O desenvolvedor da ferramenta Midjourney, que utiliza inteligência artificial para criar imagens, decidiu suspender sua versão gratuita devido a um uso excessivo da plataforma que sobrecarregou sua infraestrutura. De acordo com David Holz, o objetivo da medida é evitar sobrecargas na nova versão Midjourney v5, exclusiva para assinantes desde seu lançamento.
A suspensão do uso gratuito foi anunciada dias depois de imagens falsas do Papa Francisco e do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump circularem na internet. No entanto, Holz afirmou que a decisão não está relacionada a essas fotos, e sim ao abuso dos testes por usuários que estavam criando contas descartáveis para obter imagens gratuitas dos algoritmos da versão 4 da plataforma.
A versão gratuita da plataforma Midjourney foi temporariamente desativada até que sejam implantadas melhorias no sistema. O desenvolvedor da ferramenta afirmou que houve uma tentativa de retomar essa versão de testes com novas barreiras contra abusos, mas o experimento foi mal-sucedido. Isso ocorreu porque os usuários pagos estavam sendo prejudicados por quem estava no plano gratuito da antiga versão da plataforma, que é limitada, mas poderia ser burlada com a criação de novas contas.
Imagem criada pelo robô Midjourney (Foto: Reprodução/Twitter)
“Interrompemos os testes gratuitos por causa de uma grande quantidade de pessoas criando contas descartáveis para obter imagens gratuitas dos algoritmos da versão 4. Achamos que o culpado provavelmente foi um vídeo de instruções que viralizou na China”, disse Holz ao g1.
Holz reconheceu que a moderação de conteúdo é difícil, mas prometeu lançar sistemas aprimorados em breve. Ele também afirmou que a nova versão Midjourney v5, exclusiva para assinantes, terá melhorias significativas em relação à versão anterior. A suspensão do uso gratuito da plataforma foi necessária para evitar sobrecargas na infraestrutura e garantir uma experiência de qualidade para os usuários pagos.
Foto destaque: Imagem de Donald Trump sendo preso, criada pelo robô Midjourney. Reprodução/Twitter