Na última quarta feira (11), a Meta, empresa de Mark Zuckerberg e dona do Facebook, optou por não fazer comentários sobre publicação do ex presidente Jair Messias Bolsonaro, em que espalhou alegações falsas sobre o resultado legítimo das eleições de 2022. O post foi feito na noite desta última terça feira.
À Reuters, a assessoria de imprensa da Meta no Brasil disse que não comentaria “esse assunto específico no momento”. Por volta das 22h, Bolsonaro compartilhou um vídeo no Facebook no qual Felipe Marcelo Gimenez, procurador do Estado do Mato Grosso do Sul, dizia que o presidente recém eleito, Luiz Inácio Lula da Silva “não foi escolhido pelo povo”, mas “escolhido e eleito pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”, o que é falso.
Alexandre de Moraes, ministro do STF. (Reprodução/Twitter)
O ex presidente compartilhou a alegação falsa apenas dois dias após seus apoiadores invadirem e depredarem os prédios do Congresso Nacional em Brasília, do Palácio do Planalto e do STF, para pedir um golpe contra o presidente democraticamente eleito Lula, insuflados pela mentira de que houve fraude nas urnas eletrônicas.
Bolsonaro apagou o conteúdo no início desta madrugada, mas a postagem já havia reunido mais de 48 mil visualizações antes de ser excluída, segundo dados da ferramenta de monitoramento CrowdTangle.
Após a invasão ao Capitólio, sede do Congresso dos EUA, em 6 de janeiro de 2021, a Meta decidiu suspender o então presidente norte-americano, Donald Trump, do Facebook e do Instagram após ele postar um vídeo no qual pedia para as pessoas “irem para casa”, mas repetia que a eleição que ele perdeu para o presidente Joe Biden havia sido fraudada.
Ao contrário de Bolsonaro, o conteúdo foi mantido por Trump e deletado pela plataforma. Twitter e YouTube também bloquearam Trump.
Foto Destaque: Logo da Meta. (Reprodução/Twitter)