Salas de reunião virtuais. Avatares. Projeções sem a necessidade do uso de grandes equipamentos. Tudo em tempo real. Aquilo a que sempre assistimos em filmes de ficção científica bateu em nossa porta com o anúncio de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, na última quinta-feira (19). O aplicativo gratuito Horizon Workrooms, associado ao headset de realidade virtual (VR) Oculus Quest 2, gera uma sala de reunião virtual que comporta até 16 avatares e mais 50 participantes projetados em uma tela dividida dentro deste ambiente.
Sala de reunião virtual comporta 16 avatares e até 50 pessoas em videochamada (Foto: Divulgação/Facebook)
Estudando o mercado de realidade virtual a fundo desde 2018, quando encomendou uma pesquisa realizada com 11.300 pessoas em 11 países, incluindo o Brasil, o Facebook tinha uma carta na manga para tornar mais reais as suas reuniões virtuais realizadas devido à pandemia do Coronavírus. A companhia tem utilizado a ferramenta Workrooms há seis meses e agora inicia a fase de testes beta para o público consumidor, dentro de uma dinâmica que anuncia como “metaverso”: “um ambiente virtual em que você pode estar presente com as pessoas em espaços digitais. Você pode pensar isso como uma internet que toma forma, em vez de ser apenas algo que você visualiza”, diz Zuckerberg. “A realidade virtual será uma plataforma social, e é por isso que estamos focados em desenvolvê-la”, completa.
Além de ser possível “interagir” ao conversar com os colegas, já que os avatares mexem a boca e imitam os movimentos do usuário, a tecnologia também permitirá a execução de atividades em conjunto, como a edição de documentos.
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A realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) já fazem parte de nosso cotidiano, quando, por exemplo, aplicamos filtros em fotografias em tempo real ou utilizamos videogames que replicam nossos movimentos. “Embora a realidade aumentada permita sobrepor elementos virtuais em ambientes físicos, a realidade virtual permite entrar completamente em experiências imersivas usando unidades de visualização montadas na cabeça”, explica a rede social.
Inovando, a ferramenta Workrooms permite a visualização da tela real dos computadores sem a necessidade de se retirar o Oculus da cabeça. O áudio, semelhante ao de filmes e jogos, permite perceber de onde vem o som, o que melhora sensação de realidade.
Quanto à segurança, o Facebook garante não coletar o conteúdo das reuniões.
(Foto destaque: Oculus Quest 2 permite o acesso a reuniões virtuais. Divulgação/Facebook)