloca em risco os dados pessoais dos usuários das redes e já se tornou uma questão de segurança e saúde pública. Büyükkökten citou uma situação que vem acontecendo no país, o caso dos ataques nas escolas. “As pessoas estão sofrendo. Nós vemos jovens com depressão. As redes sociais, inclusive, têm um papel nos ataques que estão acontecendo em escolas”, compartilhou o engenheiro.

Não é difícil perceber que a busca pela perfeição nas redes sociais tem sido cada vez mais agressiva, os filtros têm sido cada vez mais utilizado pelos usuários e a aparência, não só física, mas também da vida perfeita, tem afetado a saúde mental das pessoas.

Büyükkökten esclarece que não é contra as redes sociais, pelo contrário, ele acha que as pessoas precisam dessa conexão, mas há uma necessidade de limites. “Eu sou um otimista. Eu acredito no poder da conexão para mudar o mundo. Acredito que o mundo é um lugar melhor quando nos conhecemos um pouco mais. É por isso que criei a primeira rede social do mundo quando era estudante de graduação em Stanford. É por isso que eu trouxe o orkut.com para tantos de vocês ao redor do mundo. E é por isso que estou construindo algo novo”, adianta o engenheiro sobre a nova rede social em que está trabalhando.

Foto destaque: Orkut Büyükkökten criador do Orkut. Reprodução/Twitter

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