Os robôs terão o tamanho de aproximadamente 1,70m e poderão servir para diversas funções, desde apertar parafusos até fazer compras. No futuro, à medida que a tecnologia for sendo desenvolvida, as próximas etapas serão possibilitar ações mais sofisticadas. Mas, por enquanto, teremos essas ações mais simples, porém que já facilitariam a vida de diversas pessoas que podem possuir dificuldades para se locomover, ou mesmo querem ter o conforto de não ter de sair de casa e ao invés disso dar a tarefa ao robô.
Elon Musk fala que os projetos que estão sendo desenvolvidos, apesar de usarem inteligência artificial, não representarão riscos à sociedade tal como apresentado em filmes de ficção científica como a obra cinematográfica adaptada do livro de Isaac Asimov – Eu, Robô dirigido por Alex Proyas e protagonizado por Will Smith e o Alan Tudyk que faz o papel do Robô consciente.
Sonny, personagem do filme Eu, Robô – (Foto:Reprodução/YouTube/exame)
Logo, contrariando essa expectativa do imaginário daqueles que alimentam essa ideia de sermos suplantados por novas consciências artificiais, o Robô da Tesla será um protótipo do bem, pois será um tipo de IA desenvolvida a partir de uma série de protocolos e medidas de segurança que desqualificam a manifestação de uma autonomia dessa máquina em determinadas circunstâncias.
São sistemas que apesar de possuírem a capacidade de tomar decisões, estão ainda limitados aos algoritmos dos quais eles foram projetados. Da mesma forma que uma estrela-do-mar não pode ser um humano, o seu DNA (que seria, em analogia, sua programação em algoritmos) impede que ela modifique sua estrutura, mesmo ela tendo controle sobre seus movimentos e uma parcela da consciência dos humanos, ela jamais poderia se tornar um humano.
Isso ocorre pois os sistemas de IA ainda estão em sua fase inicial, que é a chamada Inteligência Artificial Estreita, onde ainda está ocorrendo o desenvolvimento das tecnologias que fazem o uso desse sistema e a inserção daquelas que não fazem. O momento seguinte é que talvez seja mais preocupante, pois se trata da consolidação da IA geral e não se sabe ao certo o seu nível de consciência e como isso pode nos afetar, menos ainda no próximo nível que é o da Superinteligência Artificial.
Os robôs virão como forma de facilitar trabalhos que são repetitivos e cansativos, e possivelmente isso trará consigo uma alteração significativa na economia. Portanto, novas formas de emprego irão surgir, como profissões relacionadas a manutenção desses equipamentos, mas em contrapartida outras podem vir a desaparecer à medida que os preço dos robôs for se tornando mais acessível e isso for compensatório para a companhia. Pois robôs não precisam de salários, férias, descanso ou comida, logo se tornarão tão mais essenciais nas fábricas do que as próprias pessoas.
Modelo de protótipo humanoide divulgado no evento da Tesla – Foto de Destaque: Divulgação/Tesla